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Adauto Lima
Quase tudo nesta matéria é irretocável, ou truismo, como prefere o autor. Mas cabe alguns refinanciamento. A negligência nos idosos nem sempre é uma decisão própria deles, algumas doencas e incapacidades levam ao aumento do sedentarismo até de ex-atletas. A falta de cuidados com saúde idem. Há proporcionalmente poucos geriatras e menos ainda os bem avaliados. É uma especialidade com remuneração menor. É comum escutar o diagnóstico desestimulante. É a idade, diz um geriatra ou não. Limites.
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Patricia Cypriano
Como envelhecer com saúde trabalhando loucamente, cuidando de criança/adolescente e dos idosos da família? Como não adoecer com os níveis altíssimos de estresse crônico que somos obrigados a suportar ao longo da vida? Se o 1% mais rico da população conseguir envelhecer bem, é muito. É de um simplificacionismo atroz responsabilizar só o idoso pela forma como ele envelhece. Oxalá a vida fosse assim simples e controlável. Oxalá os impostos que pagamos por toda uma vida nos ajudassem no nosso final.
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Beatriz Leone Constantino
é muito importante desassociar o envelhecimento de doença e invalidez. Boa reflexão
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Alvaro Machado Dias
Muito obrigado pelo seu comentário, Beatriz. É isso aí, envelhecimento não significa doença e invalidez. Essa associação não dá bons frutos.
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EDMUNDO JOSE SANTIAGO
Vou fazer setenta e nove anos em janeiro, com fé em YHWH e só tomo medicamento para hipertensão(nem todo dia) e para o açúcar que controlo num patamar aceitável.
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edilson borges
cicilds, remédio prá pressão, na maioria dos casos, tem que tomar tododia, o resto da vida. muitos tem um efeito rebote onde, na ausência da medicação, há forte tendência a um pico de pressão até mais elevado do que no caso da medicação ser interrompida com desmame. vc arrisca ter um avc. tudo bem que o alvaro é neuro, mas te responder sem falar disso é preocupante.
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Alvaro Machado Dias
Ótimo, Edmundo, que você continue assim!
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José Cabello
Aê Álvaro, finalmente um texto que traz só verdades! E aí? Quando você vai vir visitar a gente em Montréal?
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Alvaro Machado Dias
Olha que eu vou!
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joão moreira
Com os meus 55 anos, entro da fase "descendente" da curva profissional, segundo o artigo. Neste ano, comecei meu doutorado, depois de 23 anos fora do banco da escola. Estou me sentindo rejuvenescido. E dando banho na molecada que, diga-se de passagem, não sabe onde pisa, o que fala, como fala e nem como interpretar algo que não esteja nas redes sociais. Mais fácil de competir, impossível!
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Julio de Almeida
Domigo eu me senti órfão sem essa coluna, bom vê-la hoje. Mas domingo eu tenho mais tempo para ler com a atenção merecida.
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Pedro Luis S C Rodrigues
Como admirador e leitor assiduo da coluna, digo com tranquilidade que esta foi a pior que li. Um otimismo poliana, quase auto-ajuda, enquanto ignora o principal motivo das preocupações com o envelhecimento, as questões fiscais. Independente de uma eventual diminuição dos custos de saúde e do aumento de produtividade em idades mais avançadas, a grande questão é previdenciária, sempre fica atrás da curva desses fenomenos. Vide a dificuldade aqui e na França de aprovar reformas da previdência
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Pedro Luis S C Rodrigues
3) Aumento da expectativa de vida, ainda que com muito mais qualidade e produtividade, não se traduz igualmente em ganhos fiscais se as idades de aposentadoria não acompanharem esses ganhos. O que quis dizer, e por razões similares as suas, a necessidade de concisão dos comentários, falhei foi que o problema me parece mais político que cultural, que na forma como saiu o artigo, me pareceu o principal. Agradeço novamente e deixo clara minha estima. Abs
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Pedro Luis S C Rodrigues
2 - Digo em tese porque, do ponto de vista de uma previdência pública, esses fatores atuam mais na margem, o principal é a idade de aposentadoria. Menos gastos com saúde e mais produtividade na velhice se transformam em poucos ganhos pro sistema previdenciário se as pessoas continuam se aposentando com 60/65 anos e vivendo até 90. Do ponto de vista fiscal, quando a pessoa se aposenta, ela sai da coluna da receita e passa pra despesa, como pensionista. Cont
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Pedro Luis S C Rodrigues
Caro, Alvaro. Muito obrigado pela resposta, fico sinceramente enaltecido. Agora ficou claro para mim que o motivo da questão previdenciária ter sido apenas tangenciada. De fato, quando li o título achei que o mote seria esse. Entendo seus argumentos e enxergo como as coisas estão interligadas, uma vida menos segmentada na forma como vc descreveu tende, em tese, ao maior equilíbrio econômico tb. Continua
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Alvaro Machado Dias
Tal entendimento foi sintetizado em um artigo de 2004, que saiu em uma das principais revistas da saúde pública mundial: os perfis demográfico e socioeconômico dos idosos estão associados ao status de sua saúde e uso dos serviços de saúde. (...) A prevalência de doenças crônicas aumenta com a idade e representa a principal causa de invalidez e demanda de atenção médica.
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Alvaro Machado Dias
Porém, o modelo de envelhecimento utilizado nessas análises assume que a morbidade e relação com a saúde continuarão as mesmas. Ao atualizarmos essas dimensões, os efeitos catastróficos desaparecem.
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Alvaro Machado Dias
Muito antes da saída do mercado de trabalho, observam-se efeitos marcantes do que vem sendo chamado de sociedade do envelhecimento, i.e., pela demanda crescente de poupança para os anos que vão se acumulando no calendário do futuro estendido. Quando bem sucedida, a poupança para a velhice leva à retirada sistemática do dinheiro de circulação, estimulando a queda dos juros, o que não apenas achata o retorno dos fundos de pensão e afins, como reduz o espaço de manobra das políticas econômicas.
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Alvaro Machado Dias
Aqui vão algumas reflexões adicionais: A maneira tradicional de projetar os impactos do envelhecimento na economia baseia-se no conceito de janela demográfica, que é definida pela ONU como um período em que a fração da população com menos de 15 anos é menor do que 30% e a fração dos que têm 65 anos ou menos não ultrapassa 15%.
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Alvaro Machado Dias
Olá Pedro, tudo bem? Até me registrei para poder te responder. Eu tive que enxugar um pouco o artigo para que não ficasse longo demais. Entendo que esse ponto pode não ter ficado tão claro quanto deveria, mas, fato é que essas projeções fiscais catastróficas são o cerne desse equívoco de que estou falando. A premissa é que as pessoas seguirão dividindo suas vidas em três períodos (pré-produtivo, produtivo e improdutivo) e todas as lógicas associadas seguirão como na atualidade.
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IRINEU LIBRENZA
Sr. Álvaro, sua coluna anterior sobre medicina/planos de saúde foi certeira e agora leio esta que consegue ser melhor. Parabéns ao Sr. e ao jornal. Espero por muitas outras colunas suas.
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Alvaro Machado Dias
Fico muito lisonjeado em saber que você gostou, Irineu!
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Cida Sepulveda
Rara inteligência e sensibilidade.
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RAFAEL VICENTE FERREIRA
"Sociedade da longevidade". Poxa Álvaro adorei esta história do dia com 32 h. Curti sua coluna. Quase q você abarcou todas as questões. Trago ponto meramente da minha observação: hoje jovens parecem estar evitando filhos. Percebo vários casais q têm optado por pets. Nada contra cães e gatos. Mas isso me faz pensar q precisaremos das pessoas por muito mais tempo por aqui. Agora se tiver um tempinho, procure por por rafael dielos, ouça minha música "viver mais", está em todas plataformas. Sigo...
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RAFAEL VICENTE FERREIRA
A música fala muito sobre o que você escreveu. A gente pode ir além... Mas tem que ter coragem para lutar, porque o exército do preconceito não vai cessar fogo. Amanhã participarei de seminário na UFMG: "Desafios transdisciplinares em tempos de Inteligência Artificial". Ainda estou por aqui e quero que seja por muito tempo. Quero imitar Caetano, Gil, Chico, Ney etc. Todos com mais de 80.
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André Silva de Oliveira
Excelente coluna.
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