Zeca Camargo > Precisamos falar sobre fetichismo cultural Voltar
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A falta do quê fazer leva a escrever um artigo desses, e a falta do que fazer nos leva a ler. O engraçado é que ontem na Band news o Sr Megalle que é um mimizento de mão cheia, ficou a manhã inteira falando sobre esse artigo. Temos estranhos....
Zeca - celebridade, membro da elite econômica, intelectual e cultural do paÃs. Preocupado com os 'locais de estada' de turistas ricos. Quem leva 40 amigos para festejar aniversário no Laos, embora não se possa qualificar de desumano, não faz parte do 'mundo real'. Como disseram comentaristas, fetiche é dinheiro, pra pagar aluguel, água, energia, internet, antidepressivo, ansiolÃtico e, se sobrar, fazer uma assinatura da Folha (a R$ 1,90) prá ler besteira. Paz e bem, Zeca.
Um tema tão útil quando um pedreiro na cabine de um Airbus A380.....
Você, Zeca, pode trazer este tema a pauta. E acredito ser relevante nestes tempos em que tudo (até a tragédia) é "instagramável". Eu, porém, não tenho esse "luxo", pois ainda preciso limpar meu nome e tentar comprar um imóvel para sair do aluguel de mãos de dois mil reais por mês...
Uma influenciadora transforma a festa de aniversário em evento com patrocÃnio de empresas e transmissão pela Internet; uma cantora anuncia na TV ao vivo que tinha sido traÃda pelo namorado; outra cantora sai de um aparente ostracismo para participar de programas de entrevistas e, de repente, anuncia sua separação do marido; outra ainda tem seu tratamento médico exposto todos os dias na imprensa de celebridades... Exemplos não faltam de mercantilização da vida pessoal. Por que o espanto, Zeca?
Para mim não faz sentido participar destes eventos pois, como não vivi esta cultura, não me sentiria conectada com o evento, não saberia interpretar os numerosos gestos e rituais que têm significado local, além de não entender o idioma. Sem falar que não conhecemos as pessoas, não sabemos quem é quem, parentes, irmãos, amigos, etc. Portanto, seria apenas uma situação turÃstica curiosa, um pouco mais exclusiva, para contar no jornal e aos amigos. Não fala ao nosso coração, não é cordial.
Passo nem perto
Oi, Zeca! Lendo seu post e fazendo uma visitação na minha memória de viajante, acredito que ações como essa seja apenas a lógica do capital chegando em mais uma esfera das nossas vidas, em que mais um produto foi colocado na prateleira do mercado. De fato, isso remexe o estômago. Já leu o livro “O que o dinheiro não compra”? Abraço!
Tenho fetiche é por dinheiro, seja lá o que signifique fetiche. Minha conta no banco está no vermelho e o gerente dela quer falar comigo. Boa coisa não é. Alguém se abilita, pouco que seja, desde que seja de coração.
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