Vera Iaconelli > Ninho vazio e outros bichos Voltar
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O meu primeiro filho voou para sempre.
Maravilha ser velha!
Mas que baita texto!! Deixa a gente mais humano no meio dessas barbáries.
Que texto lindo e generoso!
Que crônica excelente! Obrigado por me brindar com esse texto. Penso na minha filha, hoje ainda um bebê, mas que já me dói ver as etapas ficando para trás. "É um acerto de contas com a finitude".
Obrigado por esse texto tão forte.
Caminhado a passos largos para a segunda saÃda aqui de casa, e agora mais cedo ainda. Mas usamos todos os artifÃcios e as vezes dramas para evitar culpas se algo errado acontecer, entretanto, é sabido estatisticamente que vai dar tudo certo para a maioria. à mim cabe criar uma base barata pra eu viver, e poder babá-las quando elas acharem que é hora de estarmos juntos. Voem minhas filhas.
Bom demais. Em algum momento, mais para o fim, sua crônica me fez lembrar um pouco aquela música, "Espelho", que o Paulo César Pinheiro e o João Nogueira conceberam. Depois o Diogo Nogueira também cantou/realizou essa quase que 'profecia' de seu pai. Mas é muito bom ter história para lembrar/contar e "Viver Mais" (essa é do rafael dielos), para ter mais e outras histórias, porque "Eh, vida boa [...] Eh, vida à toa [...] Eh, vida voa... Vai no tempo, vai... Ai, mas que saudade!
O meu filho ainda tem 7 anos, mas sei que o tempo passa rápido e que tenho de aproveitar as dores e as delÃcias da maternidade. Fico curiosa pela pessoa que ele irá se tornar com a criação que estamos dando.
Amei esta coluna! Vera sempre nos fazendo refletir sem concessões para subterfúgios. É por esta razão que não perco uma coluna.
Estou ainda na fase da “ onipresença desses hóspedes preguiçosos, demandantes e injustos que chamamos de filhos”. E confesso que embora saiba que sentirei a ausência, não vejo a hora de que voe e me deixe ter mais tempo para minha própria vida.
"Pelo cordão perdido, te recolher pra sempre, à escuridão do ventre, Curuminha. De onde não deverias nunca ter saÃdo."
O problema, Maria, é que quando eles se vão, estão numa fase super bacana, 18 aninhos, já não tomam seu tempo, te fazem companhia em programas mais adultos, ajudam em casa, já passaram a fase crÃtica da adolescência... Vai por mim, a gente tem vontade de rebobinar a fita até metê-los de volta no útero.
Excelente. Mas acho que voar não significa abandonar, romper. Quem tem asas pode também voltar. A resignação em relação à perda do valor famÃlia enquanto afeto a ser cultivado é uma marca do individualismo contemporâneo extremo.
Sem dúvida a dor de quem fica deve ser imensa, assim como, muitas vezes, a culpa de quem vai. Isso pode explicar haver casos numerosos em que essa separação "saudável" não consegue acontecer. Por alguma razão, aquela famÃlia não conseguiu se dissolver para gerar outras... Mas esse seria um tema para outra coluna!
Esqueci de dizer q sou divorciado a uns quinze anos .
Não falo com o meu vai p dois anos. Q seja feliz.
...sensacional, parabéns por mais um texto que "cola" , como se eu mesmo pudesse escrevê-lo!. Se entendi tudo direito(duvido), melhor eu começar a rir de mim mesmo...hehehehehehe.
E como voam! Voam como voávamos antes da chegada deles. Daà lembramos das asas que esquecemos em algum canto, fazemos uma recauchutagem e reaprendemos a voar. Bora!
Nossos filhos já voaram há muitos anos mas, até hoje, o silêncio da casa bate forte no coração! Sem roupas pelo chão, sem toalhas molhadas, sem as festas barulhentas e muita, mas muita saudade! O que nos consola é que todos os três foram para BrasÃlia. Então, quando vamos para lá, conseguimos ver filhos, netos e noras ao mesmo tempo. Na volta, o silêncio nos espera já no aeroporto...
Ótimo artigo, Vera. Esse ano uma filha bateu asas e a dor é trucidante, análoga a um luto. Me deparei com muitas emoções intensas e inesperadas e me vi na necessidade de me reinventar, como você colocou.
Crônica forte e realista. Passei para os filhos adultos e com filhos.
Subscrevo-me ao seu protesto. Quanto à morte e ao tempo, assim como a natureza, penso que só nos resta contemplar e extrair seus ensinamentos. E o vazio é cheio.
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