Antonio Prata > Os vira-latas de Tiradentes Voltar
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Que texto triste. Vira-latas nas ruas só demonstram o que há de mais miserável neste paÃs - a desigualdade social. Uma pena para quem não teve a chance de conhecer o amor e o afeto que a companhia de um cão pode nos trazer, esse amor sim é com certeza um alÃvio nesse mundo tão hostil, em que o humano se acha tão central e encharcado desse antropocentrismo vago...
Dagmar, quando eu estiver doente e, até já estou, há muitos profissionais ganhando dinheiro para me tratar! Não seria um animal irracional que teria condições de me tratar, porém se tivesse a capacidade de fazer isso, com certeza não seria por dinheiro!
Cara Dagmar, o ser humano, em sua maioria, é capaz de se alimentar com seu próprio suor, devemos ajudar apenas quem estiver em momentos de necessidade, mas nunca sustentar marmanjo eternamente. Dignidade, é viver a nossas custa!
Os vira-latas, com certeza, são a melhor raça. Mas a vida de Caramelos que vagam pelas ruas não é assim tão glamourosa. Mesmo em cidade turÃstica, dormem ao relento, passam fone, ficam doentes. Uma lástima, até pra quem é safo como os SRD
Pets são tratados comos bebês enquanto idosos, como cães. Inexplicável, porém ridÃculo.
Segundo especialistas de dez mordidas de cães,8 são contra o próprio dono...vi uma jovem se alimentando de miojo e dando ração de 300,00 o pacote de 5 kg para seu gatinho e cães vivendo em apartamentos, sem aventuras ,cheios de mimi, não levam a verdadeira vida de cachorro, os vira latas sim.
Muito bom, Grão-Duque. Acho absurda a humanização de animais de estimação, que agora têm até pscólogo e dentista. Enquanto isso, a população na rua é hostilizada.
Tiradentes, istambul, bh, mendonza, santiago do chile: o mundo é dos caramelos
Uma voz corajosa, lúcida, em um mundo embrutecido, que manifesta grande insensibilidade ou profunda indiferença com a desigualdade social e as dores humanas, e, ao mesmo tempo, extrema empatia (de patas mesmo) com as fantasias de Walt Disney.
Cachorros merecem empatia sempre. Pessoas, não.
Concordo com o Antônio. PoderÃamos dizer como Marx disse da religião, que os animais de estimação são o calor de um mundo sem coração, o ópio do povo. O sintoma de uma doença social, e ao mesmo tempo um protesto contra ela. Exigir que as pessoas não se iludam, humanizando cachorros para amenizar sua carência afetiva, é exigir um mundo que não precise dessas ilusões.
Miau
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Bem isso. Aqui iem casa também tÃnhamos cães e gatos. Os cães já morreram. Agora só estou aguardando a morte dos gatos, rs rs
Amor desinteressado incondicional. Parafraseando: " quanto mais conheço os humanos, mais adoro meu vira-lata."
No meu entender, frase autoritária. Como disse Geraldo Vandré: "Gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente." O cachorro vai estar submisso à minha vontade. Gente às vezes se revolta. E como teria dito Mao-Tse-Tung "Revoltar-se é bom."
No meu entender, frase tÃpica de autoritários. Como diria Geraldo Vandré: "Gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente". O cachorro estará sempre submisso à minha vontade. Gente, à s vezes se revolta. E, como dizem que disse Mao-tse-tung: "revoltar-se é bom."
Dagmar. Não preciso ler outra vez para discordar dele. Vc não precisa supor que os leitores não entendem o que leem. Sem dúvida aprecio mais os vira-latas.
Acho que o Prata está falando de vira-latas autênticos. Aqueles que não têm tutor, não são considerados membros da famÃlia. Vira latas mesmo, que perambulam pelas cidades do interior, como se fossem donos delas. Aliás, vc tem posição oposta ao de Prata. Ele ainda prefere os humanos. Leia outra vez a crônica.
Eu prefiro um cachorro amigo, do que um amigo cachorro!
Os cães são "amigos" de quem os alimenta e os trata bem. Se mais seres humanos fossem assim tratados, haveria mais pessoas amigáveis.
Eu particularmente, não troco minha cachorra vira- lata , por a maioria dos humanos! E olha que ela nem é tão flor que se cheire! Costuma comer meu chinelo e rasgar a minha roupa!
Sou cego e estou de muletas. Um cachorro não é capaz de me dar baho.
Muito bom. Quando ficar doente, peça a ela lhe receitar um remédio ou fazer um chá. Essas preferências é tudo o que Prata critica. Leia outra vez a crônica para ver se entende.
A sarna no cachorro coça tanto quanto a sarna humana e, se recursos públicos tiverem que ser usados para tratá-la, que assim seja. Não é justo deixar o bichinho sofrendo. Na França, Holanda ou Reino Unido sempre haverá alguma organização, publica ou privada, para cuidar dos nossos amigos de quatro patas. Não serão alguns reais a mais ou a menos que farão diferença em nossas contas públicas. Melhor mesmo são campanhas de castração, para cortar o mal pela raiz.
Pelamor ... comparação grotesca. Os paises citados são ricos, com assistência social para humanos de primeira qualidade. Assim mesmo, não há dinheiro público para animais. São, em geral, ONGs que tratam gratuitamente de pets. Mas o povo lá também tem dinheiro para gastar com veterinários. Com o tamanho de nossa população pobre, com as filas no SUS, é totalmente irracional pleitear que os escassos recursos sejam gastos com pets. Leia outra vez a crônica e tente a racionalidade.
Que bom não estar sozinha...não acho a menor graça em PETS...e tenho todo direito disso. Mas as pessoas me olham como eu fosse um ser anormal quando digo isso. Ainda prefiro conversar, me relacionar e dormir com seres humanos! Sinceramente, acho isso mais normal...E prefiro ajudar crianças e velhos abandonados nas ruas com meu escasso dinheiro extra...
Crianças e velhos já são ajudados pela assistência social do governo e têm boca para pedir ajuda. Os animais dependem apenas da caridade das pessoas, não têm Bolsa FamÃlia e não sabem dizer se estão com fome, sede ou dor. Melhor cuidar de todos, não? O sofrimento animal não é diferente do humano.
A sarna no cachorro coça tanto quanto a sarna humana e se recursos públicos tiverem que ser usados para tratá-la, que assim seja. Não é justo deixar o bichinho sofrendo.
Que terrÃvel essa falta de empatia com seres humanos, principalmente com os vulneráveis. Principal motivo por esse mundo tão abrutalhado. Continuo gostando mais de gente, apesar de saber que alguns pensam como vc...
Homens e animais sofrem dores fÃsicas. Mas há uma dor profunda que é somente humana e que fundamenta grande parte da produção intelectual humana. A dor por sermos capazes de entender que nosso futuro inexorável é a morte. Os animais não têm essa compreensão. Vivem o presente, despreocupados com o futuro. Uma grande dádiva. Essa é a diferença essencial que nos separa definitivamente do mundo animal. Tente se informar melhor para entender o ponto de vista do Prata.
Se não consegue entender o argumento do Prata, é melhor deixar de ler suas crônicas e se concentrar na literatura infantil, que humaniza animais.
Mas Joaquim José da Silva Xavier, vulgo Tiradentes, é do século XVIII e foi (censurado) em 21 de abril de 1792, se não me engano. Há 150 anos, 1873, já estava morto havia uns bons anos. Parece que o colunista errou uma digitação aÃ.
poizé,seu Prata, legal, "capitania de Minas Gerais, reino de Portugal." Eu pensava que era Capitania DAS Minas Gerais, e também IMPERIO Português, e não REINO, que é lá nas oropas. Além disso, o malfadado Alferes, seria enfor-cado em 1792, e foi em 1789, que ele pôs suas botas pela última vez, na Capitania, e isso tem 234 anos, e não 150.
Eita, Pratowski, que susto: cê implica é com cachorro de zelite, compadre, não é "com cachorro", pô. E com o aparato negocial construÃdo pra atender esse estrato social, que amputa os comércios que te fazem falta - e, veja, errado tá você: de cinéfilo pra cinófilo, é uma só letrinha, tempestade em Dispenser automático d'água. E, olha, eu te sugiro cuidado: quem não gosta de samba não é bom sujeito, tem malaises que podem ser de caráter. E quem não gosta de cães? Vixe, a coisa pode ficar séria.
Sério mêmo é essa linda *grotesquerie*, Dagmar!. Óia, minha cara, nem contemos com essas coisas tipo grana do SUS, porque bem amalucadadas... Pode haver dinheiro pra esse cuidado, mas não será daÃ...
Cruz credo, Marcos. É mesmo com os pets dazelites e com a correspondente estrutura comercial e econômica que Prata implica. Também implica com a alienação que acompanha a atual onda de filosofia Disneyana que assola certa classe média. Malaise de caráter é defender que os recursos do SUS sejam também destinados aos pets. Veja nos comentários, quanta gente apoia essa grotesquerie. Isso, sim, é sério.
Um artigo com muita falta de sensibilidade e fica todo mundo elogiando. Não consigo entender
Vale a pena se esforçar um pouco mais pra entender. Sutilezas presentes no texto jogam luz sobre as relações no mundo dos "racionais" e sobre o que se valoriza atualmente. Mundo-cão!
Respeitando e ao mesmo tempo elogiando a erudição do comentarista abaixo, fico na minha condição e grito: Viva os vira-latas! Simpáticos, resistentes e sempre sobreviventes, nesse mundo do pedgree, em todos as formas! Avante, caramelos!
Óia, Rives, eu também sou fã de vira-lata, e divido minha casa com um, o Akira: mistura de Akita, Chow-chow (tem a lÃngua roxa, é um felómeno) e sei lá mais o que, é um excelente cão. E tem a personalidade altiva dos viras lá de Tiradentes. Creio que você e o Pratowski simpatizariam com ele.
250 anos, Antônio! Mas isso não tira nem 0,25% da perfeição do texto! Obrigado mais uma vez.
Tiradentes morreu em 1792, portanto 231 anos atrás.
Apenas uma observação: Joaquim José, o Tiradentes, não poderia estar trocando incon fidências 150 anos atrás, visto que morreu em 1792, há 231 anos.
Apenas uma observação: Tiradentes morreu em 1792, portanto há 231 anos e, por isso, não poderia estar tramando inconfidências 150 anos atrás.
Prata é um arquiteto da palavra, um artesão da crônica. A parte substanciosa do artigo não está em alguma polêmica: está no esmiuçar do potencial semântico das sentenças. Está na observação solitária e serena dos seres que tropeçam ou são mancos e sobrevivem nas ruelas de uma vida inexplicável.
Eita, corrigindo aqui: confidências há uns 250 anos; não 200 e muito menos 150 anos.
As confidências de Tiradentes nesse sobrado, se realmente aconteceram, foram há pelo menos 200 anos. No mais, tudo certo.
Rapaz! Quando fala que não quero ser vegano, que meus pais se conheceram e me criaram além de dois irmãos e uma sobrinha, trabalhando em abatedouros, ele marretando bois e ela limpando suas peças, e por cima disso não gosto de animais de companhia, muito menos desejo um cão-guia, (sou cego) acho que o povo me olha de travessado. Pura perda de tempo. Eu não enxergo olhares torotos.
Hahahahah, sensacional, verdadeira dedada no'zóio, caro Vanderlei: pelo menos temporariamente, sua contraparte também fica cega. Não sabe como julgar esse sujeito, tão simpático, mas que não gosta de bicho. Ou gosta, só que no prato. Tá tudo certÃssimo compadre. Mas o Pratinha é socialista, dos cães desvalidos, ele gosta.
Vira-lata é o melhor cachorro. Basicamente um anarquista nesse mundo pet chato.
Não tenho cachorro ou qualquer outro pet, contudo já tive; era bem tratado e bem alimentado, mas continuava sendo um cachorro. Não era meu filho e tampouco eu o pai dele. No shopping, não o colocava dentro de uma carrinho como se fosse um bebê que ainda não sabe andar, aliás, nunca o levei ao shopping. Fiz isso com meus filhos, mas já no momento oportuno os estimulei a engatinhar e a andar, pois depois que aprendem não precisam mais de carrinhos, diferente dos pets que nunca precisam.
Muito bom. Disse tudo.
Disse tudo.
Vira-latas sao otimos, mas vira-latas e animais abandonados nas ruas nao tem nada de bom, é mais uma marca da pobreza do paÃs.
Prata, você me representa em quase tudo! Conheço pessoas que olham de cara feia para crianças e vivem com um cachorrinho nos braços. Acho tudo isto muito triste. Conheço outras que deixaram os pais idosos morrer sem assistência médica, mas pagaram fortunas para operar a cachorra, que faleceu logo depois do dinheiro cair na conta do veterinário...
O amor aos cachorros deriva-se da total falta de empatia dos " humanos" nos últimos tempos. Desgraças como trump , bozo, netannyahu e outros da mesma raça, desencadearam uma onda de ódio e falta de apreço pelas pessoas , o que totós tem de sobra. O equilibrio deveria prevalecer mas fica difÃcil qdo "humanos" estupidos incentivam outros a usar armas , aà é q os bichos ganham o jogo, com tanta demonstração de carinho.
É só escolher bem os amigos.
exato
Apoiado Antônio. Vira latas são os melhores. Todavia, parece que mergulhamos na era da cultura pet. Eduardo Duseck está certo.
Tu é muito corajoso, Antonio. Talvez fosse melhor se posicionar em um dos lados da guerra Israel/Hamas do que criticar a cachorrada. Torço para que você sobreviva.
Ipanema. Copacabana. Terra. Olho Azul . Feio. Elise. E claro. O Rajado .
Ih, arrumou problema. Mexeu com tutor de "doguinho".
Caro Prata, bom saber q está pertinho de BH. Quanto aos vira-latas, sejam das cidades históricas ou da capital, acredito q são bem mais felizes q lulus. Até outro dia, Lesse, fruto da miscigenação macucanina, morava na casa de minha irmã, esperava ansiosa q eu levasse aos domingos os pedacinhos de frango assado para misturar com o arroz, angu e feijão q sobravam nas panelas do almoço. Ela me recebia sorridente e balançando o rabo. Acho q ela foi feliz e nos deu alegrias, e se foi aos 17 anos.
Antes não gostava da palavra empathia, por acreditar que tinha páthos na sua etimologia, entendia q seu uso era performativo ou performático. Coisa meio discursiva de apresentadores(as) da grande mÃdia e das redes sociais. Embora eles e elas à s vezes execrem o discurso de ódio, ao mesmo tempo destilam seu ódio à queles(as) q não ostentam a empatia. Mas agora q sei q existe quem entende q tem pata... na sua etimologia, penso que talvez o correto seria adequar para empetia. Ainda não terminei...
... Pra gente e para os caramelos sugiro o refrão da música Artigo 26, do Ednardo q não dá para sintetizar: Igualitê, fraternitê e libertê.
São os melhores. Não gostava de bicho. Separei e Gui morar sozinho. Um dia me aparece uma gata. Ah que mal faz dar um pouquinho de comida ? Hoje são seis mais o Rajado. Q e tipo Leão de Chácara de Baile Infantil. Imagina eu sem elas e ele.
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