Obra pra "gente grande"? Quem não entende lubac então é menor do que quem entende? É gente menor? É isso que define o "tamanho" de um cidadão? É muita arrogância, muito preconceito de classe.

Vale lembrar que Deus que o Pondé fala é o dos judeus adotado pelos cristãos. Se abrir o leque e colocar por exemplo os 330 milhões de divindades indianas teremos debate até o último humano em pé

João Moreira, se você leu Ponde e não sabe definir se ele é ou não ateu, só reforça a minha tese que é desprezível de comentar sobre o que ele pensa.

Caro Humberto, Ponde se declarava ateu, agora não é mais, ou seja, perda de tempo comentar sobre o que ele pensa.

Ninguém tá preocupado com a crença em Deus, só não quer que religiões queiram governar colocando dogmas religiosos nas leis.

Discordo. O mundo e os homens não são possíveis sem Deus. Deus não faz a menor questão se creem Nele ou não. Daí o livre arbítrio. Nem todos serão salvos. Deus salva e ou cura quem Ele quer....

Não existe uma definição para o que ou quem seja Deus, cada um de nós é livre para interpretar da forma que quiser. Para o ateu por exemplo, que obviamente acredita em algo, Deus é o conjunto de leis físicas que regem o universo, as quais mesmo assim são matéria de controvérsias. Einstein, por ex duvidava da mecânica quântica porque violava leis até então conhecidas. E aí perguntamos: De onde vieram todas essas leis?

"Tudo que existe depende de algo para existir; aquele que não depende de nada é Deus", como diria Santo Agostinho. Pondé não compreende isso porque está preso ao antropocentrismo.

Pondé, o homem não vai entender Deus de forma racional. Deus não está na filosofia, nos livros, nas idéias, na humanização humana, nem na tentativa de humanização do próprio Deus. Também não está na religião por si só, nem no dito popular, nem nas crenças, dogmaticas ou não. Deus é uma experiência, uma opção, um ouvir e entender, um querer. Está aberto a todos que o querem, e até aos que não querem. O resto é filosofia.

No Brasil, notamos um fenômeno peculiar que é a expansão da fé religiosa de forma incontrolada, a cada dia em todos os lugares deste País surgem novos movimentos, campanhas, missões, eventos e novos ministérios, novas portas se abrindo para converter pessoas. Aliás, desde 2010, uma nova organização religiosa surge por hora, mas na visão do colunista os ateus são os responsáveis...

Se o humanismo ateu fracassou, o que dizer então do igrejismo? Um sucesso. Olha só o Brasil... Somos um pais majoritariamente cristão, com uma igreja a cada esquina, e cheio de problemas que padres e pastores nunca foram capazes de resolver. Aliás, a considerar o bolsonarismo, a religião é causa de mazelas. E outra... Com todo respeito a Dostoievski, de quem sou fã, mas se Deus existe, qualquer absurdo pode ser justificado...

A petralhada que me persegue (aliás não sei porque dão tanta audiência) nao gostam do Pondé. Claro, não esta alianhado inimigo é. Impressionante a volta que dão para lacrar e criticar. Cada dia mais divertido.

Dentro da doutrina do espiritista pouco importa a linha religiosa que a pessoa segue ou não. Mas antes como estamos estacionários ou sempre evoluindo apenas o que importa são os pensamentos, palavras e ações do ser. "pelos frutos o conhecerei" e "Nem todo aquele que diz a mim: "Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai" como já dizia o grande Mestre.

Acho triste a vida de filósofos. Não produzem nada de concreto, que os realize materialmente, nem mesmo um alfinete, em meio a milhões de palavras pensadas buscando influenciar aos que as ouvem, ou leem. Qualquer pequeno agricultor de tomate, ou de alface, tem muito mais valor para humanidade do que os improdutivos filósofos e as baboseiras deles. Não fazem falta.

De criatura os homens querem ser o dono. As religiões, criadas e dirigidas por homens trouxeram noções erradas e acabaram sendo postas de lado, mas isso não quer dizer que o homem seja mais de que um sapo diante da montanha. A ignorância e o afastamento da Luz chegou a tal ponto que precisou vir um para fazer a reconexão e explicar as leis universais da Criação, mas foi recebido com pedradas por aqueles que querem se interpor entre o Criador e as criaturas, ditos dispensáveis.

A mania de per-segui-ção é a sensação frequente que alguém tem de que está sendo perseguido, observado ou é vítima de uma intriga. No caso, Pondé imagina que há ateus que o perseguem, eles estão em todo canto. Mas a REALIDADE brasileira mostra grandes contingentes de católicos, protestantes, evangélicos, espíritas e de matriz africana. Algumas cidades brasileiras não têm delegacia nem bombeiros, mas tem uma igreja ou templo...

Embora o humanismo ateu esteja em crise, não se pode dizer que tenha fracassado. O estado laico, a Democracia liberal e os direitos humanos são legados do humanismo dos séculos XVIII e XIX. A tragédia do humanismo ateu foi a tentativa desastrada de algumas correntes (especialmente a positivista) de promovê-lo a religião e de dota-lo de respostas para questões metafísicas, o que nunca foi sua vocação.

Penso, mesmo não sendo Filósofo, que devemos sim separar nessas discussões esse Deus da Igreja que afirma que foi criada por ele, a Católica, ou seja, matar o Deus religioso do Deus criador, este, como afirma Escrituras antiguíssimas, bem antes dessa Bíblia que conhecemos, somos nós mesmos como a essência dessa Criação, como Criadores e Destruidores, como Deus e o Diabo no jargão popular. É só observar nosso comportamento nos Séculos passados e no atual.

Márcia , Deus q Deus ???

Precisa estudar como usar o porquê.

Pondé se equivoca mais uma vez, pois deus não precisa ser superado nem atrapalha aquele que entendeu que nenhum 'ismo' captura a humanidade inerente a todo sapiens. Aliás, ninguém nasce acreditando numa força ou ser hipotético que é fruto do medo humano do porvir. Daí haver a compulsória doutrinação religiosa dos inocentes e vulneráveis, que são condicionados a conversar com um ser imaginário por adultos que passaram pelo mesmo condicionamento desumano...

Beleza de artigo, apenas faltou espaço, creio, para uma análise mais extensa. Que Pondé retome o tema

Se foi no século 19 que surgiu esse humanismo ateu, então corresponde ao surgimento da pena privativa de liberdade como o modelo de punição para crimes. O humanismo ateu creio que seja uma aposta na humanidade, assim como apostamos que o condenado seja reabilitado pela privação de sua liberdade. Paradoxalmente, foram os quakers que estiveram à frente do movimento britânico contra o tráfico negreiro ao final do século 18 e logo depois contra a escravidão, contra condições degradantes.

Acho que a crença em Deus, (esse único da tradição judaico-cristã-islâmica), tem como sua maior força a descrença em miragens que a mente humana tende a acreditar (vide mandamento fundamental: não terás outros deuses além de mim). Assim, um efeito colateral do ateísmo é a proliferações de crenças diversas. Tanto as ligadas á cura individual como discutido no livro do Orsi e Pasternak, como à cura coletiva como no nacionalismo, racismo e comunismo.

Essa vocação ao niilismo foi também explicada por Nietzsche, que a viu inclusive no apego religioso, como uma fuga do mundo real. Aqui, Dostoiévski e Nietzsche se separam, com o primeiro se voltando a Deus e o segundo reafirmando a crença no homem superior, que ainda não existe. Quem há de criá-lo? Espero que não seja a Neurolink de Musk.

“A vocação do humanismo ateu ao niilismo”? Terrível. Tomara não.

Humanismo surge quando a escravidão cresce. Que humanismo foi esse? O do homem branco? Os demais não eram humanos?

A crença sempre existirá, seja no divino, seja numa sociedade humana na Terra sem desigualdades, ou qualquer outra coisa... Quando não houver mais crença, não haverá mais a humanidade...

Filosoficamente, muito bonitinho, apesar de não apresentar uma única gota de pensamento original, mas os seus eternos fãs devem achar o máximo. O problema é a real: que mundo a crença em Deus concretizado pelas igrejas criou para a esmagadora maioria da população? Além da crença que "sofro aqui, mas no além serei recompensado", para os não-filósofos a vida com Deus era um inferno. Se valesse a pena, o Iluminismo não teria aparecido.

Um texto que arrepia todos os sentidos da alma. Admirado e notável, um dos poucos colunistas desse folhetim que escreve com um academicismo impecável.

Concordo plenamente com Pondé. Dostoiévski desnudou, como nenhum outro, a tese da autossuficiência do humanismo materialista. E foi mais além: o homem não consegue lidar nem com o peso do livre-arbítrio, quanto mais substituir Deus.

Na minha visão, os textos deste autor não são textos prontos para serem, simplesmente, consumidos. São textos provocativos que estimulam, àqueles que se interessam pelo tema, a buscar outras fontes para poder tirar a própria conclusão. Conclusão esta que pode ser de concordância ou discordância da visão do autor, mas que, para concordar ou discordar, nos leva a pesquisar, refletir e fundamentar uma opinião própria sem achismo.

Pondé vive a pôr azeitona na empada alheia. Inventa um argumento fraco que teria sido dito por aqueles a quem pretende criticar, para facilitar a sua reflexão rasa, superficial. Esse cara é muito fraco...

Pondé vive a pôr azeitona na empada alheia. Inventa um argumento fraco que teria sido dito por aqueles a quem pretende criticar, para facilitar a sua reflexão rasa, superficial. Esse cara é muito fraco...

Deus na idade média. Ciência no iluminismo e na modernidade. Chegamos no século XXI com a impressão que nem Deus, nem a Ciência resolvem tudo.... O homem não tem solução, nem pra onde ir.... Ainda bem que morremos no final....

Não entendo de filosofia, mas na qualidade de ser humano comum creio que posso dar meu pitaco por aqui. Sinceramente, acho os ateus mais humanistas que os crentes, pois ao longo da história os seguidores de Cristo e Maomé sempre se mostraram repressores, impiedosos e furiosos contra os que pensam diferente. Já os ateus, livres dos grilhões da divina providência, veem o mundo de modo diverso, pois a ideia de o homem ser um mero acidente cósmico é o que nos une rumo ao desconhecido.

Atrapalha e muito. Acorda irritado e toma dilúvio, toma terremotos, inundações, tsunamis, genocídios, erupções vulcânicas, tempestades, tempetes, orages e tudo o mais de ruim. Com todo o seu poder Só não oferece, um ombro amigo.

Aula

Essa coluna foi uma verdadeira alma. Adorei

Esse humanismo deveria sentar no divã e tratar o narcisismo. Deus - talvez a maior e pior narrativa contada por nós.

Muito bom. Com a crise climática vê-se que tem algo maior que o homem deve respeitar, não apenas o seu umbigo sedento de sexo e petróleo, ou combustível de qualque forma que tenha por base a manipulação da ordem natural.

Mais uma do nosso Nietzsche de revista Avon!