Ruy Castro > Pegar ou largar Voltar
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Uma das ideias é driblar a concorrência. Dificultar a comparação por parte do consumidor. Para isso, em vez dos peixes por exemplo terem os preços por kg, tem por 800, 900, 500, ou 400g, que são os tamanhos das embalagens.
Jove Bernardes, no Youtube há um vÃdeo (Jewish grandmaÂ’s 19 brilliant pieces of advice) em que uma senhora denuncia a mesma discrepância entre o preço da prateleira e o cobrado no caixa do supermercado. Ela já descobriu uma diferença de 14 dólares em favor do supermercado.
Os panetones, que a cada ano chegam mais cedo, também estão menores e mais caros. O antigo 500g agora tem 400g. A marca Bdc que domina o mercado vai acabar transformando o panetone (que já existe no formato mini) num bolinho Ana Maria. Mas pode ser que a Bdc seja tbem responsável pela fabricação do bolinho A M e tbem das bolachas ou biscoitos da Tostines, e da Piraquê e tbem da... Enfim vai saber. Tá tudo dominado pelos fundos de investimentos. Estamos lascados.
Na mesma proporção da tecnologia farmacêutica, os remédios entraram numa barafunda de distribuição capitalista. Se você quer comprar uma pequena lista de medicamentos, vai ter cada um deles verificado em preço por benefÃcio de laboratórios, de convênios ou promoção da farmácia de acordo com o seu CPF. Tudo isso pode demorar meia hora ou mais até se conseguir sair com uma sacolinha. Porque não um único e justo preço estabelecido para todos, sem privilégios e sem demora?
De tudo isso, meu caro, marvado mêmo é a farmácia: pra que anunciar o tal "preço cheio" (em si, uma fraude, mai vamo em frente)? Credo, é pra vender um antidepressivo junto? Agora, quando atinge bolacha ou o sorvete, chamam de Shrinkflation, algo tipo Encolheflação, né não? Já a prestidigitação farmacêutica, acho que é pppiicaretagem mesmo.
Quanto ao adoçante, não tenho problemas. Simplesmente não uso. Sou viciado em açúcar, mas como quero usá-lo toda vida tenho diminuÃdo.
É a reduflação. Um tipo de inflação que aumenta os preços sem aumentar os preços, mas reduzindo a quantidade do produto. Você paga o mesmo por menos. Negócio da China pra indústria, péssimo negócio pro consumidor.
É.nesse sistema fraudulento que se adora viver!
E o papel higiênico? Em tempos tão escabrosos, reduzir a metragem, é um lesa pátria.
Há um outro golpe sendo aplicado pelos supermercados. É muito frequente o preço cobrado no caixa ser superior ao fixado na prateleira.
Iche, eu achei que fosse só um supermercado esperto aqui da esquina de Ceará com Aimorés, no Funcionários. Parei de comprar lá quando percebi que os "erros" no preço atingem de 3o% a 4o% de tudo que eu compro, em todas as vezes. E olha que coincidência!., Ioo% das diferenças de preço que há entre o que está marcado nas prateleiras e o que aparece no visor do caixa é em favor do supermercado. No começo eu reclamava, depois eu saquei o que andava rolando.
Pronto! Politizaram a coluna... O cineasta Mikhail Kalatozov contava que, ao filmar em Cuba nos anos 60, surpreendeu-se com a leveza dos móveis de seu quarto. Isso porque, num regime de economia planejada como a então URSS, os "burrocratas" impunham cotas de produção em toneladas para tudo, fosse trigo ou móveis, carvão ou geladeiras, a serem batidas ano após ano. Para evitarem uma estadia indesejada na Sibéria, a saÃda dos gerentes das fábricas era fazer produtos cada ano mais pesados...
@ Marilza, por favor, veja um comentário abaixo em que o colega elogia os chocolates europeus. Serão mais humanos os capitalistas da Europa e mais cúpidos os daqui? São todos iguais, lá ou aqui; a diferença é a sociedade onde vivem, capaz ou não de pôr um freio em sua ânsia por lucros e proteger o consumidor. O capitalismo é o único regime que permite esse controle enquanto no socialismo, a "burrocracia" é a base do sistema de governo e o cidadão nada pode contra ela.
Ou o burrocrata ou o patrão privado, a mesma empulhação a ser paga pelo consumidor.
O Patão amarelo dizia que não iria bancar o pato. Ele não, mas o povo, infelizmente, sim! Abaixo o(a)s camisas amarelas!
Esses mesmos patos e marrecos amarelos golpearam geral pois a gasolina estava na casa dos 2 reais, hoje reclamam pois está na casa dos 5. Eles só foram felizes quando estava na casa dos 8.
A prática de mudar o nome do produto e/ou diminuir a quantidade pode ser chamada de reduflação, ou seja, diminui a quantidade mas o preço continua igual. Isso cria uma falsa estabilidade de preços que, por sua vez, edulcora os Ãndices inflacionários. Assim, como diz um samba antigo, "falta um zero no meu ordenado" (Ary Barroso, 1947).
Há alguns anos existia uma brincaeira aqui no rádio do Rio sobre o Saco: serviço de atendimento ao consumidor otário. O único poder que o consumidor te é quando não consome.
É pegar ou largar.
Desde antes da pandemia a industria já vinha reduzindo gradativamente o tamanho das mercadorias, biscoito de 200 g para 160, caixa de bombom de 400 para 250g , requeijão de 200 para 180 g. leite em pó de 400 para 360 g, cartela de ovos de duas duzias para 20 unidades e centenas de outros itens, Pior, nao tem para quem reclamar
O litro de óleo de cozinha no Brasil tem 900ML, mas é um litros.
Estive na Califórnia no inÃcio do ano e uma moradora reclamou da redução dos produtos das embalagens, que diminuem, mas continuam com o mesmo preço. Será uma invenção do capitalismo selvagem que vivemos ?
Bem- vindo ao capitalismo.
Esperamos que a prática da ¨redução de conteúdo¨ em prol da manutenção do preço não seja adotada por esta gazeta na coluna do Ruy. LamentarÃamos apreciar seus comentários em espaço ainda mais exÃguo, incompatÃvel com sua verve literária.
Hahahahah, ótemo! Aliás, péssimo!
... os anhangueras-sugar-daddies-produtores-industriais de anhangueras-broadcasing-sugar-babies dominam geral, batem, chicoteam,..., e compartilham suas sugar-babies com os seus compadres!!!... E todos operam os Sistemas pega-ouro puxa-escravos, no silëncio e no invisÃvel!
... anhangueras-produtores-industriais e seus gerentes de pojectos e de productos operam os Sistemas Pega-Puxa ( pega-ouro e puxa-escravo), pessoal!!!... A Inovação de operadores de sistemas de escravidão é muito criativa, no invisÃvel!!!
A picaretagem corre livre no paÃs; não há um órgão governamental minimamente decente para fiscalizar os picaretas. Somos todos reféns.
É o tão preconizado estado mÃnimo.
Quando alteraram o peso da lata de Neston de 500 para 400 gramas, liguei para o tal SAC. A moça que atendeu disse que foi a pedido dos clientes. Dei uma gargalhada e desliguei. Fazer o quê?
Solidarizo-me em silêncio com o papel que você cumpriu, Francisco, meu correto irmão. Sim, eu também já fiz isso. Sim, e fiquei vermelho de vergonha com o aparelho na mão ao ouvir semelhante resposta. Sim, eu também ri. Histericamente.
É tal do capitalismo que permite aos publicitários morarem no Leblon.
Imagino a frustação do Ruy por ter um espaço definido para sua crônica. Sim, porque se fosse discorrer sobre todas as sacanagens a que estamos expostos hoje, ia precisar de páginas do jornal. Se levarmos a sério as propagandas veiculadas, ou que se intrometem na sua leitura, a coisa ficaria ainda mais escandalosa.
É o pegue e pague atual.
A barra de chocolate hoje não contém cacau, mas manteiga de cacau, lecitina de soja, e outros ingredientes. No Brasil, mesmo as barras que marcam 60% ou 70% de cacau, ninguém fiscaliza p/ comprovar. Paises da Europa dá gosto comer barrinhas de chocolate que contém cacau. Detalhe, eles não plantam e nem produzem cacau, só importam e comercializam, e a fiscalização funciona quantos % é obrigatório de cacau.
Politizaram a crônica.
Diga-se de passagem que, quanto à cloroquina e ivermectina, os 074ri0s foram suficienteme avisados de estavam entrando em uma rou b 4 Da. Quem sofreu foram os pacientes que realmente necessitavam dos medicamentos (malária, parasitoses e outras afecções de menor incidência).
E o lucro exorbitante da indústria e comércio de hodoxicloroquina e invermectina, durante a pandemia Covid-19? Lembram do Kit primeiros socorros para carros? E da obrigatoriedade de extintores? E das tomadas de 3 pinos?
DelÃcia de crônica!! Risos e aplausos!
Parabéns. Exatamente isso. Aproveito para clamar (nem pedir) que pessoas ou órgãos públicos coloquem ordem na terra de ninguém das farmácias. Medicações, o bem mais precioso particularmente dos idosos, virou moeda de troca dos seus dados. Descaradamente preços dobram ou caem pela metade se usar laboratório, plano de saúde, aplicativos, etc. Uma vergonha.
muitas empresas mudara o peso do produto, após a pandemia, lucrar com a desgraça do outro.
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