Hélio Schwartsman > Filósofo se tornou ateu aos 8 anos Voltar
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As religiões afirmam que Deus oferece ao homem a escolha do livre arbÃtrio, por isso existe o mal no mundo. Mas o grande problema, ao meu ver, não é a escolha de alguém para o lado do mal, e sim o que ele faz contra outras pessoas inocentes ao escolher o mal. Vide o resultado das más escolhas de um certo austrÃaco chamado Adolf no século passado.
Bem antes da pretensa vinda do Messias, da qual não existe nenhum registro histórico, os filósofos gregos já haviam elaborado o Trilema de Epicuro: o ser superior da religião judaica não poderia ser ao mesmo tempo: onisciente; onipotente e onibenevolente, porque essa trÃade é incompatÃvel com a realidade fática.
O autor da biografia de Parfit, Edmonds, tem um livro interessante sobre o nascimento e queda do CÃrculo de Viena e a morte de Moritz Schlick. Faziam parte do CÃrculo, Otto Neurath, Rudolf Carnap, Gödel e nas franjas Wittgenstein e Karl Popper. Queriam eliminar a metafÃsica. As proposições teriam significado cognitivo se pudessem ser verificadas pela experiência numa Viena sob o fascismo, anti-semitismo e insensatez.
Em meu pensar o grande equÃvoco dos que se proclamam ateus, não por isso, mas quando questionam os que não são, é embutir nas suas perguntas já as suas próprias respostas ausentes das premissas que, a priori rejeitam, como a da pluralidade das existências e a eternidade da vida, como aqui se vê acerca de Deus permitir o mal. O que é uma gota d'agua no oceano? E o que esta diz sobre este? Que Deus nos ilumine a todos e abraços fraternos em agnósticos e ateus! Namastê!
há várias passagens de reencarnação, mormente por Jesus xará. a questão está na interpretação que os católicos e pósteros deram.
A BÃblia não admite a possibilidade de encarnação, essa crença é de origem hinduÃsta, incorporada pelo budismo. Para justificar a inoperância da justiça divina, desde o tempo do antigo Egito, cultuavam o deus OsÃris, que executaria o juÃzo final.
Quanto sofisma para dizer absolutamente nada? O vÃcio originário de todas as crenças religiosas é a necessidade de colocar algum intermediário nas relações entre o ser superior e o humano comum. Se é onipotente, pq precisa de interlocutores tais como profetas; xamãs; sacerdotes; santos milagreiros; pregadores etc? E de onde saiu essa baboseira de eternidade da vida?
a pluralidade das existencias, a reencarnação é a única coisa que pode explicar a justiça divina (para os endurecidos de coração) ou a misericórdia divina e Deus é amoroso, alguns milhares de anos perdido perto da evolução infinita no trabalho com Amor é menos que um segundo
Todo ser humano nasce ateu. A doutrinação dos pais o leva a ser cristão, budista, muçulmano, hinduÃsta, espÃrita, etc. dependendo da inclinação religiosa dos paia. Pode até continuar ateu ou se converter ao ateÃsmo, dependendo do seu senso crÃtico e conhecimento.
...inclinação religiosa dos pais.
A pobreza da filosofia anglo-saxã
Especulando, uma vida moral sem Deus é como uma sociedade sem Estado. A objeção óbvia nesse último caso é: como lidar com os indivÃduos predadores, que de certa forma querem fundar seus micro Estados? Talvez seja necessário então um Estado mÃnimo, (e também um Deus mÃnimo?)
O tal livre arbÃtrio é conveniente para explicar o mal, apesar de um deus onipotente e infinitamente bom. A ponta solta é que ele é onisciente, ou seja, já sabia, no momento da criação, o resultado dela... tudo que há de bom e ruim é, portanto, produto dela. Para os adeptos da causa e efeito, a conclusão é óbvia: Deus é mau! Para os menos obtusos: esse Deus não existe! Qual o seu livre arbitrio sobre o tema?
Nascido e criado no catolicismo, que abandonei, me inclinei para a hipótese de ser ateu aos 15 anos, depois de ler obras se filosofia, livros do erich von daniken e carl sagan. Mas, porque tinha o hábito de também ler a BÃblia, mesmo sem fé nenhuma, por curiosidade intelectual, um belo dia, com 16 anos, idos de 1980, lendo o Salmo 119, ao ler o último verso, tive uma experiência extática, arrebatadora, numinosa e me tornei um pistos, fidus, um fiel a Cristo até hoje.
Von Däniken foi um embusteiro com conclusões estapafúrdias, que podem ser acompanhadas em bobagens pseudo- cientÃficas como AlienÃgenas do Passado.
Eu fico com Espinosa. Deus não é juiz, nem rei, e não tem absolutamente nenhuma das caracterÃsticas e atributos antropomórficos que lhe são dados . Deus é apenas a Natureza e suas leis e a BÃblia nada tem de divino, é um livro humano, produto da imaginação e do talento humanos e nada mais.
Um garoto de 8 anos que se torna ateu com base na premissa “como um Deus onipotente e benevolente permite o mal?” é compreensÃvel. O que me causa perplexidade é que homens da envergadura intelectual do colunista não consigam refletir, com maior maturidade, acerca da questão da natureza do mal e das suas causas. A cada leitura desta coluna minhas convicções são racionalmente reforçadas no sentido de que, quanto maior a necessidade de se combater uma ideia, maior é a sua força.
Todas os deuses são imagem e semelhança do homem, o verdadeiro criador do mito, ou seja, são vaidosos; vingativos; voluntariosos; paternalistas; sedentos de oferendas, bajulações, invocações, sacrifÃcios etc. Temos uma necessidade inata de fazer algum pacto com as forças superiores, seja com as da própria natureza: como o sol; vento; chuva etc, ou as metafÃsicas. Há ainda a obsessão humana com a morte, que se configura como o salto no desconhecido do não ser.
Todas os deuses são antropomórficas, ou seja, são vaidosos; vingativos; coléricos; paternalista; sedentos de oferendas, bajulações, preces, sacrifÃcios etc. Temos a necessidade inata de fazer algum pacto com as forças superiores, seja com as da própria natureza: como o sol; vento; chuva etc, ou as metafÃsicas. Há ainda a obsessão humana com a morte, que se configura como o salto no desconhecido do não ser.
Todas as religiões são antropomórficas, ou seja, os deuses são vaidosos; vingativos; coléricos; paternalista; sequiosos de oferendas, bajulações, preces, sacrifÃcios etc. Temos uma necessidade inata de fazer algum pacto com as forças superiores, seja com as da própria natureza: como o sol; vento; chuva etc, ou as metafÃsicas. Há ainda a obsessão humana com a morte, que se configura como o salto no desconhecido do não ser.
Sim, a força da ideia de um deus bom, e ao mesmo tempo vaidoso, é poderosa. Não significa ser boa.
Eu também virei ateu lá pelos 8 anos
Eu fico cada vez mais angustiado com as colunas do Hélio Schwartsman. É que o espaço reservado para ele, na Folha de S. Paulo, parece curiosamente menor que o dos demais colunistas. Quando parece que ele está engatando no assunto, bum!, acaba. Meu Deus, que aflição! Provavelmente existem universos paralelos (Terra 02, Terra 03...) em que ele desenvolve os assuntos com plenitude, podendo até se dar ao luxo de ser prolixo.
João, dizem que Nietzsche escrevia aforismo ou microensaios, para desenvolvê-los mais tarde. Talvez o Hélio com suas resenhas, microensaios, esteja gestando livros 'em que ele desenvolverá os assuntos com plenitude'. Portanto, o espaço da FolhaSP é seu primeiro exercÃcio de pensamento, crÃtica e autocrÃtica. Vamos aguardar. Gracias.
O homem se torna deus e cria um espantalho a sua semelhança para afugentar os maus agouros e justificar a sua barbárie.
Como uma criança de 8 anos poderia compreender a vida? Provavelmente o ateÃsmo tem a ver com religiões mÃsticas e dogmáticas criadas pelos homens. O espÃrito humano recebeu a capacitação da livre resolução, pode escolher e dirigir sua vontade para o bem e o mal, se não seria um robô, mas tem de arcar com as consequências, nesta vida ou noutra, a Justiça das leis da Criação não falha.
Não podemos fugir desta questão proposta por uma criança de 8 anos "Como um Deus onipotente e benevolente permite o mal?". Ou ficamos com Tertuliano que disse "creio porque é aburdo".
Tem religião não mÃtica? Existe criança de 8 anos cristã? Como seria outra vida? Nossa carne apodrece e nosso pensamento vai junto, outra vida seria nossos filhos, netos, bisnetos... ?
Penso que se eu afirmar a existência ou não de um Deus deveria provar a afirmação. Como não há provas do sim ou do não, diz a epistemologia que o certo é suspender o juÃzo na ausência de provas. Agnósticos como eu fazem isso. Ateu e crente para mim são iguais quando não conseguem provar nada. Sofrem mais os segundos que ficam sujeitos à s religiões, instituições (des)humanas, que na grande maioria exploram os fieis.
Não imagino quem tenha apertado o botão que criou o universo. Sei que antes de me ver com o dono desse dedo haverei que entender mistérios mais imediatos como de onde viemos e para onde vamos. Fazemos parte de uma civilização cósmica mais ampla? Se sim (a probabilidade nos indica isso) prefiro me ater a essas primeiras indagações. Talvez depois, muito depois, consiga abstrair e/ou ter dados sobre um possÃvel deus, ou seja deixo pra depois sem arrependimentos.
Msm aceitando seu raciocÃnio metafÃsico com base na causalidade (coisa q, a meu ver, Kant já refutou), ainda terÃamos o problema da interferência dessa causa primeira no nosso cotidiano (atender a orações, p.ex.). Há inclusive boas razões pra acreditar q n acontece essa interferência em q os religiosos acreditam. Seu raciocÃnio "prova" apenas um ser necessário fundante (o "Deus dos filósofos"), n tem mto a ver com o Deus das religiões.
Vemos Deus pelo Axioma que existe nas ciências. Não há efeito sem causa. Destarte as religiões sempre destruindo essa compreensão de forma ampla e limitando-a a dogmas.
Provar a não existência seria o quê mesmo? Aliás, concordo, há semelhança entre crentes e ateus: Ambos negam a existência de deuses... o ateu nega somente um a mais. É uma diferença fundamental, admito, mas também mostra que os deuses (deve haver muitos, por que não?) podem ser negados, e está tudo bem... Ou não. A existência já está provada, pois tudo o que inventamos existe (crentes e ateus só existem por isso, aliás). Uma existência (meta)fÃsica, no entanto, é mera ilusão. Amém!
Esse raciocÃnio parece justo, mas n é bom. Sobre a existência ou n de algo, nunca é questão de dar provas cabais, mas de cotejar evidências. N há evidência alguma da existência de Deus, pelo menos no sentido dado pelos religiosos. Por q acreditar num ser pessoal, onipotente, sumamente bom, q atenda a orações etc? N há motivo razoável de acreditar num ser assim. Portanto, o ateÃsmo n exige prova de não existência, mas apenas o reconhecimento da falta de evidência.
Assino. Eu costumo falar que não deixo de dormir por causa disso, a saber, a minha incapacidade de dizer sim ou dizer não sobre o mÃtico, apesar de puxar um pouquinho para o teÃsmo.
Hélio, você realmente lê os livros que você comenta? Uma dúvida mais de fÃsica envolvendo a relatividade e sua escala do tempo-espaço. Abraço.
Ainda bem que por aà há pouco indivÃduos como o tal filósofo. Poucos e no ostracismo.
Antônio, tem "filósofo " que está prestes a ir pro xilindró.......
e na ditadura tinhamos "filosofos suicidas, agricultores famintos desaparecedo embaixo de arquivos"
Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal e nem existiria, como as noções cientificas. senão entre os que tivessem podido receber esse ensinamento. Existe esse sentimento desde tribos escondidas na Amazônia até os rincões da Austrália
Esse sentimento Que Deus existe; pois de onde lhes viria esse sentimento, se ele não se apoiasse em nada? E uma conseqüência do princÃpio de que não há efeito sem causa.
Sim, existe algo mais que aprendizado, existe um sentimento comum o que não significa mais que expressão humana. Povos em todo canto do mundo criam música e dança, das mais variadas. Eles as inventam, diferentemente dos animais. Expressão humana, nada mais. Criamos deuses e os veneramos para nossa satisfação. Pena que junto vem medo e dominação. Uma espécie de libertação é necessária para um mundo melhor.
Acredito em Deus Quim, mas não como visto pela maioria, um Deus cruel que separa familiares amorosos por toda eternidade, que não tem misericórdia. Creio num criador amoroso e que não tem filho pra perder por esse universo a fora. pode demorar um pouco mais (um Adolf, ou Coiso) ou um pouco menos, mas todos chegaremos lá.
Na verdade há o sentimento na existência de seres supremos, não num só. É a nossa tendência em antropizar as forças desconhecidas e de não aceitar a aleatoriedade dos fatos da vida. Ha o panteismo e mesmo nas 3 religiões abramicas (cristianismo, islamismo e judaÃsmo) além de Deus há os anjos...
Engano. Essa crença não é universal. Existem mesmo muitas religiões que não tem essa ideia de um ser supremo. Por exemplo o budismo, o jainismo e o confucionismo, com milhões de seguidores
Não há a mÃnima possibilidade do criador existir. Pelo menos não esse deus tão fantasioso criado no Oriente Medio. Para justificar a existencia desse deus criador, a primeira atitude sensata seria ignorar a bÃblia.
O artigo parou quando eu pensava que iria explicar o ateÃsmo moral do filósofo. Ficou devendo.
...mas fiquei com vontade de ler a biografia.
Presente.
Tive a mesma impressão de total incompletude, de texto inacabado, de resumo de outras resenhas.
Nelson, foi exatamente a impressão que tive. Pareceu-me, em que pese o preparo e a habitual consistência do articulista, um texto “meio jogado”. Também creio ter faltado um maior esclarecimento.
Santo Agostinho, lá no século quinto, já afirmava que o 'mal' é a ausência do 'bem', e o livre-arbÃtrio é que nos conduz.
AnÃmico.
As pessoas já nascem ateias. O que vem após o nascimento são alegorias de santos e demônios, a que alguns se entregam para preencher o vazio de suas vidinhas insignificantes.
O homem se torna deus criando um criador a sua semelhança. Cria um espantalho para afugentar os mal agouros e justificar a sua barbárie.
Reivam Franca é justamente o sentimento de impotência diante da vida e da morte, que fez o ser humano criar um Deus onipotente, aliás a sua imagem e semelhança.
Não é porque é maioria que é melhor. Aliás, tem se provado o contrário ultimamente.
Por teu raciocÃnio, somente ateus são desprovidos de vazios existenciais e insignificância. Qual é a percentagem de ateus no mundo? Qual a justificativa para a grande maioria da humanidade se agarrar a uma crença e tentar fugir de sua "insignificância"? Prefiro acreditar na fala de um ex-ateu, poeta alemão, quando disse: "Reconciliei-me como o meu criador, para a decepção dos meus amigos esclarecidos". (Heinirich Heine)
Deus não permite o mal, pois cada um faz livremente suas escolhas (do contrário não permitiria também que existissem ateus), seria um tirano nos fazendo de robôs ou uma babá nos tutelando o tempo todo. Como diz a canção dos Titãs: se o bem e o mal existem você pode escolher, é preciso saber viver
Deus não permite nada, pois é só uma lenda.
É fico imaginando nosso Deus no happy hour com outros deuses trocando ideias de como é um saco aturar os humanos erguendo templos para louva-lo, achando que ele iria achar isso legal. Eles devem rir muito dos humanos é nos achar irracionais, por isso.
Deus não influência nada, não ajuda nem atrapalha a vida humana e de todas as espécies animais e vegetais. Então não adianta falar, vai com Deus, Deus te ajude, Deu te salva, Deus te cure, ou vá pro diabo que te carregue. Ele ca ga e anda. Não é a função dele. Ele falaria: se vira,mané: te dei inteligência e um corpo quase perfeito. E não tente falar com ele. Não há essa opção. Ele deve ficar pu to quando alguém tenta. Essas são as desvantagens de ser Deus..
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