Joel Pinheiro da Fonseca > Exageros à parte, o famigerado 'identitarismo' tem problemas, sim Voltar
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Não adiabta fórcepes identitário imposto pela grande mÃdia (aà os identitários amam a Globo e a Folha). Quem vai à feira, aos subúrbios, ap futebol, ao samba, etc., sabe que os identitários deliram. Povo quer comida, emprego. Viva o Brasil mestiço.
Tadinho deste jornalista. É tão primário... quae primata
Essa coluna mostra o quanto o identitarismo é neoliberal. Para quem ainda acha que não, taÃ. Ele é ótimo para o Capital. Se não fosse, simplesmente não existiria.
Joel acertando; quem diria?
Nossa elite "embranquecida" está decepcionada ? Acreditam mesmo que séculos de chicote no lombo se resolveriam por mágica e sem desconforto pros "intelectuais" ?? Lamento.
Racistas, de qualquer cor, não passarão!
Batendo Palmas para seu texto, Joel. Obrigada
Gostava da esquerda que sonhava um paÃs com educação de qualidade para todos, com desenvolvimento industrial e tecnológico, saneamento básico e infraestrutura Todas estes temas essenciais para a construção de um paÃs decente estão ofuscados pelas pautas identitárias.
Recomendo ler a coluna do Celso Rocha de Barros sobre o assunto. No caso do Joel é irônico alguém que foi (e ainda reivindica ter sido) do MBL falar de mistura e reconciliação. A quem esse cara quer enganar?
Penso da mesma forma, João. Essa era a esquerda em que eu acreditava, a que daria oportunidade para todos a partir de um mesmo patamar. Acho que o caminho para se combater o racismo e o preconceito é o de que "a raça ou o gênero não têm importância", ou seja, não deve ser critério para concessão ou supressão de direitos. Ao se apostar na cisão, o ressentimento irá aflorar inevitavelmente.
Perfeito!
Se ninguém achou o último parágrafo do texto problemático, eu desisto. Trouxe-me à memória a "anistia ampla, geral e irrestrita" e nós sabemos no que isso deu.
"Reconciliar" da forma que foi feito por aqui foi o que permitiu a criação e o crescimento de narrativas que minimizaram o perÃodo ditatorial e mesmo o glorificaram. Assim, não dá pra propor essa reconciliação de, por exemplo, brancos e pretos, sem reconhecer as estruturas que colocam hoje um e outro grupo onde cada se encontra. Espero q vc entenda agora. No mais, descansa militante!
Adller, infeliz é sua pouca capacidade de conectar ideias, mas vamos lá. "Anistia ampla, geral e irestrita" foi a materialização desse ideal a que o articulista se refere, a reconciliação. E como foi feita a reconciliação pós-ditadura? Com uma borracha em cima de tudo o que os ditadores brasileiros fizeram, ao contrário, por exemplo, dos nossos vizinhos argentinos que julgaram os seus, permitindo que as gerações seguintes não portassem cartazes em pleno séculp XXI pedindo o retorno à ditadura.
Acho problemática a sua comparação. O que queres dizer ? Que uma parte considerável da população brasileira atual é juridicamente culpada de genocÃdio ou crime contra a humanidade e deveria ser julgada num tribunal real e instituÃdo como os torturadores brasileiros não foram? Queres dizer que você mesmo, seu namorado, sua vizinha ou sua grande amiga (um deles faz parte do grupo em tela) são como os lÃderes ou executores genocidas alemães, otomanos ou ruandeses? Sua comparação foi infeliz.
O que une Joel, Thiago Amparo e Celso Rocha? Lembrei de um irônico termo das antigas, que talvez mostre o quanto a ideologia predominante hoje está distante dos meus bons velhos tempos. Todos exibem orgulhosos seu bom mocismo. Todos perfilam com as pautas identitárias, depois fazerem reparos de detalhe (detalhes diferentes,pouco importa). Eu costumo apoiar a maioria dessas reivindicações, mas gosto de ver o militante como um ser humano comum que, se derem mole, muitas vezes, vai extrapolar.
Concordo com o articulista. Acrescente-se aà outras bandeiras superficiais como a guerra ao “sistema capitalista”. É preciso buscar as verdadeiras causas das desigualdades e, daÃ, conduzir as energias com foco e precisão na correção. As incoerências do identitarismo, como mostrou o articulista, funcionam como o excesso de remédio que se torna veneno. O extremismo impede o diálogo.
Sou de esquerda e frequento o meio acadêmico. Vou a festas onde há docentes, todos de esquerda como eu, muitas na militância partidária (PT, PCB, etc.). No final da festa, depois de algumas ou muitas cervejas, falam que a universidade é um lugar que se torna irrespirável, cheio de armadilhas. Um ou outro que escreve no jornal nega na lauda o que disse na festa na noite anterior, e escreve que não há nenhum problema com o identitarismo. Dizer que há problemas, não é condenar lutas legÃtimas.
Teste. Hipocrisia não pode, né bot?
Pois é... no meu tempo de estudante a hipocrisia formal era bem menor.
Concordo.
A luta é de classes. Sem destruir a burguesia o sistema não muda.
Reduzir a polÃtica à luta de classes não é apenas empobrecedor, impede um diálogo informado e a construção de alternativas.
Não é a burguesia que tem que acabar, mas a permisividade do Estado.
Século XIX, é você???
Por acaso, homens brancos estão politicamente dormindo?
Claro, estou falando do âmbito da legalidade. Há movimentos de reivindicação branca, mas são na prática ou em tese punÃveis pela lei.
Pode-se falar de forças estruturais na população ou estratégias veladas ou não tão veladas em certa extrema direita. Isso dito, não há, felizmente, « movimentos brancos » que se reivindicam como tais. Aliás, seriam corretamente fechados por decisão judicial. Claro, entendo o que você quis dizer e entendo o que o articulista quis dizer. Resta a você entender o que ele quis dizer: não há reivindicação teórica de branquitude. Há de ocidentalismo radical em franjas da extrema direita.
Aqui no Brasil há o identitarismo evangélico e importamos pelo Bolsonarismo o identitarismo branco da linha trumpista dos EUA. Uma Elite branca completamente racista e principalmente xenófoba que expele ódio em todas suas ações ou, quando muito, são completamente indiferentes quanto as pautas inclusionistas. o identitarismo mostra-se uma faca de 2gumes, pois pode gerar reações em contrário.
Bagunçar o assunto tudo trata de identidades foi a forma malandra que Thiago Amparo usou para desqualificar o debate.
Um erro não conserta o outro.
Corajoso. Parabéns.
Como dizia Mahatma Gandhi... "só podemos vencer o adversário com o AMOR, nunca com o ódio!!!
Mas, não se apresse; essa questão não é única dos movimentos identitários, ou de grupos sociais. O mesmo ocorre no sentimento nacionalista e anti-europeu, desde pretos até caucasianos de olhos claros. O revanchismo e o ressentimento são culturais e históricos no Brasil, e isso tem efeitos em tudo, na noção de justiça e até na segurança pública.
A posição do colunista é quase um pedido para que os oprimidos peçam desculpas pela opressão e caminhem lado a lado em busca do tal "bem comum". Desconsidera que a ordem estabelecida é a da moral branca e colonial. Só um homem branco poderia escrever um texto desse na Folha.
Tava demorando!
O senhor é um racista.
Você só exemplifica o mesmo ponto que o colunista destaca. Tudo bem os identitários acreditarem que a eles tudo é facultado e tudo é lÃcito: os fins justificam os meios. Mas olha que interessante, não tem debate quase nunca, ou nunca mesmo. Que se continue então bradando ao vento o que se bem entender, sem contraditório, sem ponderação. A pauta retrógrada está adorando fazer o mesmo. Vou fazer uma pipoca pra assistir de camarote o toma lá dá cá nos levar a lugar algum.
Já falava Spinoza que toda determinação é também uma negação. A identidade de raça ou gênero é imposta de fora para dentro dos grupos discriminados. Há 2 reações possÃveis: recusar o gueto e tentar se integrar, como conseguiram com sucesso os judeus nas Américas por exemplo, ou transformar o gueto numa espécie de nação, como fizeram os judeus dos guetos europeus ao criar Israel. Nesse último caso, há sempre o risco dos oprimidos virarem opressores.
ótimo texto!!!
Ótimo e necessário texto.
Ou seja, vamos (nós minorias) pedir com educação e argumentar com carinho as benesses da igualdade que os opressores vão aderir. Quase um discurso de abertura do criança esperança ou de alguma apresentação escolar infanto-juvenil. Não existe igualdade em uma sociedade de classes e sabemos disso mesmo que indiretamente, daà as reivindicações serem violentas e buscarem outra coisa.
Excelente ponto! Esclareça por favor, qual a reivindicação por trás do episódio do Ministério da Igualdade Racial. Qual o propósito da manifestação?
Submarxismo, presente!
Ativismo é igual capitalismo selvagem.
Esse tratamento como qualquer reinvidicação não é adequado. Na prática é questão de vida e morte mesmo, num perfil usado para identificar suspeitos, que define promoções, entre outros. Esse artigo aqui, igual ao vÃdeo do Pedro Dória, colunas da Mariliz fazem questão de pegar a exceção (lógico que vai ter, afinal é uma questão de sobrevivência) e projetar como um problema sistêmico. E sempre a mesma estrutura: "defendo conquistas, mas, olha, aquele caso ali demonstra que vcs tem problemas gerais"
Não se pode falar em "exceções" quando as exceções são numerosas. Passam a constituir uma regra. Os movimentos identitários gostariam de ser imaculados e ilibados, mas o fato é que a justiça das reivindicações não garante o acerto do modo de agir. Acho que há muito ressentimento em jogo e isso é compreensÃvel, mas é também necessário compreender que tudo o que está no espaço público é passÃvel de crÃtica. E a crÃtica básica é: ninguém é mau a priori. E, em princÃpio, todo mundo merece respeito.
Eu acho que o 1º problema é nós, brancos, não nos reconhecermos num grupo social. Porque, primeiramente, fomos nos quem racializamos os outros. É preciso encarar e entender o que a branquitude significa para outros grupos, para depois mudar e ressugnificar isso. Ah, é claro que gostarÃamos de nos unir todos numa grande luta de classes, mas vamos ter que resolver nossas pendências primeiro para andarmos juntos de novo.
Leonardo, sua proposta de "primeiro vamos resolver os problemas de raça, gênero etc. para depois partirmos para a luta de classes" condena esta luta ao adiamento eterno. Péssima idéia...
Luta de classes só em Nárnia...
Texto de bom senso, mostra que na Folha há adultos na sala.
Excelente texto, Joel.
Uma lição de engenharia - uma estrutura se mantém em pé por colaboração entre suas partes. Alguém que reforma um edifÃcio eliminando vigas ou pilares dele vai ver é a laje cair em sua cabeça.
Ótimo texto! A causa é obviamente justa e urgente, mas a estratégia é, em vários casos, de gente ressentida e violenta, algo que nunca nos levou à justiça. O sonho do oprimido é ser opressor. Essa frase vale pra muito desses identitários, mais moralistas do que pessoas engajadas. Sorte que logo serão apenas um tópico dos livros de história como mais uma ideologia totalitária...
Estar no mundo como nós x eles envenena a alma de muita gente e objetivamente, alimenta rancores inconfessos e em nada contribui para construir pontes. Racismo e qualquer outra discriminação é desumana e abominável porém etiquetar previamente as pessoas como boas ou más à causa identitária em razão da sua pele, classe, origem, crença e por aà vai, repete o mesmo sintoma dessa anomia. Pior, não está funcionando como deveria e virou um assunto detestável.
Tem problemas: pensamentos iguais ao seu.
Democracias e democracias. A luta pelo semântico é enorme; uma questão de mentalidade.
Comentário muito democrático. Parabéns...
O certo é que os movimentos identitários passaram dos limites há muito. A sede de justiça virou sede de justiçamento, o cancelamento correu solto e o poder de acusar por acusar subiu às cabeças. É claro que a reação viria.
A convivência com o diferente, inquestionavelmente normaliza. Mas, onde existe mistura realmente no Brasil? Nos cantões miseráveis. Branco e preto vivem juntos e são amigos e amantes. O problema é quando eles querem sair de lá para as ilhas de prosperidade. O joel pensa que o oprimido deveria ficar calado qdo sofre humilhação racista. Que deveriam ter a bondade de jesus cristo elevado a décima potencia e não sentir ódio do opressor; isso todo dia, toda hora, em todo lugar.
Sua leitura está absolutamente equivocada. Cheira a ressentimento.
Iguala o racismo estrutural a destemperos episódicos do humilhado, e ressuscita vexatório argumento que não passa de ignorância conceitual ou desonestidade intelectual deliberada que ambicioso usou sem constrangimentos para sair da sua insignificância. Infame.
Thiago Amparo em sua última coluna apresenta reivindicar e agradecer como as alternativas, angustiantes, que teria e aà está o cerne da confusão. Existe alternativa a agradecer, respeitar. O que se espera é respeito àqueles que apoiam a causa, mesmo não sendo identificáveis como interessados. Agradecido deve estar até hoje o Ministro indicado por Bush por tê-lo colocado nesta posição de poder vitaliciamente, apesar de não se dar ao respeito, nem a si, nem ao seu grupo, nem aos outros todos.
Aqueles que apoiam uma causa sem ser interessados nela, provavelmente o fazem por respeito àquela causa e deveriam receber o mesmo tratamento em contrapartida.
“O discurso maniqueÃsta, mesmo que não encontrasse oposição, não conduziria à justiça real.” Pelo visto, finalmente estão despertando (ainda falta muito). Sem aplicar princÃpios universais, construÃdos com milênios de durÃssimo aprendizado, ficaremos reduzidos à auto-indulgência burguesa e suas mazelas, como o autoritarismo travestido de boa ação do inferno nazista e seu irmão gêmeo, o marxismo (et caterva). Poder corrompe, a natureza humana não muda em função da boa causa. Deu no que deu.
Boa, Joel - e romântica, não se pode furtar de dizê-lo. Sempre haverá ranço, é o velho "quem dá a bordoada, esquece; quem leva, não". Acho interessante lutar por "reconciliação", mas não estranho a luta raivosa, porque não poucos levaram a vida toda sem ky, bem como antepassados, e não é linear pedir-lhes calma e cordialidade. Mas esse seu olhar é melhor do que o do Risério ou do Magnoli, porque não desqualifica o outro. Esses daÃ, tão filosóficos e altaneiros, só jogaram lenha na fogueira.
Um exemplo nessa matéria é Nelson Mandela. Visão histórica não é transformá-la em estória, mas sim agir no aqui e agora com vistas a uma transformação que implica numa evolução de maturidade. Isso significa em aceitar o destino como ele é e assumir-se como um elemento de tensão positiva. Eu vi mulheres a reclamarem da ação simbólica das rosas no Dia das Mulheres. O humano é um ser simbólico e agir assim é dar murro em ponta de faca e tumultuar algo que é um processo.
Eu vi mulheres reclamando do dia das mães. Para elas ser mulher é se empoderar quando ser mãe é ser submissa e piegas
Joel pode ler os comentários aqui pra ver quem é que ele anima recuperando picuinhas como o racismo antibranco.. Fazer ressalvas no começo pra depous voltar com a nmesma lenga-lenga não adianta. Que ral escrever "exageros a oarte, o MBL e a lava-jato tem problemas sim"
Comentário realmente engraçadinho.
Hahahahah, dedo no'zóio!
Pra quem vem aqui criticar quando você viaja na argumentação, eu preciso também vir dizer quando você acerta. E não preciso dizer pra tomar cuidado pra falar desse tema, alguns diriam que você não tem lugar de fala.
Pisando em ovos atômicos...
Foi a mesma impressão que eu tive. Mas o que ele traz é óbvio e eu um leigo já digo isso há meia década. Toda ação tem uma reação de igual força e sentido contrário, uma lei fÃsica que se aplica socialmente de forma impecável. E hoje vemos pelo mundo expressões dessa reação vindas do grupo dito "opressor".
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Nesta seara, toda tentativa de humor deve ser não apenas irônica mas também e sobretudo sutil...!
Hanna Harendt disse no livro as origens do totalitarismo: “A raça (na época era do nazismo que falava, hoje eu diria “as identidades”) é o fim da humanidade”. Gênio foi Luther King: “nossos irmãos brancos doentes”. Ele criticava a doença, não o que une a todos nós, sermos todos humanos, com história, dores, sucessos, fracassos, morte. Ótimo texto
Perfeito mas não duvidaria, que não obstante a sua trajetória, alguém se levantasse para dizer que Arendt não teria lugar de fala no debate.
Falou bem, garoto! Mas vai tomar paulada dos ativistas. O redbanho vai mugir
Os filósofos do humanismo também levavam portadas. Precisamos de pessoas com essa coragem
Sei não, Florentino, a coisa está bem reflexiva - evidentemente, só o percurso do dia dirá onde chegaremos. Pode ser que pulemos do abismo da Terra Prana.
Vai apanhar muito
Com certeza, Florentino...
O identitarismo vai contra os principios fundamentais da esquerda.
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Joel Pinheiro da Fonseca > Exageros à parte, o famigerado 'identitarismo' tem problemas, sim Voltar
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