Ilustrada > Ailton Krenak afirma que 'centenas de línguas' entram na ABL com sua eleição Voltar
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Inicialmente, gostaria de esclarecer que o nome da instituição é Academia Brasileira de Letras. Isso não quer dizer que a literatura seja necessariamente na lÃngua portuguesa (pode haver controvérsias). Segundo: é um paradoxo, contrassenso mesmo, exaltar o beletrismo indÃgena desde que a literatura não faz parte de sua cultura. (continua)
(continuação) A cultura dos povos originários, tanto africanos quanto americanos, prima pela oralidade, o repasse de tradições pela forma oral, onde se formavam rodas de seus membros, ao redor de fogueiras, para repassar a sua história e seus mitos. Ainda hoje está se resgatando a contação de histórias e estórias no nosso mundo dito civilizado. As tribos que têm contato com a civilização reúnem-se à noite na taba central para assistir às novelas da Globo. Pode?
Errata: onde se lê "taba central" leia-se "oca central".
kkkkkkkk. Muito bom.
Na ABL é aceita uma só lÃngua, mas com variados matizes: A dos reds.
Admiro Ailton Krenak, acho que merece mais que isso. Mas também acho que se rebaixou aceitando uma cadeira na ABL. Sei que é difÃcil, mas poderia propor uma academia de lÃnguas nativas, caso fosse importante essa honraria para ele (merece mais que isso). Nossas lÃnguas nativas, efetivamente, têm que ser preservadas, estudadas e cultuadas. Sinto falta da linguagem e da lÃngua que perdi.
Uma coisa não exclui a outra. E acho que essa discussão dele estar na ABL pode justamente incentivar a criação de uma academia das lÃnguas dos povos originários.
As liberdades são complexas e vivem registradas nas lÃnguas dos povos originários. O quanto pudermos nos orientar a favor de sua proteção estaremos no caminho a ser percorrido. Escolha inquestionável.
A ABL está de parabéns por ter eleito Krenak neste momento de debate do absurdo marco temporal. Espero que sensibilize muita gente para que se faça pressão polÃtica e essa aberração seja expurgada de vez.
Escreveu o curupira
Há um revisionismo ideológico da lÃngua sem nenhum critério técnico. Só porque o étimo do termo "Ãndio" remete à Ãndia, acham o termo "indÃgena" mais apropriado. Já no substantivo xamã, não obstante usarmos amplamente o termo tupi-guarani "pajé", mandaram-no à s favas e foram buscar o vocábulo xamã lá das estepes setentrionais da Rússia, do idioma dos tunguses, povo do qual não se ouvia falar, e adotaram-no para todas as ocasiões. A Tungúsia fica até mais próxima da Ãndia do que da Amazônia.
Comentário interessante, com o qual concordo. No Brasil, o desconhecimento de lexicologia, etimologia e linguÃstica é tamanho e tão obtuso, que não duvido que logo alguém proponha que o termo latino "indÃgena" é, na verdade, originário do tupi. Um especialista chamou isso de "tupimania nacional"; até o nome "Brasil" alguns desavisados querem derivar do tupi ou de outra lÃngua indÃgena. Aliás, há quem pense que o termo "indÃgena" só pode ser aplicado aos povos nativos ou aborÃgenes da América!
Ailton Krenak é de uma sabedoria e importância enormes. Estou muito feliz de saber que ele entrou para a ABL.
A menos que Krenak, ABL ou diversidade possuam algum outro significado inadequado que desconheço, não entendi a razão pela qual um simples comentário que fiz, envolvendo esta importante notÃcia, foi considerado inadequado.
Você quer excelência ou representatividade? Essas duas coisas são mor das vezes antagônicas.
Caro Joaquim, procure matérias sobre a trajetória de Ailton Krenak. Ele é completamente apto a ocupar a cadeira na ABL. Volto a insistir, leia algum livro dele o cara é basicamente uma reserva de sabedoria. Abrcs
Até a ABL, quem diria?, com esta escolha de Ailton Krenak -- ainda que ela não se dado de forma unânime --, demonstra, enfim, reconhecer a importância da diversidade -- desde que aliada ao necessário mérito dos escolhidos, claro, como se deu, sem nenhuma dúvida!, neste caso. Mire-se, presidente Luiz Inácio, nesse exemplo. Saia do discurso e da promessa vazia para a prática.
Já dizia Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra."
A ABL é uma instituição que não me comove, sensibiliza ou enternece. Mas ver o Krenak adentrar a Academia pela porta da frente, altivo, saudado e ovacionado, enleva a minh'alma. A branquitude acadêmica elitista, curva-se diante da alta estatura intelectual, e da sabedoria ancestral do grande Xamã. Um salve a Ailton Krenak!
kkkkkk. Que doideira esse tipo de comentário ! Que branquitude acadêmica elista? A ABL foi fundada pelo maior escritor brasileito da história, e que ão era branco. As indicações para a ABL são eivadas de proselitismo polÃtico.
Belo comentário. Ailton é grande.
Aposto que Merval votou contra.
Se é que conseguiu articular alguma frase com sentido! Aliás, o que ele escreveu mesmo? Possivelmente seja crÃtico à literatura de cordel que privilegia a oralidade, mas o que ele faz mesmo é tentar balbuciar comentários na Globo News.
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