Ruy Castro > Tinha de ser Voltar
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Elis & Tom, um documentário primoroso, prende a atenção e emociona quem teve a oportunidade de assisti-lo. No final da exibição da minha sessão, a quase totalidade da plateia bateu palmas. ImperdÃvel!
“Como fomos capazes de produzir tanta beleza”? Pergunta o articulista.Mas creio que a continuidade dessas maravilhas foi soterrado pelas gravadoras e indústria televisiva, que nos jogou breguices urbanas e falsos sertanejos.” Mas se um dia esse tempo voltar eu nem de que serei capaz.”, como esperava o poeta.
Putz, que notÃcia feliz! Olha, caro Ruy, tirarei minha preguiçosa Únda do sofá pra assisti-lo no cinema, coisa que não faço há anos - sempre enrolo, esperando pela oportunidade de aproveitar o 3D, a poltrona que chacoalha, sei lá. Agora, simples e direto, aproveitarei a tela enorme e o som bem projetado (escolherei um bom), entrarei num carro e andarei dezenas de quilômetros pra assistir essa maravilha no nÃvel dos documentados. Que maraviva - até deixo o erro de digitação, maraviva. GratÃssimo!
Cinquenta anos se passaram, e nem me dei conta! Eu ouvi esse disco obsessivamente e eu tinha vinte anos. É, de fato, uma obra-prima! Eu não gostava da Elis, até então. Motivos: a triste passeata que ela liderou contra a guitarra elétrica, o canto para os militares em plena ditadura., a grosseria contra Nara Leão, por quem eu era apaixonado ( e ainda sou), a personalidade conturbada, mas ouvindo esse disco, eu me rendi. O nÃvel é altÃssimo, tudo nele é magnÃfico, soberbo, deslumbrante!
Hehehe, lembro do "fiapinho de voz"...
Também tinha implicância com a Elis. Bobo fui eu que deixei de ir ao show dela quando tive oportunidade. Hoje, mais velho, tenho seus álbuns e assisto com nostalgia aos shows antigos. Radicalismo é sinônimo de estupidez. Minha desculpa é que eu era jovem.
Caramba!! Que baita elogio, hein? Roberto e Jomico devem enquadrar esta crônica e pendurá-la nos seus epitáfios. Maravilha!! Quero ver o filme o quanto antes!!
Resposta para Marcos Benassi: Jomico (Jom Tob Azulay) é irmão mais velho do saudoso Daniel Azulay.
Poi Zé, coisa finérrima. Jomico deve ser filho do Daniel azulay, ó que servição? Além de ajudar a criar os filhos dos outros, criou um documentarista de primeira. Espero que essa crônica ajude muito antes de ser pendurada no mausoléu!
Vou assistir. Tom e Elis juntos? Simplesmente a perfeição.
Tempo que os artistas brasileiros , se unia para produzir música de verdade até mesmo sendo vigiados e torturados psicologicamente por ela quando eram obrigados a mandar as letras pro sensor aprovar para grava-las .
Que saudades do tempo em que música era música ,inspirada por Tom Jobim , Chico, Caetano , Gil e tantos outros e cantada por Elis, Betania, Gal e tantas outras. O mundo mudou e o Brasil entao nem se fale em termos de cultura , música , mas hoje nao existe mais MPB . Só me resta ouvir minhas preferências musicais na internet e lamentar a que ponto chegamos ....
Ôôô, Carlos, era Grande Música, sem dúvida, daquelas que só o Improvável produz. Mas dia desses mesmo eu lembrei da Ná Ozetti (já madura, nos sessenta e qualquer coisa) e da LÃvia Nestrowski - essa menina não deve ter trinta, e é algo sobrenatural, uma cantora do nÃvel da Ná. Tem gente excelente pelaÃ, não é só Anitta querendo ganhar o mundo pop, não...
Seus pais gostavam de Nelson e de Angela. Quando o Sr chegava com essas músicas de ,"vanguardas" era a mesma coisa q vc está fazendo agora. o Novo Sempre Vem.
Tom e Elis. Duas representações máximas de um perÃodo refinado da música brasileira: melodias elaboradas, harmonias rebuscadas, sonoridades fluidas, interpretações perfeitas. A criatividade, em todas as etapas, era a tônica. Fazem-nos falta, Elis e Tom
Fiquei curioso e tudo bem que Tob Azulay já produziu preciosidades para o documentarismo nacional (e musical) como "Os Doces Bárbaros" etc, mas "melhor documentário já produzido no Brasil" me pareceu temerário, quase ofensivo, melhor que "Cabra Marcado pra Morrer", por exemplo? E tantos outros... mas a menção ao Oscar no fim do texto explica tudo, o velho vira-latismo complexado de quem no fundo nunca gostou do cinema nacional pelo o que ele é.
Obrigado Ruy. De novo. Já tá ficando até chato.
Poi Zé, me pego vindo ler o Ruy antes de qualquer coisa. (E o MC pipokinha ficou engraçado, colega, mas foi marvado)
Coluna do Ruy Castro. Você esperava o quê? Vida e Obra da MC Pipokinha?
Elis foi uma das últimas unanimidades culturais deste triste paÃs. Em todo lugar, em todas as classes, era venerada. Tom Jobim, por sua vez, era refinado demais para ser igualmente popular, mas elevou a canção popular a um nÃvel jamais visto. Hoje, o nÃvel é bem mais baixo, em quase todos os aspectos.
Discordo! Algo gravado no inÃcio do século passado, parece que foi ontem ,se tiver uma pincelada de gênio! Tenho um disco do Caruso ,gravado em dezenove ou vinte que é uma preciosidade. Elis sempre foi preciosidade ,por isso tudo que lhe diz respeito tem um toque de eternidade. Não cri quando fiquei sabendo de sua partida para o outro mundo.
Quando li a chamada ("O melhor documentário já produzido no Brasil"), pensei que fosse sobre "Uma Noite em 67", de Renato Terra (colunista da FSP) e Ricardo Calil, sobre a final do III Festival de MPB da Record. Os vÃdeos daquela noite mágica foram miraculosamente preservados e complementados com entrevistas com quase todos os protagonistas. Sobrou material até para um livro homônimo. Será que "Elis & Tom" vai suplantá-los? E pensar que nosso paÃs já teve música desse nÃvel...
Pô, Hermes, preciso encontrar esse do Renato ora assistir. Rebtari que, salvo engano, também pariu um badalado documentário sobre a Elis, não? Bem, digamos que agora temos documentaristas de primeirÃssima!
Tinha9anos quando Elis Morreu. Estava em visita na casa de meus tios no Rio e tinha um janelão na casa que ficava no alto de um morro na ilha do governador onde eu via o estaleiro e aquela água escura da baia. A morte abrupta da cantora causou muito espanto em minha tia, lembro de uma certa comoção dos grandões. Tem muita cantora boa, mas ver a Elis cantando parece fácil, suave e sem esforço (para ela). Parecia que ela cantava com alegria. Vou ouvir o álbum e obrigado pela dica.
Que menininho! Vi, em programas de auditório, Elis ao vivo, em fins dos anos sessenta! Vi Elis ,ao vivo ,em show no teatro Bandeirantes. Elis ao vivo era simplesmente fantástica. Que benção ter tido bom gosto musical em minha juventude.
Fala sério. Os dois melhores são O dia q Dorival enfrentou a Guarda e Ilha das Flores. Aliás do mesmo diretor.
Melhor documentário do sistema solar em todos os tempos!
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