Putz! Biográfico pra mim esse texto. "Faço poesia pra ressuscitar", diz um verso meu.

o poeta Manoel de Barros diz “Ao escrever, o menino descobriu que podia ser noviça, monge e mendigo ao mesmo tempo". Miriam nessa coluna nos presenteia porque ela não usou tinta, usou o sangue da sua alma, e como Anzaldúa ela nos salva da complacência do mundo que nos rodeia.

Bacana! Que as pessoas sensíveis e capacitadas, escrevam, pois quem ler creio eu, salva suas vidas também! É lendo que sabemos que a vida não é difícil só pra a gente... Melhor do que ir as igrejas ouvir charlatães...

Justa Lerda, que lindeza, Mirian querida e forçuda! Lembrou-me do "Cartas a um jovem poeta", do Rainer Maria Rilke, que cê podia indicar pra mocinha também. E do meu amigo Escritor, Rodolphe Roldan-Roldan, que o faz pelos mesmos motivos que você - e se denomina "um animal literário". Nascido espanhol, de origem Basca, foi contrabandeado pro Marrocos ainda criança, pra se encontrar com os pais, fugidos do Franco. Apátrida, só no Brasil encontrou acolhimento e nacionalidade, décadas depois.

Escrever é terapêutico. Também amo esse ofício.

Mirian querida, tinha cancelado minha assinatura na FOLHA, decepcionado com a qualidade do jornalismo praticado, ciente que não é exclusividade desse jornal, talvez um sinal desses tempos tão sombrios. Retomei recentemente. O motivo foi você. Não posso me privar de algo tão precioso.

Beleza de texto, parabéns! E ontem à noite, o Profissão Repórter fez ótima e pungente matéria sobre a solidão de idosos. Fiquei conhecendo as agentes experientes, uns anjos. Também há casos de filhos que se apoderam da já minguada aposentadoria dos pais. Bela reportagem, acho que dá pra ver no YouTube. Aliás, há tempos esse é o melhor programa investigativo da TV aberta. E de longe! Pautas importantes sobre nossas mazelas sociais. Merecia mais tempo de duração e um horário melhor.

Querida Mirian! O que você diz é um bálsamo. Me sinto íntima de você por analogia com suas angústias e descobertas. Esse aconchego das nossas semelhanças me dá a certeza de não ser sozinha em meio a esse universo caótico em que vivemos. Vida longa e produtiva a você, ser humano da melhor safra!

Na obra A Voz na Sua Cabeça o neurocientista, professor de psicologia e administração na Universidade de Michigan menciona o ileísmo - a prática de falar/escrever sobre si mesmo na terceira pessoa, em vez da primeira -, mostrando que falar consigo usando o pronome Ele/Ela ou o próprio nome como se fosse outra pessoa é uma forma de distanciamento emocional que ajudaria a controlar os estados mentais.

Mesmo que não tragam respostas, os textos que escrevemos delimitam as perguntas. É como quando parece haver muitas coisas para fazer, e não sabemos nem por onde começar. Quando listamos uma por uma numa folha de papel, vemos que não são tantas assim.

Bom dia. Apenas mudando o verbo escrever para ler, e espero que tudo continue com o mesmo sentido...Nos ajudam a sobreviver....

Que bacana Mirian! Você, sempre, generosamente nos mostrando alternativas, caminhos a serem percorridos para sermos mais humanos, menos egoistas, mais esperançosos. As misérias humanas estão aí no nosso dia a dia e você amorosamente nos mostra as possibilidades de trilhar outros caminhos. Obrigado. Carinhoso abraço. Escrever me ajudou a conquistar meu lugar no mundo, meu trabalho, meu propósito de vida, meus amigos e meus amores.

Um testemunho contundente e uma resposta primorosa. Creio que não só a estudante recebeu um presente. Espero que tenhas longos anos de vida para que teus escritos possam trazer inquietações a muita gente. Parabéns!

Amo escrever. Para mim, é exercício de autocuidado e autoconhecimento. Você, assim como Clarice Lispector, me ajuda a viver melhor. Ela escreveu e você escreve muito sobre mim. Obrigada por compartilhar seus escritos.

Cara Mirian, você está certa. Segundo Jordan Peterson, o grande psicólogo canadense, a escrita nos ajuda a ordenar corretamente nossos (confusos) pensamentos, sendo a maior habilidade aprendida durante a vida. A questão é como bem escrever . Dostoievsky disse que para escrever bem, é preciso sofrer. Estava certo.

Mirian, tão interessante ver-me em ti... muitas coincidências em trajetórias de vidas. E, igualmente, faço da escrita um canal de salvação. E não se trata de fuga; trata-se de mecanismo de defesa mesmo.

A nossa mente é um algoritmo misterioso, que algumas vezes falha; talvez escrever seja um atalho para descobrir essas falhas e alguma ajuda para nos ajudar a mudar nossos comportamentos. Escrever seria uma terapia cognitiva comportamental. Ajuda a salvar vidas preciosas.

Fernando Pessoa dizia que a literatura é uma prova inequívoca de que a vida não basta. E é verdade. Não basta para nada. Por isso escrevo poemas ..Alguns publicados no Jornal Esquerdadiário.

O Aldous Huxley afirmou que palavras escritas são como um raio-x, se usadas devidamente. Atravessam tudo.

Escrever é fazer terapia.