Hélio Schwartsman > Credencialismo universitário Voltar
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"Empregadores não se sentem seguros para decidir se os candidatos a uma vaga têm o conhecimento necessário para exercer o cargo" Qual pesquisa aponta para este evidência? Isto me parece algo inventado para justificar um argumento do que um resultado empÃrico
Eu defendo sim a universidade! A elite econômica brasileira é cada vez mais inculta. Por fim, Olavo de Carvalho se intitula filósofo e Malafaia se intitula psicólogo, sem que nunca tenham passado por formação, vimos o resultado né?
faltou ao colunista oferecer aquilo que alguém chamou certa vez de "compensação dogmática" - ou, em termos leigos, a alternativa.
O diploma trás segurança não só a empresa, mais principalmente ao profissional, VEJAMOS: Muitas profissões como : Jornalismo, advocacia, professores de educação fÃsica, e dezenas de outras, poderia ser exercida por pessoas qualificadas e sem diplomas, desde que o corporativismo das classes não fizesse perseguição. Não vale o argumento de que para ser qualificada tem que ter diploma, pois em muitos casos esta não é a verdade.
Deixa eu entender... Em tempos de pós-verdade, terraplanismo e fakenews o colunista defende o autodidatismo???
Qual o interesse em defender que o diploma pode ser desnecessário? Esse esvaziamento da escolarização é discurso a favor de qual grupo social. Formação fluida para o mercado fluido eles dizem, o que para o pobre se reflete em colocar uma mochila nas costas e fazer entrega de bicicleta. Para as elites, a formação clássica de sempre...
Um professor de biologia de uma universidade brasileira tinha um aluno de uma nação miserável. O aluno não passava em sua matéria, a última antes de se formar. Depois de várias tentativas, o professor perguntou ao aluno quantos biólogos seu pais tinha. Nenhum, respondeu. O professor respirou fundo e passou o aluno. Bom, disse ele, é melhor que seu paÃs tenha um biólogo de m* que biólogo nenhum. Afinal, mesmo um curso superior de b* é melhor que nada.
O Brasil está repleto de motoboys , manicures e vendedoras gê-Quity com diploma de faculdades PPP .
A internet favoreceu o autodidatismo. Acho maravilhoso a oportunidade de ser o protagonista do seu processo de aprendizagem, sem depender da boa-vontade de um professor que foi com a sua cara. Não aprendeu matemática no tempo certo? Vá no YouTube e assista aulas dos temas mais elementares. As provas dos concursos públicos cumprem exatamente essa função que o autor falou no texto.
Tá, vou assistir um vÃdeo no YouTube e operar seu coração.
O problema não é só da extensão do conhecimento, mas da sua profundidade. Extensão, o YouTube dá, mas profundidade, que dá estabilidade, só a universidade. Porque o verdadeiro conhecimento não é o saber como, mas o saber o porquê. Sabendo o porquê, é fácil deduzir o como em situações novas. Essa é a diferença entre um técnico que estudou no YouTube e um engenheiro que se formou na universidade.
Felipe,me formei na UFRJ e fiz mestrado e doutorado na Unicamp, por interesse de seguir carreira acadêmica. Encontrei professores com os quais me identifiquei mais outros menos mas sinceramente não precisei que nenhum deles fosse com a minha cara pra conseguir meus objetivos. Apenas me dediquei dentro das minhas possibilidades. Mas mesmo na Universidade somos nós os protagonistas da nossa aprendizagem. Professor apenas dá norte, orienta. Nós é que realizamos o nosso aprendizado. Att.,
A "obtenção" do tÃtulo de doutor ao concluir um curso superior é uma doença crônica em quem termina a graduação. Uma lástima que se alastrou no paÃs em todas as regiões. Sousa-PB
Quem conclui um curso superior é Bacharel . "Doutor", só após dois anos de Mestrado e cinco anos de Doutorado .
Me recordo bem como era o teatro do aprendizado na faculdade onde cada um se interessaca genuinamente por uma disciplina ou outra mas no geral o estudo era guiado pela pergunta "o que vai cair na prova?". E as 'provas' de um jeito ou de outro sempre comprovavam que a gente de fato aprendeu a responder suficientemente a questões da prova. Claro, daquele jeito protocolar e nada brilhante, mas ei, temos diploma pra provar que passamos na prova.
Em um contexto saudável o ensino institucional serve ou para formar nos fundamentos, ou para sistematizar um conhecimento construÃdo de forma ad hoc. O credencialismo é uma chaga social que serve apenas para manipular sonhadores de um lado, e de outro, para que narcisistas catedráticos mantenham núcleos de poder e estabeleçam gatekeepers ao seu bel prazer referendados pela sociedade por status. Um forma de mostrar-se importante é rebaixando o outro e controlando cada movimento de sua ascenção.
Para comentar sobre assuntos sem ter formação ou conhecimento, já temos a sua coluna.
Em diversas ocasiões, observei que o Hélio pega um assunto, quase sempre instigante, desenvolve-o um pouco, faz uma provocação e para, deixando a impressão de um artigo incompleto. O que ele pretendia em seguida? Propor a abolição do ensino universitário por ser inútil, exceto em alguns poucos casos? Seria interessante que ele levasse essa tese adiante para um debate mais sério. Seria mais honesto também.
Enoque, a colocação do Hélio foi demasiadamente genérica. Ele aproveitou uma série de questionamentos sobre o ensino superior, alguns muito pertinentes, para fazer lacração com algo muito sério. Os problemas devem ser analisados e suas soluções encaminhadas, inclusive levando em conta os novos recursos disponibilizados na internet. Ele preferiu dar a sugestão de um "Vamos acabar com essa porcaria de ensino superior que não serve prá nada mesmo!", mas não assumiu esta proposta.
Não. Ele deixa destacado que alguns cursos não precisaria de diploma.
A julgar pelos comentários, tem um outro motivo-resposta para a pergunta central do texto: por que amacia o ego das pessoas.
Caplan explorou bastante o tema, de maneira até radical demais. Seria um problema menor se o govrno brasileiro não tivesse optado por financiar grande parte desse crdencialismo através da expansão das federais e publicas. Um caminhão de dinheiro jogado fora em um paÃs com sérias carências no ensino básico e fundamental, além de outras areas. Poder público deveria ficar de fora do ensino superior, já está amplamente provado que os ganhos são privados
Sra. Daniela, parabéns pelo esforço. Contudo parece que o bolsonarismo conseguiu infiltrar sua desconfiança sobre cultura e na educação em parte da sociedade. Não sei como alguém pode falar contra a educação universitária quando o Brasil é um paÃs que tem tal débito de profissionais de nÃvel superior em relação a outros paÃses, sem falar em déficit de doutores. Sem isso, não há competitividade em ciência e tecnologia, sem isso só resta mesmo vender bananas.
os alunos das universidades públicas correspondem a 22% do total dos matriculados (essa informação está na matéria que ele cita). A expansão das universidades federais se deu principalmente nas áreas de formação de professores para os nÃveis básicos e fundamentais. Não tem como melhorar o ensino fundamental sem formar professores. Esses alunos não vão se formar em universidade privadas pois o salário que vão ganhar não é suficiente para pagar o financiamento das mensalidades.
uma alternativa que surgiu naturalmente são as certificações feitas por empresas privadas mesmo: Microsoft, Google e outras. Na area de TI tem mais valor que o diploma universitário
a área de TI é uma exceção, pois há gente com todas as formações trabalhando nela.
Pode-se aprender de diversas formas, mas algumas são mais adequadas. Pode-se alfabetizar por conta própria mas aprender a ler na escola e orientada por professore (a)s é bem mais adequado. Sou historiador e alguém pode se tornar um "historiador" ( entre aspas) sem passar pela Universidade. Mas frequentar um curso universitário de história permite aprendizados, discussões metodológicas, reflexões crÃticas muito importantes para uma boa e adequada formação.
Como o próprio Hélio destacou, medicina (e odontologia e enfermagem) são casos à parte, porque são de certa maneira cursos técnicos, que desenvolvem habilidades especÃficas, embora formalmente de nÃvel superior. Mas engenharia realmente está nos livros de matemática, fÃsica, quÃmica para o curso básico. E mesmo nas especialidades, civil, mecânica ou elétrica, também estão neles.
Esqueceu de abordar o papel dos conselhos de classe.
admitir que uma pessoa podia obter uma educação de primeira só lendo os livros certos…Não, quem aceita isso nunca deve ter frequentado uma universidade. Na universidade não só se lê, se discute também sobre o que se lê e se ouvem opiniões diferentes, há um debate. Se uma pessoa só lê os livros e só tem a si mesmo para ouvir, não tem ninguém para apontar-lhe seus próprios erros. Daà é que nascem os Olavos de Carvalho.
nas humanas as discussões são essenciais Conheço algumas pessoas oriundas de cursos de exatas que acham o olavo de carvalho maravilhoso porque nunca passaram por debates sobre os assuntos. Não possuem embasamento teórico nenhum, e se tornam presas fáceis para esse tipo de pseudo filósofo.
Exatamente, difÃcil adquirir pensamento crÃtico, capacidade de discernimento, etc. fora do ambiente universitário de bom nÃvel.
Percebe-se que o colunista não entende bulhufas de educação.
Sr Francisco, universidade sim! Também tenho credenciais de lá. Mas valorizo menos o diploma (o tÃtulo, a credencial) que obtive que o conhecimento que adquiri a partir do método aprendido. Sou mais radical que o Hélio no assunto das credenciais universitárias por enxergar nelas uma substituição, imperfeita, em outro tipo de credenciação que acontecia no passado - o rei nomeava seus condes, duques, viscondes, etc. Tem muito doutor que age como Barão...
Sr. José Ricardo, só o fato de a um aluno ter desenvolvido suficiente senso crÃtico na universidade para fazer uma proposta diferente, e mais que isso, ter sido ouvido pelos seus colegas e pelo, professor, já demonstra que classificar o ensino universitário de credencialista é uma pensamento bem limitado.
(cont.) Faço muitas crÃticas ao Hélio, mas corro pra ler sempre que vejo que escreveu uma nova coluna. É porque ele me instiga a aprender. Não acho que seja merecedor de ser cortado por uma 'lacrada' vazia, ainda mais por quem tem credenciais para colaborar com o debate.
Pelo que aprendi até hoje, Doutor Glauco, o grande patrimônio da Ciência são as dúvidas, as incertezas e a possibilidade de se avançar o conhecimento a partir delas. A carteirada vai em sentido contrário a isso - uma certeza 'certificada', credencialista (com credenciais). Fico me perguntando se, em suas aulas, diante de uma proposição 'diferente' de um aluno, o doutor se empolga e diz "Vamos pesquisar isso!" ou se corta com "Shsst! O Doutor aqui sou eu, você não entende bulhufas!"
Prezada Leila, O fato de ser o colunista mais lido não significa que ele entenda de educação. O falastrão aqui é professor há 20 anos, metre e doutor, docente e pesquisador de uma Universidade Federal.
Ele é o colunista mais lido da Folha, e um dos mais conceituados do paÃs. Percebe -se que o falastrão aqui é vc.
Harvard. Sei
Apesar de tudo que se lê por ai sobre RH, o processo seletivo, os abusos de exigências e a retórica empregatÃcia contÃnua a mesma de sempre, e não é só nesse quesito não.
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