As mulheres indigenas são protetoras dos territórios e muitas são inviabilizadas nessa luta, é muito importante que o mundo saiba disso. A marcha das mulheres contribui para mostrar a sociedade não indígena que essas guerreiras são guardiães da floresta, e que não aceitam a retirada de seus direitos, e que estão na luta contra o marco temporal.

Algo muito prático, criar associações de mulheres em todas as aldeias, eleger lideranças, criar grupos de trabalho, cadastrar e orientar todas as que tem mais de 16 anos a obterem o seu título de eleitor, promover encontros regulares para educação política e outros temas relevantes, reuniões de aldeia em aldeia, regionais, criar grupos de comunicação, interação em redes sociais e criar canais que cheguem ao Ministério dos Povos Originais.

Tive o privilégio de visitar e conhecer várias aldeias guarani mbyá em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Argentina. Há homens e mulheres indígenas com notáveis conhecimentos, sabedoria, que os ajudou a sobreviver a séculos de violência e injustiça. Infelizmente se vê o contágio do pior dos juruás infiltrado nas aldeias, álcool, drogas, etc. É necessária uma mobilização, um avivamento dos valores ancestrais por parte das lideranças, ressuscitar o espírito guerreiro dos povos originais.

Que manifestação bonita das mulheres indígenas frente aos vários problemas que os afligem. Ainda bem que essas bravas guerreiras arregaçaram as mangas e estão firme na lutas por direitos! Parabéns!

Coisa bonita a manina Josi Guarani, Txai, com 16anos, fazendo-se presente num movimento tão relevante. Quem sabe não será ela, daqui um pouco, a ocupar espaços de representação política? São Paulo, por exemplo, tem aldeias Guaranis em suas franjas. E aí, dona Josi, que tal? Olha o exemplo da sua colega Suruí e manda ver, Mina!

Força e proteção para estas guerreiras e guardiãs de uma sabedoria ancestral que pode salvar o planeta.