Ruy Castro > Escrever bem Voltar
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Excelente reflexão para os tempos em que os mecanismos de busca fazem o texto jornalÃstico de refém. Quanto mais "sujo" o texto, melhor aparecerá nas pesquisas.
Aula de Redação. SÃntese daquilo que, muitas vezes, tentamos fazer com que os alunos entendam. Depois da Aposentadoria, estou retornando para a sala de aula. Peço autorização para usar esse texto em sala. Perfeito.
Adoro ler as suas crônicas. Costumo mostrá-las para os meus alunos como exemplos de textos claros, objetivos. Sempre comento com eles: escreve bem quem reescreve, quem corta tudo que é desnecessário, quem sabe se expressar com autonomia. Digo para eles que o Ruy Castro escreve bem porque lê muito e treina todos os dias. Maristela Cordioli. Florianópolis - SC
A nova edição do Manual de Redação está disponÃvel para cronistas e leitores.
Obrigado pela aula matinal.
Escrever mal parece ser uma das exigências da Redação no ENEM.
ruy e machado de assis, direto ao ponto , comigo, objetividade é o método, daà os educandos dizem: sora, como a senhora é inguinoranti ....
benasci, welcome bakk
Grato, Camila!
Óia, CarÃssimo, eu implicava com o curto espaço dos comentários aqui da Ãgora; todavia (esse "todavia", pode?), comecei a achá-lo ótemo: pra uma idéia complexa e com acento caber, é necessário ser conciso e preciso - passei a ser amigo do formulário pequenino. Mas se depender d'eu saber o que é um advérbio ou qualquer outra coisa, mifú: sei nádegas de gramática. Só escrevo porque li literatura, não porque estudei e conheço os formalismos da lÃngua. Sou um perdido nas gramatiquices...
"Cinco tipos diferentes". Não há como não serem diferentes. Se dois são iguais, terÃamos quatro tipos - é aritmético. Mas algum repórter resiste ao cacoete?
É muito bom ler o Ruy Castro.
O grande bibliófilo José Mindlin também se arriscava na escrita e dizia que o melhor amigo do escritor é a gaveta... Essa é a essência da ótima crônica de hoje do RC.
A gaveta ou o balde.
Como apreciador das iguarias literárias, é algo decepcionante descobrir que os textos que julgava nascerem de pronto, por parto natural, de tão fluÃdos, diretos e eloquentes, na realidade nascem de parto induzido, a fórceps, exigindo muita força e perseverança para virem ao mundo. Mas como aprendiz já resignado a eterno de escritor, é um alento saber (ou se iludir) que um bom texto é dose dependente do esforço, vindo o talento apenas como mediador da dose. Verdade ou não, me dá esperança.
Acha decepcionante descobrir que os textos "fluidos diretos e eloquentes" nascem de parto induzido? Mentchura, como disse Neusinha Brisola lá nos anos I98o: o texto em que você nos conta isso resulta claramente de refino por releituras e reescrituras. Rá!
Crônica primorosa. Ruy Castro é um colunista escritor "simplesmente" primoroso. Teimo em usar o advérbio de modo como ênfase ao agradecimento por essa gostosa aula de escrita.
Um dia histórico para o leitor pegar no pé do autor. O artigo discute escrever bem, mas se tanto fica no parágrafo, mesmo aà se limita a vÃcios e anexos desnecessários, não fala de frase tópica no parágrafo, como destacá-la, utilizá-la na apresentação ou na transição dos parágrafos. Aliás, o artigo como um todo não está bem escrito, não possui uma introdução, nem transições coerentes, e muito menos uma conclusão.
O colunista não se refere a uma dissertação escolar burocrática.
Afinal, Décio, queria dizer alguma coisa?
Me rendi assaz confuso. Poderia reescrever encadeando as ideias?
Sobre "cabe destacar" e expressões análogas, acho inteiramente dispensável esse recurso. Em textos jornalÃsticos, se quem escreve lasca um "cabe destacar" alguma coisa, é porque até ali a ideia central não ficou clara nem para a autoria da matéria. No máximo, acho essas expressões valem se fizerem parte das aspas da personagem entrevistada. Fora disso, passa pouca credibilidade.
A crônica é uma aula de escrita, muito obrigado!
Ô Rui. Qual é,mano. Deu agora pra encher linguiça é.? Vc é bom, cara. Espero que se redima na coluna de amanhã.
Desculpa mas o Cebolinha mandou perguntar.
Nossa Vaici como vc escreve bem! Nada do Ruy a lhe acrescentar, uau. Ou tá Valcilando?
kkkkkkkkkkkkk amei! Uma vez ouvir a Nelida Pinon falar algo diferente, mas parecido; ela contando a estória de alguém sem grandes instruções lhe mostrou um texto/poema algo do gênero, disse ela que havia muitos erros de português, mas era otimo, o que ela considerava mais importante, o teor; agora você vem com algo de tirar os penduricalhos de textos; estou roubando a frase "Ruy Castro, o homem da escrita fácil" e agradável.
Brilhante!
Millor tinha um conselho parecido: não escreva com 10 palavras o que pode dizer com 9
Escreva mais, Ruy, adorei esse texto!!
Como dizia o Poeta: "Catar feijão se limita com escrever: Jogam-se as palavras no papel E os grãos bo alguidar. Depois, joga-se fora o que boiar."
Texto muito bom!
Original: "Enquanto ponderamos sobre a natureza da existência humana e suas complexidades, podemos chegar à conclusão de que a vida é um mistério profundo e impenetrável." Revisado: "A vida é um mistério profundo." Menos é mais, cortem os narizes de cera, os custos do telex estão muito altos etc.
Original: "Devido ao fato de que as condições meteorológicas estavam excepcionalmente adversas naquele momento e, portanto, a visibilidade estava extremamente reduzida, foi decidido que o voo fosse adiado para um momento posterior." Revisado: "Devido ao mau tempo, o voo foi adiado."
Excelente aula !
Escreveu pouco, mas escreveu bem. Embora eu acredite que não exista pecado em elaborar bons textos, robustos e com bons adjetivos, substantivos, advérbios etc., a gramática, nos últimos anos tem sido avacalhada, principalmente por advento das redes sociais. Adolescentes, jovens e até adultos tem adotado métodos simplórios demais para se comunicarem, beirando à informalidade. Existe uma linha tênue entre o exagero e a ignorância (consciente) de preceitos básicos da escrita.
infelizmente eu aderi essa ignorância consciente, quando não a de fato. Evito maiúsculas etc. apesar de gostar de saber o correto.
Texto brilhante! Uma verdadeira aula de produção textual.
Concordo. Mas tudo isso depende do que se escreve, para quem se escreve e com que objetivo. O que é imprescindÃvel num texto pode ser supérfluo em outro; o que sobra aqui, à s vezes falta lá.
Carlos Drummond de Andrade já dizia que escrever é cortar palavras.
Acho que a escrita depende do que se propõe, escrever um romance ou um pequeno conto não é o mesmo que escrever um artigo sobre fatos atuais e reais de interesse social. Acho que existem várias técnicas de escrita e todas elas podem e devem ser usadas, enriquecendo assim as escolhas do leitor.
Imagino o monte de papéis amassados no chão junto às escrivaninhas de escritores antigos, antes do computador e do 'delete'...
Grande Ruy, sempre agradável ler. Me fez lembrar de um querido professor de Semiologia Médica que resumia como escrever bem : procurando ser claro, completo, conciso e objetivo.
Falou com competência. Os melhores textos da cultura contemporânea são dele.
Até a lógica pode ser modificada caso não sirva a um sistema empiricamente adequado como a nossa linguagem. A lÃngua é viva, a gramática como sistema lógico comporta exceções. Portanto a clareza deve nortear nossa escrita. Escrever bem pode ser normativo, evite excessos de advérbios de modo, mas tem que ter bases em fatos. Ser sucinto e claro é a arte da escrita. Cervantes tinha todo o tempo e fatalmente (oops) devia reescrever seus belos e cômicos textos.
Ótimas dicas para aprender escrever bem. Ou melhor, reescrever bem. Maravilha "tudo o que é fácil de ler foi difÃcil de escrever e vice-versa". Detalhe: escrever e reescrever TCC, dissertação, tese, vem dando muito trabalho aos orientadores e revisores profissionais. Por que será?
Que maravilha de texto!
Excelente! Até me deu vontade de pegar o livro de gramática e estudar novamente. Mas esta permanente e frustrante falta de tempo…
Que aula seu Ruy! Preciso enfatizar meus agradecimentos a ti. Brincadeira hehe. Corrigindo: muito obrigado!
O problema central é a gramática da lÃngua portuguesa e a diversidade linguÃstica encontrada na comunidade lusófona. Portanto, já é hora de o Brasil repensar sua participação neste grupo, sem a obrigatoriedade desse acordo. PoderÃamos elaborar uma gramática da lÃngua brasileira, reduzindo significativamente as regras gramaticais e facilitando o aprendizado para os jovens. A atual legislação está afastando os jovens da literatura.
Assiste-lhe a razão, caro Almeida...!
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