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Uma má ideia

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  1. Luiz Cláudio Lopes Rodrigues

    Concordo 100%, entretanto a estrutura seria uma barreira se o resultado do plebiscito ser contra o entendimento do tribunal. Ou seja, seria derrubado por violar, em tese, a CF.

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  2. Dilmar Oliveira

    O argumento que uma mulher que não abortou teve filho feliz e saudável e valoroso para sociedade faz tanto sentido quanto o daquela que não abortou e pariu um criminoso ou ditador: não se está discutindo casos particulares mas um princípio de direito - a quem cabe decidir se uma mulher pode ou não abortar?

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    1. Joel Domingos

      Quanto ao fato de eu ressaltar que as minhas filhas nasceram saudáveis, faz todo o sentido. Isto porque recém-nascidos com rubéola congênita nascem com mal-formações como cabeça pequena, lesão da retina, perda de audição, defeitos cardíacos e déficit cognitivo, dentre muitos outros. Faz todo o sentido, eis que a formação em medicina é o teste máximo de que minhas filhas não abortadas atingiram o ápice da capacidade cognitiva. De modo nenhum me referi ao aspecto moral delas.

    2. Joel Domingos

      Abortamento não é homicídio do ponto de vista técnico-jurídico, mas, no aspecto biológico, se trata de uma vida. Tanto isto é verdadeiro que o tipo penal que pune o aborto no Código Penal Brasileiro está no capítulo dos Crimes contra a Vida (art. 121, homicídio, e art. 124, aborto). O art. 2º do Código Civil resguarda os direitos do nascituro desde a concepção. Sobre embriões congelados, a Resolução 2.320/2022, do Conselho Federal de Medicina, proibiu o descarte.

    3. Joel Domingos

      Cabe ao casal. Agora se a mulher engravidou a partir de um sexo casual, ela deveria, no mínimo, ter se precavido exigindo camisinha do parceiro ou ter tomado anticoncepcional ou usar DIU. Existem muitos outros métodos de prevenção. Agora buscar o mais difícil e mais perigoso é, no mínimo, irracional. Em tudo há ônus e bônus: não existe almoço grátis. O contrário é querer o melhor dos dois mundos.

    4. Dilmar Oliveira

      Curioso que, até onde eu saiba, nenhum país que pune o aborto o equivale de fato ao homicídio. Talvez em alguma república talibã da vida isso seja verdade, mas tá longe de ser um bom exemplo. Sem falar no caso hipotético de entre salvar a vida de uma única pessoa versus dúzias de embriões congelados, creio que ninguém opte pela segunda alternativa...

    5. Dilmar Oliveira

      E claramente aqui a divergência se dá entre pontos de vistas divergentes: os contrários ao aborto, mesmo nas primeiras semanas de gestação, partem do princípio de que o zigoto já é um ser humano com pleno direito a vida. Na visão deles, aborto seria uma forma de homicídio

  3. Joel Domingos

    Benassi, sobre a minha visão simples das coisas, lembro da "navalha de Ockham". Nos próprios manuais de instrução de quaisquer aparelhos, na solução de eventuais problemas e defeitos, apontam-se, inicialmente, as soluções mais simples, tais como verificar se o cabo de força está ligado etc. Um dos conceitos em filosofia política ou ciências políticas que mais me parece elegante é o de "cognição política". "Elegância" em filosofia (continua)

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  4. Jove Bernardes

    Pois é, melhor deixar a consulta popular para os casos apropriados. Todos vimos no que deu o Brexit, e olhe que nem se compara ao aborto.

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    1. Marcos Benassi

      Ééé, meu caro, melhor mêmo: lá, conseguiram tirar um país da comunidade européia; aqui, se calhar, admitem aborto - mas sem anestesia nem antibióticos...

  5. Nilton Silva

    Irretocável.

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  6. Berenice Gaspar de Gouveia

    Concordo plenamente. Direitos básicos não podem ser submetidos a crivo de maiorias.

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  7. Ricardo Arantes Martins

    Perfeito. O plebiscito é um dispositivo democrático mas extremamente arcaico. a população decide por algo hoje, amanhã quer outra coisa e depois de amanhã uma terceira coisa. muda muito rápido suas opiniões e paradigmas

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    1. Joao Cantarelli

      Ricardo, o plebiscito é usado nas principais democracias liberais do mundo e nenhuma delas está propondo eliminar esse importante mecanismo de consulta e participação da sociedade. Quanto à questão do aborto, desconfio que a opinião pública brasileira não muda com a frequência que o seu comentário sugere.

    2. Joao Cantarelli

      Ricardo, o plebiscito é usado nas principais democracias liberais do mundo e nenhuma delas está propondo eliminar esse importante mecanismo de consulta e participação da sociedade. Quanto à questão do aborto, desconfio que a opinião pública brasileira não muda com a frequência que o seu comentário sugere.

  8. Orasil coelho pina

    O Helhinho, como o chamamos aqui em casa, está corretíssimo!

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  9. Pedro Luis S C Rodrigues

    Há um sofisma enorme na coluna. As opções não se limitam as duas apresentadas, STF e plebiscito, há uma terceira que é a institucionalmente mais correta: o poder legislativo. O STF já vem ultrapasando há tempos e com cada vez mais frequencia a a linha que o separa do legislativo

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    1. Ney Fernando

      Na verdade, o STF só "ultrapassa" (o que está previsto na CF) quando o Legislativo se omite, e com a agravante de que tem obrigação de julgar os casos que lá chegam (não pode se negar a decidir). Se antes o Legislativo tivesse criado e aprovado leis regulando essas coisas, nada disso estaria sendo julgado pelo tribunal. E o Legislativo pode criar leis mesmo depois das decisões do STF.

    2. Orasil coelho pina

      Caro Pedro o atual legislativo é que está propondo anistia a uma série de coisas mal feitas, por exemplo, descumprimento do repasse das verbas às cotas para as mulheres, etc.

  10. Matheus Queiroz

    Apoiado.

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  11. José Cardoso

    Também acho o plebiscito sobre aborto (acho que consulta pública é outra coisa) uma má ideia se o STF decidir que essa matéria é constitucional. Uma decisão mantendo a criminalização do aborto poderia ser derrubada se a tese da Rosa Weber for majoritária no plenário. Já uma decisão pela descriminalização poderia ser derrubada por um (hipotético) plenário sensível à tese de que o artigo 5 declara a vida um direito inviolável.

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  12. Antônio José Moreira da Silva

    Caro Hélio, acho que você está confundindo consultas públicas com plebiscitos. As primeiras podem levar ao Judiciário uma visão interdisciplinar de temas que contêm elementos que vão além do debate jurídico.

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  13. Caubi Maciel da Nóbrega

    Leandro, já radicalizou. Ninguém tira de outros o direito de opinião e de defesa das causas que considera de interesse comum. Você se considera com direito de defender animais ameaçados e deve ser contrário ao comércio de peles naturais. Deve ficar irritado quando cortam um pé de madeira nobre. É contra o uso de drones na eliminação de acusados de terrorismo. Mas não me dá o direito de defender um feto que poderia crescer e ser feliz. Contraditório, você.

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  14. adenor Dias

    Concordo que um plebiscito no caso do aborto, pode causar mais injustiça do justiça! Como disse um sábio brasileiro, a unanimidade é burra. No entanto se for para legalizar o aborto, por que também não legaliza a eu--ta--ná--sia? Há uma coisa que juízes nem parlamentares pode legalizar ou proibir! (o sui--cí--dio ) ... E do jeito que as coisas estão indo no mundo, a vida está fazendo pouco sentido!

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  15. Marcos Benassi

    Compartilho da sua percepção, caro Hélio, e expressei-a em comentário ao artigo do seu Geovane: como substrato à discussão, vá lá; como ferramenta decisória, dá não. A vox populi pede, muito facilmente, por coisas que beiram o - até mesmo entram com vontade no - bizarro. Um teor mais denso de reflexividade é necessário, bem como de consideração constitucional. E, evidente, é relevante que separemos quaisquer discussões sobre o papel do STF daqueles blás Bozo-direitóides de hiperatividade judiciá

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    1. Joel Domingos

      "Simplex sigillum veri" (a simplicidade é o selo da verdade). Adágio romano; "A simplicidade é o último grau de sofisticação." Leonardo da Vinci.

    2. Joel Domingos

      Inicialmente, Benassi, tenho a dizer que você, efetivamente, não tirou a validade dos meus argumentos. Sua crítica cingiu-se apenas a lançar adjetivos e congêneres sobre o meu texto. Adjetivo vs. substantivo. A substância, cerne, continua inabalável. Isso é argumento ad hominem. Minha fundamentação restou incólume. Ato contínuo, passo ao âmago da questão (continua)

    3. Joel Domingos

      Benassi, sobre a minha visão simples das coisas, lembro da "navalha de Ockham". Nos próprios manuais de instrução de quaisquer aparelhos, na solução de eventuais problemas e defeitos, apontam-se, inicialmente, as soluções mais simples, tais como verificar se o cabo de força está ligado etc. Um dos conceitos em filosofia política ou ciências políticas que mais me parece elegante é o de "cognição política". "Elegância" em filosofia (continua)

    4. Joel Domingos

      (ou epistemologia, para os que estão mais habituados com o repertório filosófico) significa (de forma grosseira, mas correta), segundo Ockham, "dizer muito sobre a realidade do mundo, de modo preciso e da forma mais curta possível". Quanto mais uma teoria ou conceito é simples na expressão e amplo na compreensão dos fenômenos, mais elegante ele é. A Natureza sempre utiliza os meios e os métodos mais simples para atingir seus fins. Ex.: o rio sempre busca o caminho mais fácil para chegar ao mar..

    5. João Paulo Zizas

      Marcos, só agora vi seu escrito abaixo. Nesta quarta-feira, tive uma tarde bem corrida e à noite fui ao cinema assistir "Som da Liberdade". O filme me pareceu no mínimo interessante, recomendo. Sobre o STF, realmente discordamos. É nítido o fato de a maioria dos membros da corte agir, hoje, com o intuito de usurpar funções dos outros Poderes ou de outras instituições. E isso é, de modo claro, observável nos casos do aborto e da maconha ou em aberrações jurídicas como o inquérito das fake news.

    6. Marcos Benassi

      Discordamos, de fato, João: a "hiperatividade jurídica do STF" é dos principais blás *Bozo-direitóides*. Evidente, pode ser discutido o tema, pode-se buscar equilíbrio mesmo em situações de grave disfunção legislabóstica, como a atual. Mas é argumento típico do grupo mencionado, embora haja quem, sem a ele endossar, dele compartilhe. Eu, dou Graças a Zeus, não fôra o STF estaríamos em maus e sujos lençóis.

    7. João Paulo Zizas

      Poderes mal digitados na minha resposta mais abaixo ao comentário que Marcos Benassi postou acima , só para ficar claro. Esses errinhos de digitação são um problema. É uma pena o jornal não disponibilizar um meio que nos permita fazer a correção deles diretamente no texto.

    8. João Paulo Zizas

      enviei novamente a resposta devido ao fato de os Poderes estarem mal digitados na mensagem mais abaixo

    9. João Paulo Zizas

      Não é nenhum blá direitóide, a maioria dos atuais ministros do STF está a valer usurpando atribuições dos outros Poderes. Sobre o abortamento, o Legislativo é o Poder claramente legítimo para deliberar sobre tal assunto. Mas a vaidade da ministra Rosa Weber prevaleceu e acabou expondo o fato de a gaúcha ser bem limitada. Ela só reproduziu velhos chavões abortistas no seu voto e, assim, agradou criaturas inimigas da vida. Talvez seja mesmo interessante fazer um plebiscito.

    10. João Paulo Zizas

      Não é nenhum blá direitóide, a maioria dos atuais ministros do STF está a valer usurpando atribuições de outros poderes. Sobre o abortamento, o Legislativo é o Pode claramente legítimo para deliberar sobre tal assunto. Mas a vaidade da ministra Rosa Weber prevaleceu e acabou expondo o fato de a gaúcha ser bem limitada. Ela só reproduziu velhos chavões abortistas no seu voto e, assim, agradou criaturas inimigas da vida. Talvez seja mesmo interessante fazer um plebiscito.

  16. João Paulo Zizas

    A mulher que faz aborto é, obviamente, uma filicida. O STF não agiu certo quando pautou a ação na qual o PSOL pleiteia a descriminalização de tal ato até 12 semanas de gravidez. O Legislativo é, de forma clara, o Poder legítimo para deliberar sobre a questão. Submetê-la a plebiscito pode ser bom se ambos os lados tiverem liberdade para expor suas teses. Há pertinência em ideias como a de que a liberação levaria meninas sem boa formação à promiscuidade, às DSTs e à contínua feitura de desmanchos.

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    1. Eduardo Rocha

      Criaturas inimigas da vida é um velho chavão da direita. Dizer que liberar levaria "meninas sem boa formação à promiscuidade" é outro chavão da direita e que carrega uma boa dose de preconceito. Afirmo que as meninas de boa formação fazem a fortuna de clínicas de aborto clandestinas, com ou sem liberação.

    2. João Paulo Zizas

      Marcos, o que os defensores do aborto realmente querem é, sim, transformá-lo em um procedimento corriqueiro, feito com total tranquilidade. De qualquer modo, no comentário acima eu me referi a uma colocação apresentada no artigo do professor Geovane Ferreira Gomes replicado pelo Hélio Schwartsman no texto "Uma má ideia". No escrito de Gomes são mencionados argumentos prós e contra o desmancho, pois o real interesse do autor é propugnar a favor de um plebiscito sobre o tema.

    3. Marcos Benassi

      João, prezado, encontro é grande impertinência ao ouvir que "a liberação levaria meninas sem boa formação à promiscuidade, às DSTs e à contínua feitura de desmanchos" (seja lá o que forem estes últimos). Isso carrega a suposição de que o aborto é algo que a mulher realiza com tranquilidade, que não agride seu corpo e de que, "sem boa formação" (idem, o que quer que signifique), será usado em lugar de preservativos e outros métodos contraceptivos. Isso é um racioSímio bem tosco, prezado, reflita.

  17. Joel Domingos

    Curioso é que os defensores do lema meu corpo, minhas regras são, em sua maioria, esquerdistas, partidários do marxismo-leninismo, regime sob o qual se anula a privacidade e os direitos individuais: tudo pelo e no interesse do proletariado. Numa mesma casa, os filhos vigiam os pais e vice-versa. Quem não for fiel ao partido será dedurado à Nomenklatura por seus familiares. Isso na URSS.A China foi ao extremo no planejamento familiar e na limitação do número de filhos sob a mão de ferro de Mao.

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    1. Joel Domingos

      O problema, Benassi, é que você, efetivamente, não tirou a validade dos meus argumentos. Vc cingiu-se apenas a lançar adjetivos e congêneres sobre o texto. Adjetivo vs. substantivo. A substância, cerne, continua inabalável. Isso é argumento ad hominem. Minha fundamentação restou incólume.

    2. Marcos Benassi

      Dupla dinâmica de colegas leitores, essa foi uma linda mostra de como supersimplificar a realidade e, de quebra, fazê-lo com base em estereótipos com alto teor de lugar-comum. Excelente contra-exemplo de uma discussão iluminadora, pelo qual agradeço. E está bem escrito, o que não é desprezível.

    3. João Paulo Zizas

      Muito pertinente a observação do leitor Joel Domingos sobre os defensores do lema "meu corpo, minhas regras" serem, no geral, esquerdistas entusiastas de regimes tirânicos nos quais há bastante desrespeito aos direitos individuais.

  18. Leandro Schelgshorn dos Santos de Sansão

    A ultra direita tem a única função de se colocar entre a sociedade e o progresso. Só existe por cumprir essa função, ainda que não atinja, ainda bem, seus perversos objetivos. Ao fim, apesar de tanta maldade desse pessoal que acha natural uma criança ser obrigada a dar à luz, a legalidade prevalece. E vai prevalecer.

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    1. Joel Domingos

      Caro Sansão, se houve o concurso do macho para gerar, por que desprezá-lo nas etapas posteriores? (Estamos falando de seres humanos normais e responsáveis. Crápulas, existem em ambos os sexos). Já preconizava Aristóteles: "O homem é um animal social." Muita coisa nossa refoge à esfera do foro íntimo transbordando para o interesse coletivo. Aliás, é princípio da Administração Pública de que o interesse coletivo prepondera sobre o interesse particular. Isso é Estado Democrático de Direito.

  19. Rogério Reis SILVA

    Fico impressionado negativamente com a visão curta deste jornalista. Dar a juízes a capacidade de fazer leis!!! Até o PT já anda assustado com isto.

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    1. joão moreira

      Estude um pouquinho mais, Rogério!

  20. LUIZ ALBERTO LEAL

    Cultura machista é isso aí. Não se fala em planejamento familiar, vasectomia, preservativo, nem pílula do homem. Tudo descamba por cima do corpo da mulher: o anticoncepcional vosso de cada dia, a laqueadura tubária, a histerectomia, o DIU e o dia da cirurgia do aborto.

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  21. Ivone Patelli

    Quem fala da eficácia dos anticoncepcionais nunca passou pela situação de uma gravidez indesejada mesmo usando os métodos de contracepção informados. Parabéns pela empatia. A mulher é a única responsável pelo seu corpo, até pq a maioria dos parceiros abandona filhos com a facilidade de quem troca de camisa.

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    1. Joel Domingos

      O simples fato de a mulher carregar o bebê em seu útero por 9 meses não a torna mais responsável ou signifique que o seu trabalho é maior do que o do parceiro. Toda pessoa de bom senso há de reconhecer que é impossível dividir meio a meio a criança, metade em cada barriga. A divisão do trabalho é um instituto de cooperação social. A história testemunha isso: o caçador-coletor que provê a subsistência da gestante e do petiz que ela carrega no ventre. Isso é o patamar civilizatório.

    2. Luiz Alberto Brettas

      Tens toda razão, Ivone. Essa decisão deve ser, unicamente, da mulher. Afinal, seria ela quem carregaria, por nove meses, um possível filho indesejado. Independente da frase, com algum deslize, pois eu a entendi ("... a maioria dos parceiros abandona filhos com a facilidade de quem troca de camisa."). Entendi que, quando ocorre o abandono, isso ocorre, mesmo, como uma troca de camisa... Aliás, se os homens engravidassem, o aborto seria um sacramento!

    3. Joel Domingos

      Qual é a fonte dessa sua análise estatística onde a maioria dos parceiros abandona os filhos?

    4. Joel Domingos

      Ivone, nada no mundo é 100% eficaz. Nenhum medicamento ou droga farmacológica, absolutamente nenhum, é 100% eficaz. De modo idêntico, nenhum preservativo (camisinha) é 100% seguro. Só a Lei da Física que estabelece o ponto de ebulição da água a 100 graus ao nível do mar é que nunca falha. A vida contém riscos: impossível fugir de todos. O mundo perfeito não é aqui.

    5. Joel Domingos

      Ivone, a sua afirmação de que "o homem contribui com ínfima quantidade de material", a mim me parece distante dos compêndios de biologia. Cada célula do nosso corpo reproduz todo o material genético do zigoto. São 46 cromossomos, onde cada um dos parceiros fornece, equitativamente, 23 cromossomos.

    6. Joel Domingos

      O abortamento praticado por sua mãe não foi final feliz para todo mundo, Ivone. E o ser humano que foi abortado? Definitivamente, foi infeliz para ele (ou ela). Vidas não devem ser ejetadas e descartadas como monturo aos caprichos de uma gestante.

    7. Joel Domingos

      Cara Ivone, o que você entende por ínfima quantidade de material, quando se refere à contribuição do homem no óvulo fecundado? Até onde eu sei, o material genético é formado meio a meio de cada um: todo ser humano possui 23 pares de cromossomos em cada célula, ou o total de 46, distribuídos equitativamente em 23 por cada parceiro. Como é que fica?

  22. Caubi Maciel da Nóbrega

    Houve época em que não havia meios disponíveis para evitar uma gestação indesejada, e ali, poderíamos discutir a validade do aborto. Mas hoje, com os incontáveis e variados métodos de prevenção, desde preservativos até os implantes de pele, passando por injeções trimestrais e DIUS, todos de distribuição gratuita, me parece arcaico aprovarmos um método tão invasivo, caro, antiquado e cheio de riscos para solucionar um problema que ocorre por puro descuido. E sem falar na possibilidade de doação.

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    1. Caubi Maciel da Nóbrega

      Marcos Benassi, eu usei a palavra descuido para não ser grosseiro, mas você pode me lembrar de outras possibilidades de fecundação, além, é claro, da violência, que não tenham sido causadas por negligência? Tente, por favor.

    2. Marcos Benassi

      Não deveria ser necessário ressaltar, Caubi, que "descuido" é apenas um de muitos motivos pra uma gravidez indesejada. Puro ou impuro, não pode ser aplicado à testa de todas as grávidas que não desejam parir uma criança.

    3. Leandro Schelgshorn dos Santos de Sansão

      Nada disso tira o direito da mulher sobre o próprio corpo. Não é difícil entender. Não cabe a mais ninguém decidir se e quando alguém terá ou não filhos. Só a pessoa que carrega decide. Ponto. Nem sei porque vcs ficam tergiversando a respeito do corpo alheio. Tomem conta das suas vidas. Faz aborto quem quer e não faz quem não quer. Decisão de foro íntimo não tem que ser debatida por terceiros.

  23. Joel Domingos

    A alegação de que a descriminalização do aborto vai acabar com os abortos clandestinos é uma falácia. Já é legal o abortamento em casos de estupro, risco de vida e anencefalia. Isso só vai fomentar uma indústria de clínicas abortistas, às quais só terão acesso as patricinhas, as intelectuais progressistas e todas as bacanas com muita grana. Todas as pobres continuarão à mercê do SUS. "Nada de novo debaixo do Sol." Espiritualmente, o aborto provocado é um sacrifício a Moloque.

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    1. Joel Domingos

      Benassi, para que essa luta seja efetiva não se faz necessário editar nova lei: é suficiente a vontade política para fazer cumprir os casos de abortamento legais já existentes. Conheci um grande prócer da Administração Pública que dizia que não existe o impossível: basta vontade política. Leis já existem até demais.

    2. Marcos Benassi

      A luta, prezado Joel, é para que o SUS ofereça o abortamento em *todos* os casos legais, sem enrolação, sem protelar, sem tratar a mulher como criminosa, promíscua ou leviana. Isso sim é uma meta democrática, não a descriminalização que beneficie a prática particular e elitista.

  24. jose prado

    Só é boa qdo favorece a esquerda? Ora ora!

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    1. Leandro Schelgshorn dos Santos de Sansão

      É boa quando favorece a vida, a legalidade, a Constituição Federal e, principalmente, quando não tem sua opinião sobre o que não lhe cabe. Ou vc está grávido?

  25. Dario Lima

    Legalização urgente e irrestrita do aborto e das drogas imediatamente.

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    1. Dario Lima

      Paulo, eu conheço o mundo, não apenas o Canadá, mas fique tranquilo, o Mito vai voltar com Malafaia e Jesus Cristo.

    2. PAULO CESAR MARTINS MENCK

      Sugiro uma viagem ao Canadá ao senhor. Lá está o laboratório dessas experiências, dê uma voltinha lá.

  26. PAULO CESAR MARTINS MENCK

    O corpo de uma mulher a ela pertence. De uma mulher. A criança tem o seu próprio corpo, não pertence à futura mãe. Não pode ser utilizado como método anticoncepcional. Assassinar uma criança é tão cruel como assassinar a própria mãe, ou qualquer outra pessoa.

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    1. Ivone Patelli

      O embrião pertence ao corpo da mulher que o está gerando. É ela quem passará por todo o processo do antes de nascer e o depois (Se for o caso). O homem contribui com ínfima quantidade de material portanto a responsabilidade e o direito sobre esse processo é exclusivamente DELA. Sugiro que não faça aborto quando engravidar.

    2. Dario Lima

      Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.

  27. Joel Domingos

    N a segunda gravidez de minha esposa, de gêmeas, a ginecologista recomendou o aborto, pois minha esposa estava com rubéola, o que causaria óbito dos fetos ainda no útero. Não seguimos seu conselho e temos agora duas lindas médicas anestesistas. Seus referenciais não são os melhores. É como o copo meio cheio e meio vazio. Cada um só vê fora o reflexo da sua felicidade ou infelicidade interior. Se eu fosse pelo conselho dos espíritos de porco de plantão... Sempre os há, em todas as épocas.

    Responda
    1. Joel Domingos

      Não foi final feliz para todo mundo, Ivone. E o que foi abortado? Definitivamente, foi infeliz para ele (ou ela). Vidas não devem ser ejetadas e descartadas aos caprichos de uma gestante.

    2. Ivone Patelli

      Minha mãe passou pela mesma situação e optou por abortar. Dois anos depois engravidou por escolha e teve o filho. Final feliz para todo mundo.

  28. OSMAR OSSIS GOBATO JR

    Se Hélio aprecio muito suas colunas. O assunto aborto sempre surge oportuniscamente, quando se tem campanhas eleitorais. Não existe discussão seria do assunto. Vivemos num país hipócrita. Na Itália, pais eminentemente católico, o aborto já foi regulamentado. O corpo de uma mulher deve ser assunto dela, não para homens hipócritas posarem de defensores da moral. Aborto deveria ser assunto de saúde, não deve ser discussão criminal. O STF se manifesta, na falta de uma discussão ser feita no Congress

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    1. Dario Lima

      Exatamente, o Vaticano é na Itália, pra quem não sabe o aborto é legal no país desde o final da década de 70.

  29. Carlos Eduardo de Garcia

    A ciência já determinou a morte (morte cerebral). No entanto, o mesmo critério de formação do sistema nervoso não foi aplicado ao início da vida. Dessa forma precisamos chegar a um consenso, a mãe tem todo o direito de optar se quer doar sua vida à aquele novo ser ou não. Muitos casos de abusos, estupros enfim; a lei deve respaldar a mulher e se for o caso legalizar o aborto, sem julgamentos. O corpo é da mulher ela define o que irá fazer.

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  30. Max Morel

    Faço parte do segundo grupo.

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  31. Paulo Augusto

    Os que são contra o aborto só se preocupam com o feto enquanto este está na barriga da mãe. Depois que nasce a criança, viram as costas e deixam-o à própria sorte. Bando de hipócritas...

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    1. Dilmar Oliveira

      A questão não é o pai dele, o meu ou o seu: é a realidade - todos os anos centenas de milhares de crianças nascem sem pai. Milhões de famílias tem apenas a mãe como provedora. O contrário até existe, mas a proporção tá muito, mas muito longe de um para um...

    2. Joel Domingos

      Todos são assim? Acho que não. Seu pai deixou-o à própria sorte? O meu, não, bem como os de todos os amigos e colegas da vizinhança. Amei meu pai e todos os meus irmãos homens. Meu foi um exemplo de pessoa: em todos os sentidos. Acho que está faltando referencial positivo nos que o cercaram e cercam.

    3. OSMAR OSSIS GOBATO JR

      Com toda razão. Sempre a mulher fica sozinha

  32. Florentino Fernandes Junior

    É certo exterminar uma delas, sr helio?

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    1. José Tarcísio Aguilar

      É certo cuidar da vida da mulher, da saúde dela. Tornar crime, e banir até o ensino sexual, é tremenda hipocrisia. É virar as costas para uma realidade difícil, mas que está aí.

  33. Florentino Fernandes Junior

    Seriam duas vidas num so corpo, mulher e embriao. Tipo israel e palestina, 2 povos, 1 só terra.

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    1. PAULO CESAR MARTINS MENCK

      Perfeito! São dois seres humanos.

    2. LUIZ FERNANDO SCHMIDT

      Como se dizia antanho: viajou na maionese. E quanto a Israel e Palestina, dois povos, é um matando o outro.

  34. Florentino Fernandes Junior

    Eu tenho a convicçao q o embriao é vida. Entao defendo seu direito individual a vida

    Responda
    1. Max Morel

      Concordo com você Florentino.

    2. Paulo Augusto

      Então se um um dia você estiver "grávido", não aborte.

    3. Gil Carlos Dias

      Que fique com essa convicção só para você.

  35. Tiago Cunha

    É matéria para qualquer STF ou para este STF que, coincidentemente, concorda com a opinião do colunista?

    Responda
  36. Joel Domingos

    Deveras infeliz, senhor Hélio, comparar uma vida em formação com "vísceras". Foi isso que li mesmo? Além do mais, mulheres não concebem por partenogênese. Necessário o espermatozoide para gerar o embrião. Se houve o concurso do macho para gerar, por que desprezá-lo nas etapas posteriores? (Estamos falando de seres humanos normais e responsáveis. Crápulas, existem em ambos os sexos). Já preconizava Aristóteles: O homem é um animal social.

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    1. Joel Domingos

      Maria, na segunda gravidez de minha esposa, de gêmeas, a ginecologista recomendou o aborto, pois minha esposa estava com rubéola, o que causaria óbito dos fetos ainda no útero. Não seguimos seu conselho e temos agora duas lindas médicas anestesistas. Seus referenciais não são os melhores. É como o copo meio cheio e meio vazio. Cada um só vê fora o reflexo da sua felicidade ou infelicidade interior. Se eu fosse pelo conselho dos espíritos de porco de plantão... Sempre os há, em todas as épocas.

    2. Joel Domingos

      Maria, se o homem pudesse engravidar já não seria homem. Inicialmente, ele já não teria tanta testosterona. A distribuição hormonal de ambos os parceiros sexuais seria totalmente diferente, dentre muitas outras diferenças. Seria qualquer outra coisa, menos homem.

    3. Max Morel

      Maria, a lei protege a mulher que sofre estupro e faz o aborto.

    4. Maria Lopes

      Deve ser porque as vísceras não são as suas. Se homens concebessem, já haveria aborto há muito tempo. Das centenas de milhares que ocorrem todos os anos, com grave risco para a saúde da mulher e o risco social de mais crianças abandonadas ou criadas sem amor e cuidados, onde estão os homens? Muitos, abusadores e estupradores, de enteados, filhas, mulheres, crianças. Hipocrisia e ignorância são os grandes males des pobre país. E das mulheres e crianças que sofrem as consequências.