No início desse mês a revista Piauí demonstrou como boa parte dos meios de comunicação estão sob controle de bancos e outros agentes do mercado financeiro. Isso explica o comportamento da FSP ao defender tão arduamente e sem contraponto a política de privatizações. Se tornou um panfleto do mercado. Lamentável o caminho escolhido pelo editorial do jornal.

Nos equilibramos no fino pêndulo que sacraliza o privado e demoniza o público e vice-versa. Debate medíocre esse que não avalia as opções por critérios de eficiência e eficácia. Não temos uma cultura de avaliação dos serviços que nos retire desse ciclo vicioso. Prevalece a indigência técnica e cultural. Parabéns à jornalista, que teve coragem de botar o dedo na ferida.

O argumento de que investimentos privados ampliarão as melhoras e motivarão a inovação tecnológica é discurso velho e não encontra amparo no que temos presenciado. Pelo contrário, só tem gerado aumento de tarifas e serviços deficientes. A pergunta é a de sempre, porque investidores não criam suas próprias estruturas e entram na competição pra valer, mostrando na prática que o controle político não é bom?

A jornalista foi corajosa e deu a cara para bater. O ponto é que muitos comentaristas aqui ainda não entenderam que vivemos em um país capitalista. Está na Constituição de 1988 que fundamenta nosso regime econômico como capitalista baseado na livre iniciativa. Privatizar não pode ser encarado como panaceia para resolver todos os problemas, mas faz parte das regras estabelecidas pela Constituição que afirma categoricamente que somos um país capitalista.

Mesmo nas empresas privadas, as atividades meio (como manutenção) são muitas vezes problemáticas. O mecânico já chega de má vontade: você quebrou isso de novo? Uma companhia terceirizada está sempre ansiosa por novos serviços. Sai mais caro, mas é muito melhor.

Então explica porque o primeiro método que usam para privatizar é piorar o serviço público, tiram verbas para piorar e justificar. E temos lido por aqui que o serviço da CTPM piorou após a privatização. A tendência é essa na privatização, privilegiar linhas classe média deixando o serviço das periferias com má qualidade. É só ver os trens do RJ.

Blá blá blá privatista desse jornalão golpista lavajatista guedista que existe somente para isso: defender interesses privados, pregar austericidio e demonizar o Estado...abjeto !

Óia, Deborah, dá mêmo pra defender privatizações, com esses argumentos mesmo que você traz; contudo, estão empacotados junto a um incoercível otimismo, parece-me. A realidade parece ser, em geral, muito mais áspera, bem como a ganância privada muito maior do que o recomendável; a eficácia do Estado na regulação, pelo contrário, muito menor do que deveria, assim como na punição às malfeitorias. O grande poder econômico tem uma enorme ingerência nas agências reguladoras. Enfim, boa sorte pra nós.

É muito raro comentários unânimes em torno de um texto. Mas ele está tão ruim, com argumentos tão rasos e surrados, que nos resta questionar o currículo desta senhora. Ou ela faltou às aulas ou sei lá o quê. Não é ser contra suas intenções ou contra sua tese, mas sim ser surpreendido pela forma tosca com que fez essa defesa. Precisa certamente ler mais jornal. Só não sei se ler a Folha, mas que precisa, ah, precisa. (Milton Costa)

Colunista usou a má fé. As empresas de saneamento foram as mais reestatizadas no mundo, pois elevaram o preço sem melhoria na qualidade. Paris, Berlim, Atlanta são exemplos de reestatização. Dizer que vai economizar recursos públicos é mentira pois as empresas vão exigir que os governos paguem a água da baixa renda, ou seja, o governo vai continuar tendo despesa com água sim. A única coisa que será garantida com a privatização do saneamento é o lucro. Manaus é privatizado há 20 anos e não mudou.

que coluna pobre de argumentos kkkkk onde foi privatizado o serviço é péssimo, ficou muito caro e não existe concorrência, o que a colunista fala é uma grande falácia até nós órgãos reguladores que são tomados por representantes dessas empresas privadas e não a sociedade e assim elas não cumpre contratos, não são punidas e quando punidas, não pagam as multas e não melhoram os serviços...ex. moro em Goiânia e a empresa de energia não renovou e não aumentou a rede...sucateou ..vive tendo quedas de

Onde a concorrência na prestação de serviço final é impossível (como o camarada escreveu abaixo: posso escolher a água de x ou y na minha torneira?), será q de fato há interesse em prestar melhor serviço? Vai ficar por conta da boa regulação e fiscalização? Se empresas agem como cartel na licitação até para vender lápis para as escolas públicas é privatizando a SABESP q melhora? Igual melhorou no Rio?

A afirmação de que as empresas públicas têm maior dificuldade em promover, ou se valer da evolução tecnológica, feita pela colunista, está pobremente embasada o que dificulta sua confirmação.

Esse país é tão perverso que até a função de algo legítimo, como a iniciativa privada, é capturada para o enriquecimento de poucos e é vendida como um conto de fadas. Um exemplo são as rodovias. Em um país do tamanho de Pernambuco, para cada estrada privada, há duas opções públicas de ótima qualidade e ainda quem decide pagar, paga somente os quilómetros rodados. Brasil, de dimensão continental, não tem isso. Além dos impostos, os brasileiros pagam pedágios da estrada inteira. Idade Média.

Bullshit! Privatizar tem "potencial de estimular a concorrência" quando há concorrência. Funcionou na telefonia, mas qual a concorrência possível em fornecimento de água esgoto e em linha de metrô? Há duas linhas com o mesmo caminho e escolhemos a melhor? Se eu não gostar a água da Acme, posso pedir água da Organização Tabajara? Posso decidir o caminho do meu coco?

Toda privatização é feita através de concorrência. Concordam ? Essa sra nunca foi em uma. Eu ganho essa parte e daqui a seis meses vc ganha a outra . Ou ... vamos repartir, entra como segunda opção, vc já entra sabendo que vai perder mas vai levar algum.

O liberalismo, enquanto modelo econômico, caiu por terra em29. A intervenção do Estado navecobomia em momentos pontuais vse faz necessário. O Brasil necessitava da CSN para ter industria de base, após não carecia mais. Isso é exemplo. Mas banco e energia são estratégicos e dão lucro mesmo mal administ. Lembrando que numa democracia sempre haverá alternância de poder

Em setores que podem ser caracterizados como monopólio natural, como é o caso de águas e esgotos, energia elétrica e metrô, a privatização não se justifica, pelo princípio básico de que é quase impossível haver concorrência. Além disso, o transporte de passageiros sobre trilhos é, quase sempre, deficitário. Só isso (e há muitos outros motivos, alguns já aqui comentados) já demonstra como os argumentos privatistas apresentados são rasos, pra não cair na tentação de dizer que são bizarros...

Gostaria de entender quem é o público/cliente dessa economista, ela vive no mundo da lua, não sabe nem mesmo onde fica o Brasil.

Uma vez bolsonarista, sempre bolsonarista. A melhor empresa estatal das Américas é a Petrobras e uma das bigs da indústria do petróleo no mundo. A economista vive distante, anos luz da realidade brasileira, nenhuma empresa privada é fiscalizada no Brasil, quando estão com dificuldades, querem dinheiro do governo/povo, com juros subsidiado, no serviço, quando ganham um pouco menos, correm pra políticos e pedem reajustes, no mínimo, muito acima da inflação, são imediatamente atendidos.

Acho que a articulista está muito mal informada a respeito do controle da sociedade civil sobre as empresas privatizadas deste país. O controle é quase zero, já que as agências reguladoras estão muito mais preocupadas em facilitar a vidas de concessionários etc do que defender os reais interesses dos consumidores. Basta ver os serviços de transportes nas grandes cidades.

Regulação dos serviços privados é justamente algo que o Brasil não tem. Essas agências reguladoras é uma piada. Sem falar que as privatizações no Brasil, em nenhum momento, foca a qualidade do serviço e, sim,os ganhos entre governo corrupto e empresário corrupto. No caso da tecnologia, o fato é que a maior empresa brasileira, a Petrobrás, só se tornou a maior, por ser estatal. Por "n" motivos, a BR jamais seria o que nas mãos privadas.

As privatizações de empresas públicas têm que ser tratadas com responsabilidade. A ideia de que privatizar tudo é a melhor saída é uma grande mentira, defendida apenas por quem não conhece do assunto ou por quem defende os interesses de grandes grupos, ávidos pelos potencias lucros. Transporte público, por exemplo, se a privatização é a solução, porque o sistema de ônibus nas cidades do Brasil é tão ruim, já que é todo privatizado ?

Bizarrices cascateiras neoliberais

Concordo com o ponto de vista. O "x" da questão é atuação do órgão regulador dos serviços. Tem que ter expertise, independência e foco nos resultados. As rodovias do estado de São Paulo, por exemplo estão em péssimo estado. Desafio a qualquer um trafegar pela pista dos caminhões em qualquer da grandes vias paulistas, é só buraco e ondulação, quando não há congestionamentos. As rodovias paulistas já foram exemplo. Eu mesmo me referia a elas dizendo que o pedágio era caro mas compensava pela quali

O rompimento das barragens da Vale e os aumentos estratosféricos das tarifas privatizadas derrubam as bizarrices expostas.

José Carlos, católica, eleitor e contribuinte: qualquer atividade economica só é eficiente e fornece bons oridutos qdo há concorrencia e não há cartelizacão! Caso contrario, tanto faz ser privado ou estatal! O resultado senore será péssimo! E tanto privados quanto estatais corromoem vide empreiteiras!

Pergunte aos cidadãos dos Estados que privatizaram duas companhias energéticas! Aumento da tarifa e queda na qualidade do serviço! Essa defesa abstrata das privatizações não se sustenta, daí sua natureza abstrata, dogmática e omissa ao enfrentamento dos casos concretos.

Perfeito, dá concessões para as cidades que são rentáveis para o saneamento básico e as cidade que não são rentáveis deixa sem tratamento ou dá para o SUS pois saneamento básico é problema de custo na saúde pública.

"boa regulação"? Onde? As agências reguladoras brasileiras são controladas por prepostos indicados pelas próprias empresas concessionárias que elas deveriam regular. Bizarro, não?