Ôôô, meu caro, a mim, provavelmente nem pensar: a fila é tão longa, de pobremas tão chão, tampando meus infindáveis buracos, que essa dona tão fina não terá oportunidade de melhorar ou piorar meu pensamento, sono ou humor. Como sempre, torço por ti - e, idem, confio em tua resistência. Vai que vai, com a leveza do gás homônimo!

Uma coisa encantadora da física é quando as equações diferenciais sugerem a existência de algo que não estava na cabeça de quem as deduziu e que depois é confirmado experimentalmente. Por exemplo buracos negros ou ondas gravitacionais na relatividade geral, ou a antimatéria na união entre relatividade especial e mecânica quântica. Claro que não é o mais comum. Em geral a matemática é só um utensílio para lidar melhor com o que já se conhece. Mas quando acontece cai o queixo...

A beleza da ciência está nas conjecturas e na probabilidade e estatística de que tal evento ocorra.

Pro fructis comerebus.

Pensa que o senhor tenha felicidade estar lendo coisas boas em sua profissão. Mas enfim é verdade que nos traz notícias boas de que a investigação científica honesto em linguagem palpável para nós, mortais ou não, obrigado.

Colocar uma teoria científica consolidada como a do big-bang lado a lado com o que no momento é pura especulação como (as várias versões do) multiverso parecem indicar que, ou bem faltou o colunista repassar esse seu texto com um amigo cosmologista, ou bem a autora - que muitas vezes faz críticas interessantes e argutas, mas outras vezes é apenas bombástica - sucumbiu de vez à tentação do clickbait.

Quando ele entra nessas abstrações desmedidas. Só Nossa Senhora da Física Quântica pra nos ajudar. Oremos.

Boa matéria de Hélio Schwartsman , porém, hoje sabemos que racional, lógico, técnico não se dissocia do simbólico, mitológico, mágico. ( Edgar Morin).

Caetano E. Plastino, no artigo Realismo Científico sem Convergência, baseado nas ideias de L. Laudan e Quine, diz que a ciência resolve problemas, provisoriamente, mas não pode chegar à verdade. Popper com sua teoria da verossimilitude não garante a verdade das teorias científicas.

As partículas não pensam. Podem até ter memória, mas não pensam. É o que penso eu, mesmo, às vezes, sem memória.