Cecilia Machado > Os precatórios na disputa pelo orçamento público Voltar
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Posso estar errado, mas me parece que os precatórios vão na mesma lógica das desonerações, e privilégios diversos. Aqueles que tem mais recursos para uma ação judicial não são em geral os mais carentes. O resultado na prática é que a justiça para uma minoria resulta na injustiça para a maioria, na forma de inflação ou maiores impostos. São os mais pobres que pagam os que obtém ganhos de causa contra o Estado.
O problema é que o Estado são os outros. Todos os cidadãos tem que tirar algum da carteira para te pagar.
Você esta errado José. Aguardo pagamento de precatório e não sou privilegiado. Estranho é o cidadão ter uma divida reconhecida na justiça, com trânsito em julgado e não receber; deixa como está, a verdade é que o calculo de juros é de acordo com o IPCA-E; resultado é que a divida aumenta. Enquanto isto, o dinheiro é corrigido, e o Estado brasileiro não paga achando que há alguma vantagem em não pagar, um dia, e este dia chega, pagará mais caro; é melhor pagar agora, vai por mim.
Basta que os governos paguem corretamente o que a lei determina e, pronto, a parte não precisará reclamar na Justiça o que lhe é devido. A incrÃvel postergação do cumprimento das obrigações é que fere o Direito.
Pô, CecÃlia, minha cara, que discussão essencial, áspera e incômoda! A mim, particularmente, os dois últimos atributos referem-se à possibilidade de que tais processos decorram do perÃodo de governo petista do inÃcio do século. Isso significaria que o desprezo à s decisões judiciais favoráveis ao cidadão, em boa parte aos desassistidos, ocorresse num governo de origem popular. Há também a questão dos montantes dos precatórios, que podem ter aumentado: nem todos são de "Zé povinho" cobrando merrec
Por isso os precatórios tem que entrar como dÃvidas, assim disputa recursos com a agiotagem, com os acumuladores gananciosos, que já consomem mais de 50% de orçamento. Se bem que os precatórios indenizam previdenciários, que contribuÃram a vida inteira e merecem receber.
Poi Zé, caro Marcelo: tenho a nÃtida sensação de que não pagar precatório embute uma perspectiva de desprezo ao cidadão comum, origem da maioria do volume de processos. Torço para que tal desprezo não decora de questões originadas nos governos populares do PT. Pode até ser, mas seria mais uma tristeza para com estes, né não?
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