Sêo Muniz, tenho estado tão perdidinho nas coisas... Os motivos são diversos, mas o cansaço é predominante: não veio da Nova Ordem (Ordem Limpinha, vá lá) a energia pulsante que eu fantasiava. Tá bão, acontece. Agora, quanto ao ato falho e feio, foi sensacional: a gente não perde por esperar o pior, ele chega. E, acerca da "guerra social molecular", tô na fita: não largo do sarcasmo nem a Fal, a subversão é meio de sobrevivência e luta. Subvertamos porque amanhã morreremos.

Parabéns, professor Muniz! Em tempos de narrativas, Aras tenta impor a dele, sem escrúpulos, sem limites. A realidade fática é única: Se o Brasil se aproximou de uma ruptura, deve-se à incúria das instituições por não ter freado o Bolsonaro com sua idiossincrasia pústula e desumana. Aras transformou a PGR em casa de caridade diante dos delitos do ex-presidente. Não haveria nenhuma tentativa de ruptura se Aras agisse no primeiro crime praticado por Bolsonaro. Assim, Aras é cúmplice dele.

No caso do Aras a frase cai como uma luva. Sairia a 'instituição' Bolsonarismo, entrando a 'instituição' lulismo e a mesma pessoa (Aras) permaneceria...

A expressão é conhecida mas fiquei curioso, e desta vez lancei mão da Wikipedia. Foi no livro A Psicopatologia da Vida Cotidiana que Freud tratou do Fehlleistung. O “deslize freudiano”, “parapraxia” , ato falho, enfim, é mais um indicador, parece-me, de um aspecto de inferioridade humana em relação a outras espécies. Nunca vi uma laranjeira desculpar-se por ter produzido um abacate. Cabeças humanas doentes fazem guerra, matam de escassez, tudo em nome de privilégios pessoais. Não há cura.

A última frase foi lapidar. Parabéns, professor Muniz Sodré! ("Uma coisa apenas é certa em golpismos e atos falhos: os donos da bola fazem o diabo para permanecer no gramado.")

Na revuloção de 1930/golpe de 64,no escopo destes acontecidos; existido o movimento chamado "querismo". Como lá,hoje,também há uma enorme parcela da população que navega ou até faz destes despontério uma razão de ser.