Hélio Schwartsman > Uma má ideia Voltar
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Concordo 100%, entretanto a estrutura seria uma barreira se o resultado do plebiscito ser contra o entendimento do tribunal. Ou seja, seria derrubado por violar, em tese, a CF.
O argumento que uma mulher que não abortou teve filho feliz e saudável e valoroso para sociedade faz tanto sentido quanto o daquela que não abortou e pariu um criminoso ou ditador: não se está discutindo casos particulares mas um princÃpio de direito - a quem cabe decidir se uma mulher pode ou não abortar?
Quanto ao fato de eu ressaltar que as minhas filhas nasceram saudáveis, faz todo o sentido. Isto porque recém-nascidos com rubéola congênita nascem com mal-formações como cabeça pequena, lesão da retina, perda de audição, defeitos cardÃacos e déficit cognitivo, dentre muitos outros. Faz todo o sentido, eis que a formação em medicina é o teste máximo de que minhas filhas não abortadas atingiram o ápice da capacidade cognitiva. De modo nenhum me referi ao aspecto moral delas.
Abortamento não é homicÃdio do ponto de vista técnico-jurÃdico, mas, no aspecto biológico, se trata de uma vida. Tanto isto é verdadeiro que o tipo penal que pune o aborto no Código Penal Brasileiro está no capÃtulo dos Crimes contra a Vida (art. 121, homicÃdio, e art. 124, aborto). O art. 2º do Código Civil resguarda os direitos do nascituro desde a concepção. Sobre embriões congelados, a Resolução 2.320/2022, do Conselho Federal de Medicina, proibiu o descarte.
Cabe ao casal. Agora se a mulher engravidou a partir de um sexo casual, ela deveria, no mÃnimo, ter se precavido exigindo camisinha do parceiro ou ter tomado anticoncepcional ou usar DIU. Existem muitos outros métodos de prevenção. Agora buscar o mais difÃcil e mais perigoso é, no mÃnimo, irracional. Em tudo há ônus e bônus: não existe almoço grátis. O contrário é querer o melhor dos dois mundos.
Curioso que, até onde eu saiba, nenhum paÃs que pune o aborto o equivale de fato ao homicÃdio. Talvez em alguma república talibã da vida isso seja verdade, mas tá longe de ser um bom exemplo. Sem falar no caso hipotético de entre salvar a vida de uma única pessoa versus dúzias de embriões congelados, creio que ninguém opte pela segunda alternativa...
E claramente aqui a divergência se dá entre pontos de vistas divergentes: os contrários ao aborto, mesmo nas primeiras semanas de gestação, partem do princÃpio de que o zigoto já é um ser humano com pleno direito a vida. Na visão deles, aborto seria uma forma de homicÃdio
Benassi, sobre a minha visão simples das coisas, lembro da "navalha de Ockham". Nos próprios manuais de instrução de quaisquer aparelhos, na solução de eventuais problemas e defeitos, apontam-se, inicialmente, as soluções mais simples, tais como verificar se o cabo de força está ligado etc. Um dos conceitos em filosofia polÃtica ou ciências polÃticas que mais me parece elegante é o de "cognição polÃtica". "Elegância" em filosofia (continua)
Pois é, melhor deixar a consulta popular para os casos apropriados. Todos vimos no que deu o Brexit, e olhe que nem se compara ao aborto.
Ééé, meu caro, melhor mêmo: lá, conseguiram tirar um paÃs da comunidade européia; aqui, se calhar, admitem aborto - mas sem anestesia nem antibióticos...
Irretocável.
Concordo plenamente. Direitos básicos não podem ser submetidos a crivo de maiorias.
Perfeito. O plebiscito é um dispositivo democrático mas extremamente arcaico. a população decide por algo hoje, amanhã quer outra coisa e depois de amanhã uma terceira coisa. muda muito rápido suas opiniões e paradigmas
Ricardo, o plebiscito é usado nas principais democracias liberais do mundo e nenhuma delas está propondo eliminar esse importante mecanismo de consulta e participação da sociedade. Quanto à questão do aborto, desconfio que a opinião pública brasileira não muda com a frequência que o seu comentário sugere.
O Helhinho, como o chamamos aqui em casa, está corretÃssimo!
Há um sofisma enorme na coluna. As opções não se limitam as duas apresentadas, STF e plebiscito, há uma terceira que é a institucionalmente mais correta: o poder legislativo. O STF já vem ultrapasando há tempos e com cada vez mais frequencia a a linha que o separa do legislativo
Na verdade, o STF só "ultrapassa" (o que está previsto na CF) quando o Legislativo se omite, e com a agravante de que tem obrigação de julgar os casos que lá chegam (não pode se negar a decidir). Se antes o Legislativo tivesse criado e aprovado leis regulando essas coisas, nada disso estaria sendo julgado pelo tribunal. E o Legislativo pode criar leis mesmo depois das decisões do STF.
Caro Pedro o atual legislativo é que está propondo anistia a uma série de coisas mal feitas, por exemplo, descumprimento do repasse das verbas às cotas para as mulheres, etc.
Apoiado.
Também acho o plebiscito sobre aborto (acho que consulta pública é outra coisa) uma má ideia se o STF decidir que essa matéria é constitucional. Uma decisão mantendo a criminalização do aborto poderia ser derrubada se a tese da Rosa Weber for majoritária no plenário. Já uma decisão pela descriminalização poderia ser derrubada por um (hipotético) plenário sensÃvel à tese de que o artigo 5 declara a vida um direito inviolável.
Caro Hélio, acho que você está confundindo consultas públicas com plebiscitos. As primeiras podem levar ao Judiciário uma visão interdisciplinar de temas que contêm elementos que vão além do debate jurÃdico.
Leandro, já radicalizou. Ninguém tira de outros o direito de opinião e de defesa das causas que considera de interesse comum. Você se considera com direito de defender animais ameaçados e deve ser contrário ao comércio de peles naturais. Deve ficar irritado quando cortam um pé de madeira nobre. É contra o uso de drones na eliminação de acusados de terrorismo. Mas não me dá o direito de defender um feto que poderia crescer e ser feliz. Contraditório, você.
Concordo que um plebiscito no caso do aborto, pode causar mais injustiça do justiça! Como disse um sábio brasileiro, a unanimidade é burra. No entanto se for para legalizar o aborto, por que também não legaliza a eu--ta--ná--sia? Há uma coisa que juÃzes nem parlamentares pode legalizar ou proibir! (o sui--cÃ--dio ) ... E do jeito que as coisas estão indo no mundo, a vida está fazendo pouco sentido!
Compartilho da sua percepção, caro Hélio, e expressei-a em comentário ao artigo do seu Geovane: como substrato à discussão, vá lá; como ferramenta decisória, dá não. A vox populi pede, muito facilmente, por coisas que beiram o - até mesmo entram com vontade no - bizarro. Um teor mais denso de reflexividade é necessário, bem como de consideração constitucional. E, evidente, é relevante que separemos quaisquer discussões sobre o papel do STF daqueles blás Bozo-direitóides de hiperatividade judiciá
"Simplex sigillum veri" (a simplicidade é o selo da verdade). Adágio romano; "A simplicidade é o último grau de sofisticação." Leonardo da Vinci.
Inicialmente, Benassi, tenho a dizer que você, efetivamente, não tirou a validade dos meus argumentos. Sua crÃtica cingiu-se apenas a lançar adjetivos e congêneres sobre o meu texto. Adjetivo vs. substantivo. A substância, cerne, continua inabalável. Isso é argumento ad hominem. Minha fundamentação restou incólume. Ato contÃnuo, passo ao âmago da questão (continua)
(ou epistemologia, para os que estão mais habituados com o repertório filosófico) significa (de forma grosseira, mas correta), segundo Ockham, "dizer muito sobre a realidade do mundo, de modo preciso e da forma mais curta possÃvel". Quanto mais uma teoria ou conceito é simples na expressão e amplo na compreensão dos fenômenos, mais elegante ele é. A Natureza sempre utiliza os meios e os métodos mais simples para atingir seus fins. Ex.: o rio sempre busca o caminho mais fácil para chegar ao mar..
Marcos, só agora vi seu escrito abaixo. Nesta quarta-feira, tive uma tarde bem corrida e à noite fui ao cinema assistir "Som da Liberdade". O filme me pareceu no mÃnimo interessante, recomendo. Sobre o STF, realmente discordamos. É nÃtido o fato de a maioria dos membros da corte agir, hoje, com o intuito de usurpar funções dos outros Poderes ou de outras instituições. E isso é, de modo claro, observável nos casos do aborto e da maconha ou em aberrações jurÃdicas como o inquérito das fake news.
Discordamos, de fato, João: a "hiperatividade jurÃdica do STF" é dos principais blás *Bozo-direitóides*. Evidente, pode ser discutido o tema, pode-se buscar equilÃbrio mesmo em situações de grave disfunção legislabóstica, como a atual. Mas é argumento tÃpico do grupo mencionado, embora haja quem, sem a ele endossar, dele compartilhe. Eu, dou Graças a Zeus, não fôra o STF estarÃamos em maus e sujos lençóis.
Poderes mal digitados na minha resposta mais abaixo ao comentário que Marcos Benassi postou acima , só para ficar claro. Esses errinhos de digitação são um problema. É uma pena o jornal não disponibilizar um meio que nos permita fazer a correção deles diretamente no texto.
enviei novamente a resposta devido ao fato de os Poderes estarem mal digitados na mensagem mais abaixo
Não é nenhum blá direitóide, a maioria dos atuais ministros do STF está a valer usurpando atribuições dos outros Poderes. Sobre o abortamento, o Legislativo é o Poder claramente legÃtimo para deliberar sobre tal assunto. Mas a vaidade da ministra Rosa Weber prevaleceu e acabou expondo o fato de a gaúcha ser bem limitada. Ela só reproduziu velhos chavões abortistas no seu voto e, assim, agradou criaturas inimigas da vida. Talvez seja mesmo interessante fazer um plebiscito.
Não é nenhum blá direitóide, a maioria dos atuais ministros do STF está a valer usurpando atribuições de outros poderes. Sobre o abortamento, o Legislativo é o Pode claramente legÃtimo para deliberar sobre tal assunto. Mas a vaidade da ministra Rosa Weber prevaleceu e acabou expondo o fato de a gaúcha ser bem limitada. Ela só reproduziu velhos chavões abortistas no seu voto e, assim, agradou criaturas inimigas da vida. Talvez seja mesmo interessante fazer um plebiscito.
A mulher que faz aborto é, obviamente, uma filicida. O STF não agiu certo quando pautou a ação na qual o PSOL pleiteia a descriminalização de tal ato até 12 semanas de gravidez. O Legislativo é, de forma clara, o Poder legÃtimo para deliberar sobre a questão. Submetê-la a plebiscito pode ser bom se ambos os lados tiverem liberdade para expor suas teses. Há pertinência em ideias como a de que a liberação levaria meninas sem boa formação à promiscuidade, à s DSTs e à contÃnua feitura de desmanchos.
Criaturas inimigas da vida é um velho chavão da direita. Dizer que liberar levaria "meninas sem boa formação à promiscuidade" é outro chavão da direita e que carrega uma boa dose de preconceito. Afirmo que as meninas de boa formação fazem a fortuna de clÃnicas de aborto clandestinas, com ou sem liberação.
Marcos, o que os defensores do aborto realmente querem é, sim, transformá-lo em um procedimento corriqueiro, feito com total tranquilidade. De qualquer modo, no comentário acima eu me referi a uma colocação apresentada no artigo do professor Geovane Ferreira Gomes replicado pelo Hélio Schwartsman no texto "Uma má ideia". No escrito de Gomes são mencionados argumentos prós e contra o desmancho, pois o real interesse do autor é propugnar a favor de um plebiscito sobre o tema.
João, prezado, encontro é grande impertinência ao ouvir que "a liberação levaria meninas sem boa formação à promiscuidade, à s DSTs e à contÃnua feitura de desmanchos" (seja lá o que forem estes últimos). Isso carrega a suposição de que o aborto é algo que a mulher realiza com tranquilidade, que não agride seu corpo e de que, "sem boa formação" (idem, o que quer que signifique), será usado em lugar de preservativos e outros métodos contraceptivos. Isso é um racioSÃmio bem tosco, prezado, reflita.
Curioso é que os defensores do lema meu corpo, minhas regras são, em sua maioria, esquerdistas, partidários do marxismo-leninismo, regime sob o qual se anula a privacidade e os direitos individuais: tudo pelo e no interesse do proletariado. Numa mesma casa, os filhos vigiam os pais e vice-versa. Quem não for fiel ao partido será dedurado à Nomenklatura por seus familiares. Isso na URSS.A China foi ao extremo no planejamento familiar e na limitação do número de filhos sob a mão de ferro de Mao.
O problema, Benassi, é que você, efetivamente, não tirou a validade dos meus argumentos. Vc cingiu-se apenas a lançar adjetivos e congêneres sobre o texto. Adjetivo vs. substantivo. A substância, cerne, continua inabalável. Isso é argumento ad hominem. Minha fundamentação restou incólume.
Dupla dinâmica de colegas leitores, essa foi uma linda mostra de como supersimplificar a realidade e, de quebra, fazê-lo com base em estereótipos com alto teor de lugar-comum. Excelente contra-exemplo de uma discussão iluminadora, pelo qual agradeço. E está bem escrito, o que não é desprezÃvel.
Muito pertinente a observação do leitor Joel Domingos sobre os defensores do lema "meu corpo, minhas regras" serem, no geral, esquerdistas entusiastas de regimes tirânicos nos quais há bastante desrespeito aos direitos individuais.
A ultra direita tem a única função de se colocar entre a sociedade e o progresso. Só existe por cumprir essa função, ainda que não atinja, ainda bem, seus perversos objetivos. Ao fim, apesar de tanta maldade desse pessoal que acha natural uma criança ser obrigada a dar à luz, a legalidade prevalece. E vai prevalecer.
Caro Sansão, se houve o concurso do macho para gerar, por que desprezá-lo nas etapas posteriores? (Estamos falando de seres humanos normais e responsáveis. Crápulas, existem em ambos os sexos). Já preconizava Aristóteles: "O homem é um animal social." Muita coisa nossa refoge à esfera do foro Ãntimo transbordando para o interesse coletivo. Aliás, é princÃpio da Administração Pública de que o interesse coletivo prepondera sobre o interesse particular. Isso é Estado Democrático de Direito.
Fico impressionado negativamente com a visão curta deste jornalista. Dar a juÃzes a capacidade de fazer leis!!! Até o PT já anda assustado com isto.
Estude um pouquinho mais, Rogério!
Cultura machista é isso aÃ. Não se fala em planejamento familiar, vasectomia, preservativo, nem pÃlula do homem. Tudo descamba por cima do corpo da mulher: o anticoncepcional vosso de cada dia, a laqueadura tubária, a histerectomia, o DIU e o dia da cirurgia do aborto.
Quem fala da eficácia dos anticoncepcionais nunca passou pela situação de uma gravidez indesejada mesmo usando os métodos de contracepção informados. Parabéns pela empatia. A mulher é a única responsável pelo seu corpo, até pq a maioria dos parceiros abandona filhos com a facilidade de quem troca de camisa.
O simples fato de a mulher carregar o bebê em seu útero por 9 meses não a torna mais responsável ou signifique que o seu trabalho é maior do que o do parceiro. Toda pessoa de bom senso há de reconhecer que é impossÃvel dividir meio a meio a criança, metade em cada barriga. A divisão do trabalho é um instituto de cooperação social. A história testemunha isso: o caçador-coletor que provê a subsistência da gestante e do petiz que ela carrega no ventre. Isso é o patamar civilizatório.
Tens toda razão, Ivone. Essa decisão deve ser, unicamente, da mulher. Afinal, seria ela quem carregaria, por nove meses, um possÃvel filho indesejado. Independente da frase, com algum deslize, pois eu a entendi ("... a maioria dos parceiros abandona filhos com a facilidade de quem troca de camisa."). Entendi que, quando ocorre o abandono, isso ocorre, mesmo, como uma troca de camisa... Aliás, se os homens engravidassem, o aborto seria um sacramento!
Qual é a fonte dessa sua análise estatÃstica onde a maioria dos parceiros abandona os filhos?
Ivone, nada no mundo é 100% eficaz. Nenhum medicamento ou droga farmacológica, absolutamente nenhum, é 100% eficaz. De modo idêntico, nenhum preservativo (camisinha) é 100% seguro. Só a Lei da FÃsica que estabelece o ponto de ebulição da água a 100 graus ao nÃvel do mar é que nunca falha. A vida contém riscos: impossÃvel fugir de todos. O mundo perfeito não é aqui.
Ivone, a sua afirmação de que "o homem contribui com Ãnfima quantidade de material", a mim me parece distante dos compêndios de biologia. Cada célula do nosso corpo reproduz todo o material genético do zigoto. São 46 cromossomos, onde cada um dos parceiros fornece, equitativamente, 23 cromossomos.
O abortamento praticado por sua mãe não foi final feliz para todo mundo, Ivone. E o ser humano que foi abortado? Definitivamente, foi infeliz para ele (ou ela). Vidas não devem ser ejetadas e descartadas como monturo aos caprichos de uma gestante.
Cara Ivone, o que você entende por Ãnfima quantidade de material, quando se refere à contribuição do homem no óvulo fecundado? Até onde eu sei, o material genético é formado meio a meio de cada um: todo ser humano possui 23 pares de cromossomos em cada célula, ou o total de 46, distribuÃdos equitativamente em 23 por cada parceiro. Como é que fica?
Houve época em que não havia meios disponÃveis para evitar uma gestação indesejada, e ali, poderÃamos discutir a validade do aborto. Mas hoje, com os incontáveis e variados métodos de prevenção, desde preservativos até os implantes de pele, passando por injeções trimestrais e DIUS, todos de distribuição gratuita, me parece arcaico aprovarmos um método tão invasivo, caro, antiquado e cheio de riscos para solucionar um problema que ocorre por puro descuido. E sem falar na possibilidade de doação.
Marcos Benassi, eu usei a palavra descuido para não ser grosseiro, mas você pode me lembrar de outras possibilidades de fecundação, além, é claro, da violência, que não tenham sido causadas por negligência? Tente, por favor.
Não deveria ser necessário ressaltar, Caubi, que "descuido" é apenas um de muitos motivos pra uma gravidez indesejada. Puro ou impuro, não pode ser aplicado à testa de todas as grávidas que não desejam parir uma criança.
Nada disso tira o direito da mulher sobre o próprio corpo. Não é difÃcil entender. Não cabe a mais ninguém decidir se e quando alguém terá ou não filhos. Só a pessoa que carrega decide. Ponto. Nem sei porque vcs ficam tergiversando a respeito do corpo alheio. Tomem conta das suas vidas. Faz aborto quem quer e não faz quem não quer. Decisão de foro Ãntimo não tem que ser debatida por terceiros.
A alegação de que a descriminalização do aborto vai acabar com os abortos clandestinos é uma falácia. Já é legal o abortamento em casos de estupro, risco de vida e anencefalia. Isso só vai fomentar uma indústria de clÃnicas abortistas, à s quais só terão acesso as patricinhas, as intelectuais progressistas e todas as bacanas com muita grana. Todas as pobres continuarão à mercê do SUS. "Nada de novo debaixo do Sol." Espiritualmente, o aborto provocado é um sacrifÃcio a Moloque.
Benassi, para que essa luta seja efetiva não se faz necessário editar nova lei: é suficiente a vontade polÃtica para fazer cumprir os casos de abortamento legais já existentes. Conheci um grande prócer da Administração Pública que dizia que não existe o impossÃvel: basta vontade polÃtica. Leis já existem até demais.
A luta, prezado Joel, é para que o SUS ofereça o abortamento em *todos* os casos legais, sem enrolação, sem protelar, sem tratar a mulher como criminosa, promÃscua ou leviana. Isso sim é uma meta democrática, não a descriminalização que beneficie a prática particular e elitista.
Só é boa qdo favorece a esquerda? Ora ora!
É boa quando favorece a vida, a legalidade, a Constituição Federal e, principalmente, quando não tem sua opinião sobre o que não lhe cabe. Ou vc está grávido?
Legalização urgente e irrestrita do aborto e das drogas imediatamente.
Paulo, eu conheço o mundo, não apenas o Canadá, mas fique tranquilo, o Mito vai voltar com Malafaia e Jesus Cristo.
Sugiro uma viagem ao Canadá ao senhor. Lá está o laboratório dessas experiências, dê uma voltinha lá.
O corpo de uma mulher a ela pertence. De uma mulher. A criança tem o seu próprio corpo, não pertence à futura mãe. Não pode ser utilizado como método anticoncepcional. Assassinar uma criança é tão cruel como assassinar a própria mãe, ou qualquer outra pessoa.
O embrião pertence ao corpo da mulher que o está gerando. É ela quem passará por todo o processo do antes de nascer e o depois (Se for o caso). O homem contribui com Ãnfima quantidade de material portanto a responsabilidade e o direito sobre esse processo é exclusivamente DELA. Sugiro que não faça aborto quando engravidar.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
N a segunda gravidez de minha esposa, de gêmeas, a ginecologista recomendou o aborto, pois minha esposa estava com rubéola, o que causaria óbito dos fetos ainda no útero. Não seguimos seu conselho e temos agora duas lindas médicas anestesistas. Seus referenciais não são os melhores. É como o copo meio cheio e meio vazio. Cada um só vê fora o reflexo da sua felicidade ou infelicidade interior. Se eu fosse pelo conselho dos espÃritos de porco de plantão... Sempre os há, em todas as épocas.
Não foi final feliz para todo mundo, Ivone. E o que foi abortado? Definitivamente, foi infeliz para ele (ou ela). Vidas não devem ser ejetadas e descartadas aos caprichos de uma gestante.
Minha mãe passou pela mesma situação e optou por abortar. Dois anos depois engravidou por escolha e teve o filho. Final feliz para todo mundo.
Se Hélio aprecio muito suas colunas. O assunto aborto sempre surge oportuniscamente, quando se tem campanhas eleitorais. Não existe discussão seria do assunto. Vivemos num paÃs hipócrita. Na Itália, pais eminentemente católico, o aborto já foi regulamentado. O corpo de uma mulher deve ser assunto dela, não para homens hipócritas posarem de defensores da moral. Aborto deveria ser assunto de saúde, não deve ser discussão criminal. O STF se manifesta, na falta de uma discussão ser feita no Congress
Exatamente, o Vaticano é na Itália, pra quem não sabe o aborto é legal no paÃs desde o final da década de 70.
A ciência já determinou a morte (morte cerebral). No entanto, o mesmo critério de formação do sistema nervoso não foi aplicado ao inÃcio da vida. Dessa forma precisamos chegar a um consenso, a mãe tem todo o direito de optar se quer doar sua vida à aquele novo ser ou não. Muitos casos de abusos, estupros enfim; a lei deve respaldar a mulher e se for o caso legalizar o aborto, sem julgamentos. O corpo é da mulher ela define o que irá fazer.
Faço parte do segundo grupo.
Os que são contra o aborto só se preocupam com o feto enquanto este está na barriga da mãe. Depois que nasce a criança, viram as costas e deixam-o à própria sorte. Bando de hipócritas...
A questão não é o pai dele, o meu ou o seu: é a realidade - todos os anos centenas de milhares de crianças nascem sem pai. Milhões de famÃlias tem apenas a mãe como provedora. O contrário até existe, mas a proporção tá muito, mas muito longe de um para um...
Todos são assim? Acho que não. Seu pai deixou-o à própria sorte? O meu, não, bem como os de todos os amigos e colegas da vizinhança. Amei meu pai e todos os meus irmãos homens. Meu foi um exemplo de pessoa: em todos os sentidos. Acho que está faltando referencial positivo nos que o cercaram e cercam.
Com toda razão. Sempre a mulher fica sozinha
É certo exterminar uma delas, sr helio?
É certo cuidar da vida da mulher, da saúde dela. Tornar crime, e banir até o ensino sexual, é tremenda hipocrisia. É virar as costas para uma realidade difÃcil, mas que está aÃ.
Seriam duas vidas num so corpo, mulher e embriao. Tipo israel e palestina, 2 povos, 1 só terra.
Perfeito! São dois seres humanos.
Como se dizia antanho: viajou na maionese. E quanto a Israel e Palestina, dois povos, é um matando o outro.
Eu tenho a convicçao q o embriao é vida. Entao defendo seu direito individual a vida
Concordo com você Florentino.
Então se um um dia você estiver "grávido", não aborte.
Que fique com essa convicção só para você.
É matéria para qualquer STF ou para este STF que, coincidentemente, concorda com a opinião do colunista?
Deveras infeliz, senhor Hélio, comparar uma vida em formação com "vÃsceras". Foi isso que li mesmo? Além do mais, mulheres não concebem por partenogênese. Necessário o espermatozoide para gerar o embrião. Se houve o concurso do macho para gerar, por que desprezá-lo nas etapas posteriores? (Estamos falando de seres humanos normais e responsáveis. Crápulas, existem em ambos os sexos). Já preconizava Aristóteles: O homem é um animal social.
Maria, na segunda gravidez de minha esposa, de gêmeas, a ginecologista recomendou o aborto, pois minha esposa estava com rubéola, o que causaria óbito dos fetos ainda no útero. Não seguimos seu conselho e temos agora duas lindas médicas anestesistas. Seus referenciais não são os melhores. É como o copo meio cheio e meio vazio. Cada um só vê fora o reflexo da sua felicidade ou infelicidade interior. Se eu fosse pelo conselho dos espÃritos de porco de plantão... Sempre os há, em todas as épocas.
Maria, se o homem pudesse engravidar já não seria homem. Inicialmente, ele já não teria tanta testosterona. A distribuição hormonal de ambos os parceiros sexuais seria totalmente diferente, dentre muitas outras diferenças. Seria qualquer outra coisa, menos homem.
Maria, a lei protege a mulher que sofre estupro e faz o aborto.
Deve ser porque as vÃsceras não são as suas. Se homens concebessem, já haveria aborto há muito tempo. Das centenas de milhares que ocorrem todos os anos, com grave risco para a saúde da mulher e o risco social de mais crianças abandonadas ou criadas sem amor e cuidados, onde estão os homens? Muitos, abusadores e estupradores, de enteados, filhas, mulheres, crianças. Hipocrisia e ignorância são os grandes males des pobre paÃs. E das mulheres e crianças que sofrem as consequências.
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