Para mantermos bem viva a nossa tradição do racismo "correto", assumidamente malvadão?

A ideia por trás de ações como essa é a de que, na verdade, tal objetividade meritória não exista de fato, que barreiras oriundas dos preconceitos presentes em nossa sociedade dificultem, em muito, as oportunidades de pessoas qualificadas sim, mas em clara desvantagem. Óbvio que provavelmente sua argumentação dá a entender que não acredite nisso

Na realidade, ao menos no Brasil, mas desconfio que em quase toda parte, racismo é muito mais uma questão de fenótipo do que de genótipo... Daí o que conta mesmo é o quanto você aparenta (ou acreditam aparentar) ser branco, negro, índio, mestiço ou o quer que sejam as categorias em que a sociedade "empacota" e classifica as pessoas

Raphael. Concordo. Apenas achei que a Caldas se contradiz no artigo.

Convivendo com pesquisadores negros, percebo continuamente que há um racismo estrutural, que impede o desenvolvimento deles, e pior, des-empodera eles como cientistas de qualidade. Além de tem que mostrar, incansavelmente, que esse lugar pode ser deles. Precisam aguentar uma pressão mental bem maior para não desistir. E depois escutamos discursos meritocráticos... A meritocracia só funciona se todos tem os mesmos direitos e oportunidades desde a base. Se não é a manutenção dos privilégios.