A ironia do último parágrafo é sutil e muito ácida ao mesmo tempo, parabéns!

Sei que é um tema difícil, mas de fato, gostei mais da ilustração!

Aqui no Brasil minha teoria é de alternância entre ciclos populistas e anti-populistas, com duração de 30 a 40 anos. Anti-populismo do início da república à Vargas. Populismo até 64. Anti-populismo daí até Lula 1. Populismo por mais 10 anos?

Por aqui previsões funcionam. No Brasil até o passado é incerto como já disse Tom Jobim.

Já é difícil para os historiadores descreverem o passado ou o presente, que dirá prever o futuro. Gosto do Alessandro Barbero, popstar historiador na Itália, quando diz que a História nem deve ser considerada uma ciência, já que não pode fazer previsões. As ciências humanas em geral, salvo exceções raras, são quebra-galhos meio filosóficos pra lidar com fenômenos humanos e sociais que são complexos demais para abordar com hard-science. Que tem sua validade. Mas não são exatamente ciencia.

O conformismo cordialista é uma caracteristica da cultura brasileira. Mas este conformismo pode esconder ressentimento acumulado pode explodir em movimento difuso, como 2013, cujo resultado pode ser pior, pois a massa é cega e ignorante. Argentina passou por vários desesperos econômicos, políticos,e populistas, mas não aprende. Seu ressentimento acumulado produz cegueira política das massas, para o pior pensando ser o melhor. Neurose histérica de massa e psicose de massa produz o quê?

O conformismo cordialista é uma caracteristica da cultura brasileira. Mas este conformismo pode esconder ressentimento, que acumulado, por explodir em movimentos como 2013, cujo resultado pode ser pior, pois a massa é cega, a voz do povo nunca foi a voz de Deus. Argentina passou por vários desesperos econômicos e políticos, populistas, mas não aprende. Seu ressentimento acumulado produz cegueira política das massas, para o pior pensando ser o melhor.

Talvez o modelo seja o da previsão do tempo, ou seja, instável.

Como tem "João Bidú" nesse Planeta. Futuro? por aqui é fácil prever, Venezuela.

A beleza da História reside nisto, não existem leis que a regem, como a da gravidade, massona métodos que conseguem descrever seu movimento e suas possíveis direções. Gilead é o exemplo disto. A autora, mesmo sem ser historiadora, conseguiu descrever o que acontece com sociedades que se deixam levar pelos fundamentalismos religiosos. A literatura, usando a História , é pródiga nessas previsões.

Eu quero está errado, mas acredito que o fim dos tempos está chegando a galope! A ganância chegou a tal ponto, que até pobres criou o instinto vorás do consumismo. Ou seja: os pobres estão pobre de propriedades, mas não de ambições!

Essa questão dos "ciclos amplos", caro Hélio, lembra-me de um aspecto muito relevante à mudança de comportamento, a contiguidade do reforço/punição pra se obter o efeito desejado. Como com cães, quando um reforçamento ou punição seguem imediatamente ao comportamento, a probabilidade de sua reprodução é aumentada ou reduzida. Ciclos longos dificultam, mesmo aos humanos, a aprendizagem por consequências. Detonamos o meio-ambiente, mas demora a ocorrer o desastre - daí destruímos mais um 'cadim...

Tomara que ele esteja correto, o mundo precisa de uma nova "revolução francesa". A humanidade precisa de uma nova luz para caminhar em frente.

Se por um lado há "rebelião contra as elites" (ainda que quem leve os tiros seja a massa); por outro lado, as massas são levadas pelas seitas fundamentalistas a votar em favor das elites!

A periferia vai tomar conta do centro. Só não se dá conta disso é quem olha para o próprio umbigo.

Que o ocidente, principalmente os EUA, se encontra em fase "desintegrativa" -também conhecida como decadência- me parece autoevidente. Já a tentativa de dar a História carater de ciência exata é charlatanismo mesmo

Me lembrou a "Psico-história", termo cunhado pelo saudoso Issac Asimov, que pressupunha uma abordagem matemática para prever o comportamento de populações no longo prazo.