Ilustrada > Por que é difícil refazer novelas como 'Vale Tudo', com falas de Odete Roitman Voltar
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É preciso que as novelas, as séries, mostrem também a realidade. A realidade é, infelizmente, de machismo, racismo e LGBTfobia, de opressão contra o povo mais pobre. O problema é que algumas obras mostravam isso como normal, e não em um tom crÃtico. Quem vê as novelas do Maneco, com suas peruas do Leblon e as empregadas exploradas e felizes percebe. Outra coisa: um livro que amo, "E o Vento Levou" super naturaliza a escravidão, como se negros vivessem bem sob ela. Mas esconder não é solução!
Não é negando fatos históricos , promovendo corte de falas , alterando textos e documentos históricos , mudando marchinhas de carnaval . Proibindo Monteiro Lobato etc etc etc que a história se transformará . RidÃculas manifestações de nonsense !
Correto! Essas atitudes são simplesmente ridÃculas. Ninguém tem o direito de alterar uma obra, consagrada ou não, para torná-la palatável ao público que for. As mudanças na obra de Monteiro Lobato mostram o momento em que o ridÃculo se associa ao perverso para gerar mais uma graninha para os cofres do espólio de ML. O politicamente correto se transformou na mais medÃocre ópera chula dos tempos atuais.
Esse bla bla bla é uma chatice ! Ninguém aguenta essa postura da negritude. Fuja quem puder ! Os estados do Sul/Sudeste tem maioria branca e temos que ficar atrás dessa falsidade ideológica fajuta e sem noção ? Pior que isso só a representação de negros interpretando personagens de nobres ingleses . Nem na ficção isso tem cabimento . Interpretem a nobreza dos povos originários da Ãfrica mas transferi isso para um perÃodo onde vc diária escravidão negra no mundo já é demais .
Que pessoa amarga. Cheio de sentimento de ódio. Vou denunciar o seu comentário.
Seu comentário é criminoso, estou denunciando!
* “ mas transferir isso para um perÃodo onde vc tinha escravidão negra no mundo já é demais .”
Se há uma marca do (previamente) quase inconcebÃvel empobrecimento mental de nossa era, é esse revisionismo pueril de obras de arte, livros, peças e filmes antigos. Ao invés de tomá-los como documentos históricos que são, uma oportunidade de aprender e debater sobre nossos progressos e/ou retrocessos, prefere-se o chavão e ultraje fácil e superficial. Haja hpocrisia e tolice.
A esquerda, assumindo a hegemônia cultural, tornou-se a porta-voz e guardiã de uma nova moral, que substitui a antiga moral conservadora. Casta e puritana, a esquerda diz como as obras de arte devem ser.
Chegamos ao absurdo de o Ministério Público se ocupar com o conteúdo de uma obra de dramaturgia. Isso se chama censura. Filmes e novelas são narrativas e não têm a obrigação pedagógica de educar as pessoas, isso é papel da escola e das famÃlias. Resultado: limitação criativa e novelas e filmes entediantes com diálogos chatos.
Então é pra entreter sem pensar? Entreter reforçando preconceitos e discriminação? A arte tem sim obrigação de fazer pensar em questões: sociais, humanas, cientÃficas. Pelo amor de Deus!
Há que se combater todas as formas de preconceitos. Mas, hoje, existem abusos por parte de muitos ativistas ao quererem escamotear a nossa realidade, que ainda é preconceituosa. Tapar o sol com a peneira não resolve nada. Também há muitos pitis sem necessidade. Exemplo: o bullying. Tive vários apelidos, assim como meus colegas e amigos. Nunca tivemos chiliques por causa deles. Poucos se irritavam com isso. Hoje, não se pode brincar. Costinha estaria preso hoje. O mundo está mais cinza!
Nossa, quanto ignorância. Você acha que é normal então a discriminação, o deboche, a ridicularização de quem é diferente de você? Essas brincadeiras não tem lugar de ser, rir do colega, oprimir, isso é criminoso e felizmente a sociedade tem acordado. Ou você é do tipo que diz que se o filho apanha na escola e não bate de volta apanha de novo em casa? Você nasceu em qual século coronel JesuÃno?
Petrônio, não podemos medir o mundo com a nossa régua. Que bom que vc não teve traumas com o bullying sofrido na infância. Mas muitas crianças sofrem muito com essa prática, que pode levar, inclusive, ao suicÃdio. O que é bom pra mim pode não ser bom para o outro.
É difÃcil fazer remakes como vale tudo porque a novela retrata o pensamento e a cultura da classe média onde o racismo, a homofobia, os vÃcios estavam nas "entrelinhas" dos gestos, frases e escolhas que faziam parte da cultura do "faz de conta". A sociedade nunca quis admitir as suas mazelas.
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