Queria que sua pergunta retórica fosse um genuíno espanto pela barbárie que esta entranhada em nossa civilização.

O amor pela violência induz ao contrasenso, basta haver violência para faze-lo gozar no ato! Tanto faz se é amigo ou inimigo ou indefinido, o ato violento se justifica por si. Seja para matar criança, ou matar após te-lo submetido a atos de barbárie, melhor ainda. São grosseiros, estes estúpidos, e esta é uma ocasião de júbilo para esses inebriados pelo mal.

Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.

Enlouquecemos nada. Estamos apenas agindo como humanos.

Perfeito! Não sou obrigado a escolher entre 2 lados. Condeno a crueldade e a ignorância, que só produz mais ódio e terror. Entre uns e outros, fico com a paz e a vida.

Maravilhoso Pratinha

Não! "As pessoas" não "enlouqueceram". Elas estão ficando cada vez mais burras mesmo! A ideologia das redes sociais é a burrice. E parece que vem sendo incorporada na realidade dos lugares que antes eram o espaço do pensamento crítico, pesquisa e ciência. Doença da rede social? Não! Doença da rede neural.

Pô, essa coluna foi quase um abraço na alma. Vi influencers e pessoas próximas preocupadas em achar primeiro o "lado certo", para depois emitir qualquer opinião (seguindo as opiniões do "lado certo"), quando seria preciso antes chorar e lamentar pelas tantas vidas inocentes nos dois lados dessa guerra.

"Foram as redes sociais que nos jogaram neste fosso, incentivando um binarismo tacanho? Ou é esquerda ou é direita. Ou é colonizador ou é oprimido. Ou é LGBTQA+ ou é defensor do patriarcado. Ou é heterossexual ou é um invertido que deve ser curado, calado ou morto. Ou é preto ou é branco. Não existem tons de cinza, e qualquer ato do meu lado está certo, qualquer ato do outro lado está errado." É desse antagonismo q a grande mídia tvs jornais e redes sociais vivem, do recorte ampliado do pior.

Caro Pratinha, não iria comentar, como "há tempos" decidi, também... você escreveu tudo que eu queria escrever ou ler. Suas analogias soaram como as letras das músicas do Renato Russo, quando as ouvi pela primeira vez em 86. Aquelas coisas que a gente pensa intimamente e vem um poeta ou escritor e traduz, quase com exatidão. Despreocupa ou conforta saber que "às vezes, o que eu vejo", tem mais gente que vê.

Contudo, depois de ler sua coluna saí para dar os meus 2 mil passos diários até o empório para comprar meus 5 pãezinhos de queijo e 3 pãezinhos de sal... o tal francês. Andava "distraído" com o cabelo "solto ao vento", pelo túnel formado por grandes árvores que refrescam estes dias "de Sol" aqui em BH, ouvia "tranquilo e contente" as maritacas tagarelando sem parar, mexi provocando o cachorrinho, que na sacada do prédio latia e rosnava, cumprindo sua função tática para fazer jus à ração.

Eu queria dar algum sentido para ele naquele dia. Seguia...

No entanto, vi que bem à frente, no mesmo passeio surgiu uma moça, e antes que fosse agredido mais uma vez pela histeria psicótica que tomou conta da sociedade, atravessei a rua para o outro lado, o passeio oposto ao dela. Quando ela colocou o dedo no gatilho do seu movimento corporal bélico, levantou os olhos e percebeu que aquele "monstro", já havia escolhido "mudar da calçada".

Frustrei talvez a sua performance ou tentativa de exercitar aquilo que se tornou o esporte predileto das adoecidas e adoecidos pelos recortes da mídia/tvs/rádios/jornais, redes sociais, acadêmicos, ismos e istas.

Hoje consegui voltar para casa sem ser agredido, consegui me defender. Depois de tomar meu longo e prazeroso café, resolvi comentar. Afinal "hoje o dia é tão bonito / Já estamos acostumados / A não termos mais nem isso". Mas pode ter certeza, por mais que eu goste de cachorro, eu não vou arranjar nenhum cão para prender no ap. e usar como passaporte para andar pelas ruas sem ser agredido pelos psicóticos ou psicóticas. "Há tempos são os jovens que adoecem / E há tempos o encanto está ausente".

Pois é. O papel de quem não está diretamente envolvido num conflito é analisar com equilíbrio e racionalidade os fatos e serenizar os ânimos dos contendores, cegos de fúria. Isso vale tanto pro cotidiano quanto pra uma guerra.

Sinto a mesma coisa (apenas uma correcao: a decapitação de bebês pelo Hamas é mentira, assim como as babás de fuzil do Hamas são pura propaganda).

Sim, enlouqueceram. Vivem nos celulares, espalhando ódio e likes.

Para os Ignorantes e psicopatas que seguem uma cartilha a resposta é "SIM"

Não enlouquecemos não. Sempre fomos assim. Maldade em carne, osso e pele. Só que agora nos deram megafones e recebemos "agrados" quando gritamos nossas imbecilidades.

Sim, Pratowski. A conclusão, em forma de pergunta, é correta. Qual a surpresa? Cabamo de ver o quadriênio que acaba de acabar, sem acabar direito.

Ótimo texto. Frente ao horror e ao complexo, são respostas mais que banais e binárias o que mais temos visto nas redes sociais. Entorpecimento do pensamento.

Ótimo texto. Frente ao horror e ao complexo, são respostas mais que banais e binárias o que mais temos visto nas redes sociais. Entorpecimento do pensamento.

Baita texto, Prata! Penso igual. É a banalidade do mal.

Penso igual, faz tempo. Obrigado por expressar minha perplexidade... Parabéns pelo texto!

Perfeito!!!

As pessoas se desumanizaram também pelos algoritmos.

50 dias de silêncio, porque não é jogo: e já comecei. Agradeço.

Bravo! A que a internet nos reduziu. Em pleno século XXI os conflitos ainda são solucionados pela lei do mais forte, da violência, das armas, da barbárie. Na maioria das vezes os massacres, as guerras, as derrubada de governos legitimamente eleitos, as ditaduras são impulsionadas, impostas, comandadas pela ganância econômica das grandes potências. Ficam, as torcidas organizadas, aplaudindo, digladiando frente ao horror. Tem dó!

utilizo meu celular como telefone, leio bastante e não vejo nada na globe há dois anos, e rezo a deuses de todos os panteões porque qualquer dia, em conjunto, os deuses se enchem o saco da gente e acabamos todos, tenho a ideia de que o planeta vai ficar bem melhor sem nós

Excelente crônica/desabafo. Também estou desiludido com tudo e com quase todos.

Excelente texto sr. Antônio Prata, apenas uma consideração, as pessoas não enlouqueceram ou foram mordidas por cães raivosos, somos assim desde sempre, com raras exceções, o poder das redes sociais apenas aflorou o já sabido.

As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de incultos que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles que ficassem calados, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel. Umberto Eco.

E houve quem dissesse que iríamos sair melhores depois da pandemia.

“As redes sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel” Umberto Eco

Sim, meu caro, enlouqueceram, devido ao relativismo insano das redes sociais, esses tentáculos presentes em cada meandro de nossa existência e que não existiam há vinte anos. Além de liberarem a palavra para todos e qualquer um, elas permitem replicar e multiplicar indefinidamente, o falso, o verdadeiro, o que dá na telha. Cada um recolhe a meia dúzia de rótulos que lhe convêm e assume seu lugar na grande confusão. Só conheço uma pessoa totalmente sã no meio dessa zorra toda: eu mesmo.

Antes dos ataques, grande parte da população israelense há meses fazendo protestos seguidos contra Netanyahu que, golpista como Nero, quer emparedar a Suprema Corte. Agora, essas pessoas são obrigadas a engolir o premiê que vai aniquilar Gaza. Elas não devem apoiar isso pois sabem que ele é o culpado pelo que acontece, como seus predecessores, que não aceitaram acordos de paz e encheram de colonos os territórios palestinos. Nenhum bebê morreria se um algum acordo fosse respeitado.

Tá fácil escrever na Folha, hein? Só obviedades...

Prata como sempre com seus textos que valem ouro. Arraso! Um adendo: O próprio exército israelita já classificou como fake:“bebês degolados por adagas do Hamas.”

No meu primeiro comentário, disse que os leitores mostravam um coerência digna da maravilha escrita pelo Prata. Mas, revendo a totalidade das postagens, percebi que fui otimista de mais rosnados e ranger de dentes estão de volta…

Até que enfim um oásis de sensatez em meio a tanta irracionalidade odienta. Texto irretocável, maravilhoso, Prata!

Boa coluna. A radicalização realmente está em níveis absurdos, mas a internet é só o catalizador, não a causa. A causa está na coluna de hoje do Helio Schwartsman: identitarismo

Esse foi o texto mais sincero e lúcido que li até agora nesse jornal.

Num mundo com 1,6 bilhão de muçulmanos a limpeza étnica programada na Palestina está indo longe demais e qualquer desatenção faça não pode ser a gota d’água

Não é que enlouquecemos. Na verdade a gente nunca bateu assim muito bem do coco. Império Romano, varrendo do norte da África à Mesopotânia, (eu pensava que era assim quando pequeno, que se falava); Invasões árabes e cruzadas. Conquista da América, todos nós, filhos de um genocídio. Marcha para Oeste, escravidão na Amazônia orrracheira. Canudos, Contestado, Caldeirão. Duas guerras mundiais, mais os mortos pelo comunismo e pelo anticomunismo. A gente não bate assim muito bem do coco.

Texto irretocável... Parabéns!

Prata, você tem razão. Mas essa loucura que vc está apontando já vem de longe, apenas os acontecimentos de 7 de outubro tornaram isso mais evidente (a que preço!). O pior de tudo é que não estou vendo ninguém cair em si, ter um "ataque" de consciência. A humanidade está gravemente doente e não vejo cura no horizonte. Pelo menos isso agora ficou óbvio para "as partes da esquerda que não são desmioladas", desculpe, mas uma raridade.

Sim, elas enlouqueceram. Bom texto.

Perfeito o texto, quem nao o entendeu, achou que vc estava validando um lado, é porque sofre do mesmo mal, ou simplesmente não sabem interpretar um texto.

Na luta antiterrorismo vale saber o que de fato, acontece, antes de escrever qualquer coisa.