Wilson Gomes > A universidade e o tribunal identitário Voltar
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Excelente!!!!
Quantos casos semelhantes ocorreram nas universidades nos últimos anos? Em que dados o autor se escora pra fazer essa afirmação? Acontece com mesma frequência em universidade pública e particular? Com mesma frequência em cursos de humanas, exatas, biológicas e outras áreas do conhecimento? Há diferença regional? E, por fim, a diferença fundamental é q no caso dos identitárias bolsonaristas, eles eram cancelados e incentivados pelo ministro da educação e pelo presidente da República. Caça likes!!
Excelente reflexão, professor. Assino embaixo
E quem ainda acha que um radical de direita é diferente de um de esquerda? A ditadura do Pinochet foi tão sanguinária quanto é a ditadura venezuelana.
Excelente texto. A histeria identitária é realmente de assustar. Em breve vão começar a queimar livros, se já não o fizeram.
O identitário raiz é tão autoritário quanto o bolsonarismo raiz.
Lamentável todo esse desdobramento de uma questão que bastava um simples e educado "desculpe". Um pequeno equÃvoco vira toda uma avalanche persecutória. Não percebem que não estão acabando com a opressão, mas apenas tomando os lugares dos opressores.
Faz parte de um plano bem sucedido de dividir para conquistar. E os néscios caem nela tal qual patinhos. E com eles, toda uma justa luta.
A ignorância não pode vencer. Quem tem anos anos de estudo e docência não pode ceder ao coro de vozes radicais imbecilizadas. Existe uma hierarquia sim, que deve ser respeitada pelos alunos. Quem comanda, avalia e consagra é o professor, que por sua vez deve sempre respeitar os discentes. Quem não gosta dessa relação, que faça EAD.
Não entendi, no EAD tem de respeitar o professor também. Existem interações, aulas on line, chats de discussão.
Nesse passo firme em que seguimos rumo a "1984", a próxima etapa logicamente parece ser o fim das aulas presenciais ou ao vivo. Todo o ensino será feito no formato de EaD - Ensino à Distância, com aulas gravadas e previamente submetidas a comissões paritárias para avaliar a existência de micro ou macro agressões, mesmo que implÃcitas, Programa do curso e bibliografia receberão atenção especial.
Parabéns pela coragem e pela lucidez com que abordou o episódio. Problemas semelhantes ocorreram na UnB recentemente e foram pelo mesmo caminho de acusar sem provas, confundindo equÃvocos com agressões e até atitudes que nada tinham de malévolo com intenções nefastas e imperdoáveis. É uma pena que a suposta luta por liberdade tente suprimir a liberdade alheia e o faça sumariamente, à maneira dos fascistas. Pena. Como dialogar com os novos bolsonaristas?
O patrulhamento ideológico não tem ideologia.
Congratulo- me c a coragem do professor em vir em público p defender uma colega diante de um conservadorismo vingativo identitarista q eqto não vê arrasado seu adversário, não sossega. O alinhamento de parte da instituição c a razia demonstra bem o qto universidade, mas n só ela, vai se transformando num ambiente envenenado, digno de Savonarola!
Fantástico ! Maravilhosa reflexão !
Concordo
Bela reflexão, professor!
Ual! Que generalização hein. Não sei nada sobre o caso, mas usar um caso especÃfico e fazer uma generalização dessas? e comparar com o bolsonarismo? e dizer que o bolsonarismo não chegou a esse extremo? sério isso? Os convertidos estão radiantes e dizem que não vemos o óbvio. Falando em óbvio, não ver a generalização....tenha dó.
Eládio, "por que até docentes se eximiram de defender a professora?" Ora, porque seria "politicamente incorreto", porque no embate entre uma professora branca e cis (é o que parece) e uma aluna preta, pobre e trans, a razão sempre será dada à segunda, não importando os fatos. A conclusão do seu comentário é exemplar: "O artigo é sectário e toma claramente partido em favor da colega, demonizando a denunciante e vitimizando a "pobre" professora". É isso aÃ...
Mas, José Fernando...por que até docentes se eximiram de defender a professora? Isso não chama sua atenção? Estariam seus (as) colegas todos (as) errados (as)? Na minha opinião, o esgarçamento de posições é dos dois lados. O artigo é sectário e toma claramente partido em favor da colega, demonizando a denunciante e vitimizando a "pobre" professora.
O caso aconteceu e até docentes se eximiram de defender a professora. Ocorreu na UnB algo semelhante. O colunista sabe do que está falando.
Ainda que tenha ocorrido, o autor generalizou o episódio, além de que o remédio para isso o próprio já enunciou: Não um artigo raivoso e ressentido mas a “atitude para a qual, aliás, a única resposta decente é a denúncia pública”.
O caso infelizmente não é extraordinário. E a reação dos que podiam defender a docente e não o fizeram mostra a predisposição de ódio embutida e à s vezes explÃcita nessas situações.
Parece-me exagero é o colunista pinçar um caso extraordinário pra igualar causas identitárias com o bolsonarismo.
A chamada polÃtica identitária alimenta diretamente o extremismo direitista.
Nó...Mais identitaristas que os markxistas de boutique, formados pelas facu doutrinárias, tá difÃcil...
Quem pariu mateus, drpois q o embale
E assim as criaturas vao sendo criadas: identitaristas, moradores de rua, desencarcerados
Por esse exemplo, é q abdiquei da carreira universitaria. Subir sozinho no elevador com uma aluna? Nem pensar
So tem uma pessoa no brasil q passaria incolume por essa situaçao: sao luis inacio
Q coluna fantastica. O prof wilson é um grande trunfo da fsp
Antes do "chateado", segundo o áudio, na minha opinião, já havia interferência inadequada da aluna. É preciso ter mais consideração pelo professor e solicitar intervenção no momento certo e com a postura certa.
Parece que a grande desculpa, ou melhor, justificativa, para este absurdo foi o fato da pessoa ter dito seu nome feminino e, pouco depois, a professora ter flexionado a palavra "chateade" (...) no gênero masculino. Pronto! Ofensa irreparável, ao cadafalso com a Ãmpia! Não se admite que a professora tenha falado "no automático", pois a pessoa - eu vi a foto - realmente parece um homem gay. O fato da professora ter se desculpado em seguida é considerado irrelevante, tanto que nem é mencionado.
Totalmente de acordo com argumentos..O problema é pacto feito no passado era ruim, isto é, o fato de invisibilzar as diferencas, hoje o pacto de culpa não permite o debate sob bases democráticas
ImpossÃvel discordar. Agora aparecerão os inquisidores negando o óbvio.
A pergunta que se faz é como a Universidade vai sobreviver se os docentes fizerem análises rasas e parciais como essa...
Desculpe, mas não vi nada de raso nem parcial na análise.
Achei até boa a análise. É certo que ela reflete um recorte especÃfico, mas debruca-se com coragem sobre um problema real, a meu ver.
Ah, esses jovens identitaristas compulsivos...Isso prova a necessidade de, além de Marx Excessivo, os docentes ministrarem conteúdos Identitaros. Sem idenditarismos.
Antonio Risério tem razão!!! Boa, Wilson Gomes.
Não sejam desonestos, rapazes. Risério já fala dessa sanha identitária há tempos. Vocês estão acostumados a serem enganados.
RisÃvel!
Risério, aquele que acha que o negro não deve "chorar" porque também escravizou ?
Mais algumas palavras e nos verÃamos diante da defesa dos estudantes de medicina que simularam masturbação diante das colegas que participavam de um jogo ! Pelo visto errado elas por estarem com exÃguas roupas ! Sem radicalismo , mas a sociedade precisa evoluir e não academicamente normalizar a barbárie !
Não vi isso que vc está alegando. Talvez tenha de ler de novo, mas me parece que a crÃtica/desabafo em relação ao identitárismo militante radicalizado me parece válida.
Essa é uma das melhores colunas que eu já li a abordar essa questão. Antes dela só me lembro de algo parecido pelo João Pereira Coutinho. Parabéns ao colunista porque tocar nesse tema hoje em dia exige coragem. Ele está correto em afirmar que "[u]m dos lugares mais insalubres para se trabalhar hoje são as universidades.". Agora, que levem a mão à palmatória, grande parte desse contexto de insanidade e violência foi fomentado pelo próprio corpo docente das universidades. Ideias têm consequências.
Esquerdismo, doença infantil do comunismo (Lenin). Identidarismo, doença infantil da esquerda. (Eu).
Limitação cognitiva, doença tÃpica da extrema-direita. Produz apalermados como você.
Rs. Quer dizer que é a doença da doença?
Perdeu a chance de passar vergonha!! Ou vc acha que vestir a bandeira e cantar o hino para um pneu não é identitarismo?
eladio, o mais novo candidato a eremildo.
Tive o cuidado de buscar as versões do citado caso antes de comentar, inclusive ouvindo o áudio da suposta discussão (foi quase um monólogo). A professora pergunta para a aluna o seu nome e ela responde com um nome feminino, em seguida a docente diz que "ele está chateado" e passa a desdenhar a sua fala. Em seu corporativismo, o colunista me passava a impressão de que a professora era uma Joana d'Arc na fogueira. Quase me convenceu...
Isso mesmo que eu quis dizer, Bruno. O monólogo é da aluna.
" um luminar do paradigma indiciário", tentou ser erudito? cômico isso!
Também ouvi o áudio. O monólogo é da aluna. Ela não deixa a professora falar.
Você está enganado. Aqui em Salvador todos sabem o que de fato aconteceu. Pare de querer passar pano pra essa turma de desmiolados.
Sim, ela errou na flexão do adjetivo, mas reconheceu o erro e pediu desculpas. O texto é justamente sobre isso: sobre a impossibilidade de ponderação, de julgamento justo, de redenção, de reconciliação. Nessa seara, são sempre a acusação, o julgamento e a severa condenação conjuntos e automáticos.
no lugar de eladio, eu me candidataria ao primeiro concurso de investigador da PF que fosse aberto por esses dias. seu talento detetivesco é assombroso, um luminar do paradigma indiciário, o melhor curador de verdades que se possa desejar naquela hora em que a dúvida nos paralisa. em suma, uma vocação sherlockiana desperdiçada.
Grave a situação em que estamos nós como professores! Apesar de defendermos a pauta identitária, percebemos muitas vezes ela sendo usada como forma de justificar desinteresse, mau comportamento, agressividade e falra de estudo por parte do aluno. Se por um lado, não pode haver desrespeito com aluno, por outro, também não pode haver desrespeito com o professor.
Caro Filipe, ouvindo atentamente e repetidamente o áudio da suposta discussão, percebi uma aluna (que havia se identificado como aluna ao dizer o seu nome à professora) defender sua visão do texto (de forma um tanto agressiva, é verdade) e ser desdenhada pela docente. Para completar, a professora fez questão de dizer que "ele estava chateado" após ouvir seu nome no gênero feminino. Decerto, não ia acabar bem. O respeito precisa ser mútuo, como bem lembrado por você.
Se não quer ser confundida, a pessoa deveria usar um crachá bem grande informando como gostaria de ser chamada.
bom...ela respondeu à professora que seu nome era Maria Alice, antes de ouvir da docente que estava chateado. Vai ver, a tal professora não consegue identificar pronomes femininos...
É exatamente assim. A gente deveria ter direito a adicional de periculosidade
Era uma aula da disciplina de 'Produção e Circulação de Conteúdo e MÃdias Digitais' na Universidade Federal da Bahia. Se o objetivo é formar viralizadores, o episódio mostra que está sendo um sucesso! Parabéns à professora...
E assim continua o pêndulo entre os extremos...
Para aqueles que querem mais informações, o caso envolve a UFBA e a faculdade de Comunicação. Os audios estão disponÃveis lá e são muito esclarecedores. O que estarrece é a postura da Universidade de se colocar a priori a favor do aluno ou aluna, não dar nenhum acolhimento ou suporte público para a professora, e inclusive tolerar manifestações durante uma cerimônia pública. Já passa da hora de reverter essa inversão de papéis que se tornou o ensino principalmente em ciências humanas.
Perfeito Wilson, de acordo. Tenho um programa de escuta nesta mesma universidade e vejo o sofrimento subjetivo também dos estudantes, além dos professores, que não se alinham, que seja por uma palavra, ao discurso do mestre identitário. Estamos cada vez mais perto da condenação do professor Coleman Silk, no livro A marca humana de Philip Roth
A marca humana já é muito real...
Philip Roth deveria ser lido e relido por gregos e troianos!
O identitarismo não pode ser reduzido a uma briga entre alunos e professores nas universidades. Alunos barraqueiros existem de todos os espectros ideológicos. De qq forma o identitária é forte também entre professores, o que tem afetado inclusive a luta sindical, que em vez de representar a todos, tem substuido a luta de classes por pautas identitárias restritas, em função da presença de identitária na diretoria do sindicato.
Infelizmente, chegamos a este ponto.
Que texto, Sr. Wilson! Esplêndido. E que mundo é esse que estamos vivendo!
Dentro de ume sale de aule, morro de mede de falar algo que possa ter uma interpretação dúbie. E pesso desculpes se esqueci-me de neutralizar alguma palavrinhe neste meu comentárie inútel.
Minorias tem que ser respeitadas, não 'concordadas'
E maiorias, não precisam ser respeitadas também?
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