Priscilla Bacalhau > Educação não pode depender apenas de vocação Voltar
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Soma-se ainda a excessiva atividade burocrática realizada fora do horário de trabalho e que deveria ser feita por outros profissionais (parece que trabalham contra o professor dentro das escolas); cidadãos e cidadãs que têm falhado miseravelmente no papel de pais e mães, não ensinando absolutamente nada aos filhos que chegam às escolas sem referência alguma(pq ainda têm filhos?) e agora o covarde ataque ideológico da população extremista que elegeu o professor como inimigo da sociedade.
Muito bom o artigo! Mas o desafio é tão grande que a impressão que dá é que poderiam qualificar todo o professorado brasileiro em Harvard, que mesmo assim ainda seria difÃcil combater esse caos.
A questão é muito mais complexa do que "salários". A questão é a participação da comunidade na gerência da educação. A grande massa de professores é alienada. Ouvi de uma jovem alemã que o problema da educação lá é que as pessoas entram para a carreira devido às vantagens materiais oferecidas e não por desejo de ser professor. De fato, a formação da maioria dos professores é precária, o que piora a situação.
Uma boa parte das profissões no Brasil são mal remuneradas. Acredito que, diante de tantos desafios que prefeituras e estados enfrentam, de fato, é impossÃvel valorizar somente o professor, enquanto salário. Embora a Educação deveria ser a prioridade. Acredito que os governos poderiam oferecer benefÃcios: compra de imóvel subsidiado, isenção de imposto, melhora dos valores de vales alimentação e refeição, entre outros. Já melhoraria bastante.
Somente a Educação, imitando a Igreja Católica, é que acredita em vocação, inclusive de muitos que não a tem. Fora o discurso clichê: "Trabalho por amor". Apesar da minha mediocridade, há mais de 41 anos que trabalho, às vezes com amor, às vezes não, mas pelo salário. Até 2015, quando aposentei pelo estado, dava mais de 60 aulas semanais.
Reportagem deste mesmo jornal acerca dos salários médios no Brasil em profissões de nÃvel superior colocam os docentes em último lugar com os menores salários. A falta de respeito com que a educação é tratada no paÃs está demonstrada nos salários baixos, mas também na ideia de que a pedagogia é a ciência do amor e do cuidado e que, portanto, não há parâmetros cientÃficos a serem observados. Tudo é mais importante que a consideração pedagógica no processo ensino-aprendizagem.
Da maneira que está estruturada, a carreira de professor atrai sobretudo estudantes de “classe média baixa” (eufemismo para pobres), com formação educacional deficiente (oriundos de escolas públicas), que não conseguem, ou nem tentam, ingressar em cursos mais concorridos nas melhores universidades. Como precisam trabalhar, optam pelo EAD em faculdades caça-nÃqueis, “fábricas de diplomas”. Para muitos, é a única possibilidade de ascensão social.
Excelente! Parabéns! O nosso problema é de origem: a maioria saÃmos da zona rural, que o meu caso, e das periferias e de famÃlias com grande pobreza intelectual, que, acredito, é pior que a "pobreza" socioeconômica.
Quanto mais se fala de educação, mais o professorado e a educação em geral são piorados. A nova reforma do ensino médio e a expansão de cursos EAD são o oposto do que é propagado! Os governos anteriores disseram que a educação é prioridade e depois de terem propagado essa grande ideia, eles a desqualificaram expandido cursos EAD.
E antes q me apedrejem: raça e genero sao importantes. So nao podem ser pano de fundo
Artigo irretocavel. Assunto maxima importancia. Viu q nao precisa falar de raça e genero? Parabens
Precisa, sim. Olha ela e ele aqui nos comentários.
Seu artigo toca em pontos essenciais para o magistério. A baixa remuneração dos professores, sobretudo do ensino médio, é motivo para afastar muitos profissionais da carreira. O argumento é sempre o mesmo: magistério é missão e não profissão. Balela. O EAD veio para desqualificar todas as profissões. Ensino de baixa qualidade. Só é bom para enriquecer os donos das escolas privadas de nÃvel superior. Calamidade
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