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O Tim Ballard real apóia Trump e é mormon ; Mel Gibson é produtor; a distribuidora Angel lida com temas religiosos, as FARC são vilanizadas, um ianque virtuoso é o herói. O filme é mediano, mas para os crÃticos isso é o de menos. O filme não toca no tal de QAnnon, não exalta cristianismo nem tenta converter ninguem, não traz mensagem polÃtica. Mas o que importa não é o QUE se produziu, mas QUEM e como o fez e, mais que isso, quem são os apreciadores.
A articulista estava indo bem, mas escorregou no final. Valeu-se de uma falácia. Sim, porque a luta pelo tráfico sexual de crianças é uma coisa, cujo combate é meritório; no caso da Igreja Católica, trata-se não de tráfico sexual, mas de abuso sexual. Isso é um exemplo de ''ignoratio elenchi'', ou seja, em vez de tratar do objeto do assunto (combate ao tráfico sexual), a articulista invocou uma questão diversa para desqualificar o adversário, implicando-o numa situação condenável.
Nesse caso, estão esvaziando a estética há décadas, sendo que já produziram coisas muito piores (principalmente os ufanistas). Notaram somente agora? Que conveniente. Politizar não chega a ser um problema para a estética (há obras primas assim) trabalhos ruins, empastelados de narrativas, sim.
Os 'adoradores de pneus à espera do ET' eram enrustidos e só foram revelados pelo bozonazifascismo, tão imoral quanto medÃocre!
Todo dia aqui na folha tem alguem escrevendo sobre o filme querendo ligar ele à ideologia... Vcs estão fazendo mais marketing dele do que o brasil paralelo..rsrsr
Muito barulho para nada, é isso que eles querem: repercussão, e se for ruim, o marketing negativo ajuda. A direita nazifascista trabalham com apito de cachorro, principalmente nos Estados Unidos. No entanto, os nazistas brasileiros, não colam nessa pauta, tão mais preocupados em lacrar nas redes sociais com suas "mamadeiras de p1r0c45" de pânico moral. No geral, vale lembrar que o Nazismo também tinham suas produções artÃsticas.
Tá bem informado. Frequenta o clubinho?
O filme não vale o barulho. Agora, como é mesmo essa coisa de arte despolitizada? Ontem vi um documentário sobre Picasso e hoje pela manhã estive ouvindo o álbum Transa, de Caetano. Devem ser representantes do que a Doutora em semiótica chama de estética vazia.
Em vez de enaltecer a gravidade dos crimes cometidos que são mostrados no filme, perde-se tempo discutindo viés polÃtico da produção. A gravidade desses crimes tem que ser debatida todos os dias. São crianças subjugadas e estupradas que a sociedade tem que saber para se solidarizar com essa dor e contribuir para um trabalho gigante de combate a essas atrocidades. Assisti e filme e em vez de observar essas idiotices citadas, eu chorei com a dor desses inocentes.
O debate pode começar com as crianças violentadas dentro dos templos cristãos, que não são poucas.
Isso vale para os músicos que alteram a letra para fazer o èlen? Vale para atores que encenam a morte de opositores? vale para grafiteiros mas universidades que pedem voto para o elen? Vale para humoristas que são censurados por não fazerem o èlen na piadas? Queria entender a estética autorizada, afinal, só se fizer o èlen é que é um filme "neutro ou apolÃtico", né? Me poupem! Não sou evangélico e nem bolsonarista, mas me irrita muito essa cultura do cancelamento de tudo que não é do Elen.
Os que insistem nessa bobagem de choramingar como crianças - "faz o éle"! São, todos bolsonaristas.
Nelson Rodrigues, um reacionário de respeito, disse certa vez que "o que estrega a igreja é o padre e os fiéis". Talvez algo nesse sentido possa ser aplicada a essa grande obra prima da perda de tempo.
Assisti este filme após ler uma crÃtica da revista Fórum. E me surpreendi ao ouvir uma canção da minha Ãdola Mercedes Sosa na trilha sonora, cantora ligada à esquerda latinoamericana. O ator canastrão não chega a estragar o filme, o diretor é muito bom. Um tema tão importante como o tráfico humano não deveria servir para briga ideológica, nem por poder. Uma pena!
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