João Pereira Coutinho > Ser um mero papagaio da propaganda antissemita não é destino que se inveje Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Anteriores 1 2 3
Parabéns, comentarista. Esquerda brasileira ama o Hamas.
Sai dessa vida, Cludio. Isso é tão precário (note a delicadeza, sim?) quanto dizer que a direita burrra ama o demônio.
Não, Cláudio, não ama não. Mas é capaz de reconhecer na opressão ao povo palestino um análogo do que acontece com a maioria do povo brasileiro.
Israel provoca repúdio diferente da China e do Azerbaijão por duas razões: primeiro, pq produz uma ocupação que gera, ela própria, um regime de apartheid. Isso é único no mundo moderno, portanto merece crÃticas únicas. Segundo, pq se trata de uma relÃquia do século XIX: empreendimento colonial europeu que oprime povos autóctones. Mas ter essa sensibilidade é quase impossÃvel para um europeu, então eles ficam batendo na tecla do antissemitismo, que é uma referência cultural europeia.
Europeu? Insensibilidade? Tem certeza que o comentário é sobre o texto do Coutinho?
Boa discussão, senhores, iluminadora, pela qual agradeço - incluindo, no agradecimento, a civilidade da coisa.
Houve uma aspiração nacional. Mas ela não caiu de pára-quedas no céu puro, houve profundos traumas. Ademais, estás a falar de colonialismo sem metrópole. Claro, podes dizer que os judeus ricos são as metrópoles ou os colonialistas ocidentais. Se queres que seja « sim » um colonialismo singular, não vou o persuadir do contrário. Mas não esqueça do adjetivo « singular », deve ser levado em conta. Não sou um defensor de Israel. Sou um observador, entre outras coisas, do sofrimento palestino.
Vi agora o seu argumento: « Foi colonialista sim ». Belo argumento. Que maravilha de afirmação autossuficiente. Provas do crime de Paulo? Simples: ele foi criminoso sim. A imigração judaica começa nos anos 1880. Houve mais de uma associação, de tendências varias, algumas até ligadas a movimentos revolucionários de esquerda. Entre 1880 e 1900, 40.000 imigritantes judeus russos imigraram em Palestina. Entre 1900 e 1914, 50.000.
Adller, seu argumento da boiada não dá para tudo não. Você fala como se os judeus do leste tivessem partido direto após um progrom. Não, houve um movimento organizado por judeus ocidentais que viviam bem, apesar dos pesares. Esta organização não era como as italianas pelo simples fato que estes pretendiam migrar para serem cidadãos de um paÃs com mais oportunidades, enquanto que os judeus queriam fundar um paÃs para eles, à revelia dos habitantes da região. Este processo foi colonialista sim!
Qualificar a imigração de judeus do império Russo fugindo pogroms russos, bielorrussos, poloneses, romenos, moldavos ou ucranianos como empreendimento imperialista, taxar o trauma do caso Dreyfus e da onda antissemita da Belle Époque, no centro de tais migrações e da criação de algumas associações de imigração judaica, que tiveram, como modelo, as associações de imigração do mezzogiorno italiano em direção das Américas, de invasão imperial, é um pensar bem boi, tÃpico da Europa.
O articulista sugere o mesmo que o senhor, isto é, que há muitos eurocêntricos no Brasil, que veem tudo pelos prismas e pelos preconceitos europeus, daà a impossibilidade de indignação com algo que não envolva ocidentais em um lado dos campos. Assim, digo sinceramente que o senhor tem toda razão e o articulista também.
Meu caro, o articulista é português e escreve no Brasil, que faz parte do espaço cultural habitado por clichês e preconceitos ocidentais, inclusive racismo de cor, eugenia, antissemitismo, etc. Seu argumento é falho. Pois o articulista boi, isto é, europeu, escreveu para bois, isto é, brasileiros, num paÃs de bois, isto é, Brasil. E o senhor vem dizer que não é boi? Você quer dizer que você é um urso panda da China, uma gaivota do Azerbaijão ou uma rena siberiana?
É imperativo separar o joio do trigo. O povo de Israel provavelmente na sua maioria discorda do ódio aos palestinos. Mas é importante reconhecer que parte desse povo e o seu governo, mesmo que não tenham no seu estatuto explÃcito a destruição da Palestina, exercem um terror crônico sobre esse povo, negando a sua existência. O terror é uma arma que os dois lados utilizam há muito tempo. Seria útil definir propaganda antipalestina e os respectivos papagaios. O Sr. Coutinho com a palavra.
Gustavo, eu lamento ter que discordar de você. Há muita gente que atribui a desgraça do povo árabe da Palestina ao Netanyahu e a uma minoria de extremistas judeus, como o que matou o Yitzhak Rabin (fato nunca comentado...), mas o fato é que os partidos da base do Netanyahu assumiram o poder dentro das formidáveis regras democráticas o Estado de Israel, eles representam a vontade do povo deste paÃs. A contÃnua expansão de Israel é um projeto nacional e, dado o apoio do ocidente, não vai parar!
O povo de Israel que sofreu tantas perseguições através dos milênios e que nos deram tantas contribuiçies, intelectuais, racionais e cientÃficas que não transcendem a Moisés e ao Cristo que julgou melhor nascer em seu preparado povo para a glória de Adonai. Não confundir com os exageros do Estado de Israel que erra e pode com compaixão e sabedoria levar a paz através de décadas de trabalho.
Felipe se Moisés é um mito não sei. Mas aqui no Brasil tem um monte de gado que acredita que O Messias é um Mito. são os adoradores de BaalSonaro.
Moisés é um mito. O Reino de Davi nunca existiu. O que existiu eram dois Estados semitas na idade do ferro, que depois foram destruÃdos pela AssÃria e pela Babilônia, só isso.
Mas concordo que o Estado de Israel erra. Belicamente não sofrem mais ameaças e eles deveriam conduzir um processo decoaz. Mas o medo e o populismo polÃtico não deixa. Importa que mesmo com um enorme aparato militar e centenas de mÃsseis nucleares não é inteligente manter o ódio entre vizinhos. Tecnologia evtempobfixam ultrapassados. Creio que o bom senso preponderara
Veja você Borges, o Brasileiro pode reeleger um petismo corrupto e a mesma maioria eleger um Coiso inútil e mortal e após trazer de volta a extrema corrupção. Isso não quer dizer que o Brasileiro é troca ou mal. É difÃcil, o povterra por medo e aqui é muito curto. Importa que pré conceito é pior quando a pessoa acha que tem a mente aberta eis que se blinda e não tem mais por onde crescer
É isso aÃ, Ricardo! Os judeus são o máximo, não têm nada a ver com o Estado de Israel, nem mesmo os milhões que lá habitam, votam e elegeram os partidos judaicos extremistas e o Netanyahu como primeiro ministro. Vamos esperar mais algumas décadas para que a compaixão e sabedoria inata neste povo maravilhoso chegue, finalmente, a um meio de fazer justiça ao povo palestino. Esperemos no conforto dos nossos lares, um luxo que o mencionado povo não tem...
Porque existem outras injustiças ocorrendo no planeta não é justificativa para evitar criticar Israel. 50 anos de ocupação e usurpação levaram as pessoas a se revoltarem. Pergunto ao colunista oque ele mesmo faria nessa situação? Ficaria procurando outros conflitos pelo mundo para saber que não é só ele o injustiçado ou pegaria em armas para explusar o invasor?
Usurpação romana, árabe, otomana ou européia da Judéia, camarada?
Pergunto de forma invertida ao colunista anti-antissemita: vc defende a palestina livre na mesma proporção que diz defender os uigures e os armênios? Ou como todo o mundo defendeu a negritude do apartheid sul-africano? O argumento tá no âmbito da falácia: para não enfrentar o problema, cria espantalhos. Palestina livre, e dois estados. Isso não é antissemitismo nem muito menos israelofobia. O contrário disso é palestinofobia e defesa do genocÃdio daquele povo
esse é o ponto: não se pode ter duas métricas diferentes para a mesma coisa. O estado de Israel massacra civis palestinos há 70 anos. Chamar um lado de terrorista, e o outro não, é casuÃsmo e desonestidade
Massacrar civis é um argumento válido na sua opinião? É isso?
O articulista parece... transtornado. Calma moço. Longe de ser antissemita, senti-me ofendido por tanta bobagem. Falta de raciocÃnio lógico nesse autêntico "samba do crioulo doido". Após essa brilhante peça intelectual, a banca da sua defesa de doutorado em Portugal deve estar arrependida...
Ok, cê não entendeu. Há formas menos traumáticas de confissão.
Confundir antissionismo com antissemitismo é má-fé ou ignorância? O articulista ignora que há, mesmo na sociedade israelense, judeus que não aprovam a polÃtica de violação sistemática aos direitos dos palestinos. E quem disse que criticar Israel significa fechar os olhos para atrocidades cometidas por governos de outros paÃses?
Comentário pra la de correto , sintetizando em poucas palavras o que eu tentava mas nao conseguia exprimir. Finalizando e respondendo a pergunta inicial , pra mim é má fé e ignorância misturadas .
Ambos, MaurÃcio. Deve haver uma banca de doutorado em Portugal arrependida...
O que eu espero é que narrativas sobrepostas não apaguem a narrativa de sofrimento dos que não tiveram escolha em uma partilha que lhes envolvia no sentido mais vital e nunca foram ouvidos, alguém decidiu o destino deles. Quem? Uma decisão da ONU. Parece razoável. Razoável pra quem?
Uma doca não: uma dica...
Concluindo: Se você quer fazer uma abordagem geográfica, uma doca: após a I Guerra, o Lago Tiberiedes ficou dividido entre o mandato britânico e o francês; para garantir o abastecimento do futuro estado judeu, as potências fizeram um acordo: do lado francês, haveria uma faixa de uns cem metros em torno do lago que passaria para o mandato britânico! Legal, né? Agora, isto acabou: Israel invadiu e anexou Golã, inclusive o "Mar da Galiléia"...
Adller, a sua aulinha de geografia foi totalmente ociosa: eu sei ler mapas. Pretendeu dizer que o Neguev "não conta" por ser desértico? Pois este foi essencial para garantir o acesso ao Mar Vermelho. Estratégico, não? Quanto a quem iniciou as "hostilidades", não há dúvidas para quem se informou além das narrativas pró-Israel: as milÃcias judaicas invadiram os territórios destinados aos árabes antes da "partilha" vigorar, perpetuando massacres e expulsando centenas de milhares. É a real, lamento.
Falas de mais da metade com o deserto do Neguev. O Estado Judeu seria constituÃdo de duas áreas não desérticas: a fina faixa litorânea (entre a Faixa de Gaza e o litoral Norte) e uma faixa galileia à margem do lago Tiberiade. O resto (faixa de Gaza, litoral de Acre, Galiléia ocidental e o grande planalto central) formaria o Estado Palestino. Sua versão sobre o desencadear da guerra de 48-49 é controversa. Quem iniciou as hostilidades ? Isso dito, os palestinos sofreram e sofrem muito.
Falas de mais da metade com o deserto do Neguev. Da parte que até hoje não é deserto, na partilha da ONU, para os judeus, couberam uma fina faixa de planÃcie litorânea onde, em 1947, eram maioria (acima da Faixa de Gaza e abaixo do litoral norte) e uma faixa galileia à margem do lago Tiberiade. A faixa de Gaza, o litoral de Acre, parte da Galileia e o grande planalto central (a totalidade do que hoje se chama Cisjordânia, a mais densa) ficaram, de maneira justa, para os palestinos.
Só para concluir: As fronteiras de Israel realmente não são as que os israelenses desejavam, pois a ideia sempre foi um território do Mediterrâneo ao Jordão, o que só não aconteceu devido à ação dos novos paÃses árabes, principalmente o Egito e a Jordânia, os tais que a "história oficial" diz que "invadiram Israel no dia seguinte ao inÃcio da partilha". Mas deixa estar, mas algumas décadas de "colonização" e a Cisjordânia vai virar "Judeia e Samaria". A que guerra civil você estava se referindo?
Adller, você descreveu a divisão de um território do império decadente por duas potências coloniais, de acordo com suas conveniências. Foi conveniente ao Império Britânico que nesse território fosse criado um estado judeu - os árabes da região que se virassem! Após mais 30 anos de imigração eles conseguiram totalizar um terço da população, mas ficaram com mais da metade da "partilha" da ONU e invadiram o território dos árabes antes do inÃcio da sua validade, expulsando centenas de milhares.
Nenhum dos paÃses da região decidiu suas fronteiras da maneira que você deixa entender, isto é, ouvindo os povos. Estavam sob domÃnio otomano. Com o colapso da Sublime Porta, tiveram suas fronteiras traçadas pelo tratado Sykes-Picot de 1916, confirmadas pela Liga das Nações. Houve quem nem Estado receberam: curdos, druzos, etc. Pode-se dizer que nossas próprias fronteiras não foram o fruto de escolhas do povo. A partilha da ONU foi um remédio falho a 20 anos ou mais de estado de guerra civil.
desculpem, meu português é horrÃvel, mas tenho humanidade. Sei, como muitos outros o que é sofrer as dores do mundo. Não é com este tÃtulo rasteiro na coluna que vai rotular quem está neste momento, nesta altura da vida, descobrindo a desumanidade do povo que se auto denomina escolhidos de Deus. Talvez o senhor seja daqueles que lava a criança e joga a água com a criança fora, talvez. Ps. Gosto dos teus textos.
... eu gostei da parte do texto que fala: ...talvez o senhor seja daqueles que lava a criança e joga a água fora Junto com a criança ....'!!! ...legal!!! Eu vou pegar esta ideia para mim!!!...
HorrÃvel esse artigo! Tendencioso ! Condenar Israel pelo massacre contra o povo palestino não ANTISSEMITISMO, assim como não é o ANTPALESTINISMO criticar o ataque terrorista contra Israel. Esse cara não bate com o juÃzo...
acompanhei as mortes no Iemem e em tantos outros lugares onde bombas a um custo milionário matam pessoas miseráveis e com fome. A palavra antisemita pode ser compreendida nos livros infantis com a prensença da bruxa ou mesmo do grande e maravilhoso Shakespeare e o seu Mercador de Veneza, que trouxe Al Pacino vivendo Shilock. Podemos fazer analogias, ao invés do judeu, Shakespeare colocaria um palestino, ou quem sabe, um negro, no fim, naquela época seria a mesma coisa. Não hoje. Hoje não!
Acho que tem mais caroço neste angu. Estou muito comovido porque milhões de pessoas estão pesquisando para entender as causas deste conflito. Tem gente que vai até em Ur dos caldeus e vive uma epópeia até chegar nos dias atuais. Descobrem palavras novas como sionismo, diáspora, personalidades como Saladino e Osvaldo Aranha, descobrem etnias, a diferença entre semita, hebreu, judeu, israelita e israelense. Ora, eu mesmo sou daqueles que acompanhei a invasão do Iraque, da LÃbia, do Afeganistão...
Quanta asneira.
A defesa raivosa do colunista do estado de Israel é acusar todos solidários com o povo palestino de antissemitas e de insensÃveis a demais etnias citando vários genocÃdios ao redor do mundo. Isso é admissão do que Israel faz com palestinos. Nós acusamos China, Ãndia, Arabia, etc e Israel de genocÃdio. E na próxima defesa, não faça gritando, colunista.
Papo de antissemitismo ficou ruim. Mas tbm não surpreende. Nos próximos dias veremos muito do arranjo q estrutura a progressão do texto: a crÃtica é desproporcional, logo antissemita; daà a caracterização da crÃtica como desejo de destruição de Israel. Se olhar direitinho, parece q é o Estado da Palestina q vem sendo atacado em seu direito de existir. Vish, já entrei pra turma dos amantes do bigodinho?
O colunista, papagaio de doutrina jornalÃstica unilateral, não cita os eua como paÃs que invade território onde vê interesses ou reprove seus regimes. Usa discursos e literatura para julgar pensamentos distintos aos seus como antissemitismo. Letrado, deveria entender o que acontece na palestina e com o povo palestino sem condenar quem quer dois estados. O Hamas é um grupo terrorista e com terrorista e fascista não há diálogo. Daà a colocar todos no mesmo balaio vai uma distância, diria, secular
Concordo!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
João Pereira Coutinho > Ser um mero papagaio da propaganda antissemita não é destino que se inveje Voltar
Comente este texto