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Marcos Benassi
Xiiiiiii, São Serjão, treta do bem, creio, é qualquer uma que, não estimulando agressão e morte (efetiva ou simbólica), desvie-nos das tretas-padrão incorporadas ao repertório tretífero por força do contexto. No presente momento, p ex., aquelas derivadas de guerra e Bozofrenia. Num güento mais o monotema tretal; em sendo desviantes, tão ótemas. Em defesa do Ruy, devo dizer que na primeira vez que li Fróid, fiquei fulo com o palavrório dos comentaristas de Fróid, especialmente franceses. Putz!
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José Cardoso
Acho que o discurso oral tende a ser mais verborrágico e redundante, até porque muitos na audiência vão e voltam na atenção ao orador, e perdem parte do que é dito. Já no texto escrito o leitor sempre pode voltar a ler, no caso de não estar concentrado ao longo de um trecho. Aí vale a precisão que facilita o entendimento.
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Vinícius Gomes
Um texto sobre qualidade de escrita deveria, por princípio, evitar metáforas rasas e generalistas como "como num solo de heavy metal em que a técnica do instrumentista deve ser mais apurada quanto mais barulho ele fizer".
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Marcos Benassi
Vinícius, prezado, a metáfora é precisa: se fizer barulho sem técnica, não é Metal, é Punk.
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Irene Maria Paulino Ribeiro
Sou mais Ruy.
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Maria Helena Chagas
Quem dera todas as tretas fossem desse porte e desse nível....
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Ricardo Arantes Martins
Obrigado pela matéria.
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Alcides Castro
Para leitores distintos, estilos diferentes, desde que tenham qualidade.
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Carlos Oliveira
Rolando Lero já dizia ao seu amado guru que lhe desse mais pistas, mais palavras para que captasse a mensagem. Outrossim, Professor Raimundo tinha perguntas laconicas. O importante é que cative a platéia. Mas, porém, todavia, contudo, pessoalmente, gosto de texto enxuto.
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Graça Sette
Tanto o soneto Ora direis ouvir estrelas de Olavo Bilac qto Stop de CDA são maravilhosos Assim como Vidas Secas ,Os sertões de Euclides e Grande Sertão de GR. E me pareceu que RC se referia mais esoecificamente a textos jornalísticos.
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Pedro Luis S C Rodrigues
Ninguém que escreve no UOL merece ser levado a sério. A comparação é uma ofensa a Ruy Castro.
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Pedro Oliveira
Existe mesmo um pendor ditatorial em certos escritores: não há muito, um colunista defendeu a proscrição de "outrossins" e de "destartes" - conquanto palavras abundantemente utilizadas pelo insuperado Padre Vieira. A questão, parece, é menos as palavras a utilizar, que o bom gosto no utilizá-las. E a intuição de que o leitor terá gosto em lê-las.
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Ricardo Batista
Sim, tem atenuante, ainda mais neste momento da humanidade. Eu nem conhecia o Fuks, fui ler o texto, muito bom! Mas na guerra de estilos, entre o verboso e o lacônico, nós leitores, ficamos com os dois. O que importa é a qualidade, seja na busca da batida perfeita do Marcelo D2, seja no "excesso" de notas do Mozart.
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Marcos Benassi
Ôôô, caríssimo, é também por falta de hábito meu com a música crássica, mas "a batida perfeita" é Crasse A. O que acaba por ser congruente com meu apreço pela síntese defendida pelo Ruy, mas não só: apetece-me bastante a densidade e concisão dum Jânio de Freitas ou Muniz Sodré; em literatura científica, delícia um Johnson-Laird ou um Bandura. Nada como uma página que vale por três, ainda que ao custo de quatro leituras. Todavia, gosto é gosto, né não?
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Graça Sette
Perfeito.
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José Antônio
Folha, não está funcionando o seguinte: ´´E-mail enviado O email para jose21xxxx@gmail.com - sobre a página já está a caminho! - x - Mas não chegou.
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