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O meu comentário sobre o Dennet foi que ele fez parte do movimento bright. Em nenhum momento eu fiz juÃzo de valor sobre isso. O senhor Julio me rotular como o último bright é desrespeitoso. Sempre trato os outros com respeito nos meus comentários. Gostaria que a Folha levasse isso em consideração, pois o tratamento do senhor Julio não leva em conta as regras.
Escreve aqui Julio, marido da Nádia. Talvez Dennett tenha sido o autor que eu mais fiquei triste de criticar fortemente em minhas resenhas no Amazon, livros Consciousness Explained e Sweet Dreams. Dele ser talvez bravateiro em parte, não me espanta. Mas não me parece que ele de fato tenha abraçado uma boa multidisciplinaridade na sua filosofia. Esmiúço isso em minhas resenhas. Mas ele parece um bom homem. E gentleman.
Conheci Dennett muito antes dele ser rotulado como um 'neoateu'. Me interessei pelas seus textos voltados à filosofia da mente e biologia. Ele é conhecido também por seus argumentos provocativos e controversos de que a consciência humana e o livre arbÃtrio são o resultado de processos fÃsicos no cérebro. Ele argumentava que o circuito computacional do cérebro nos engana, fazendo-nos pensar que sabemos mais do que sabemos.
Autobiografia não existe talvez memórias. Portanto confio em biografias não autorizadas.
Talvez seja mais interessante escrever uma ficção baseada na própria vida que uma auto biografia. Assim o escritor tem menos vergonha de se expor, e menos desconforto ao expor amigos e conhecidos. A ficção pode ser mais autêntica que a não ficção nesse caso. Recentemente reli algo assim do Aldous Huxley: 'Sem olhos em Gaza'.
O Daniel Dennett é um bright; uma pessoa cuja visão do mundo é naturalista, evita conotações negativas ou antireligiosas como termos como ateu ou descrente. O movimento bright é livre de elementos mÃsticos e sobrenaturais, e promove a aceitação plena da participação destes indivÃduos. Para Dennet a ciência aprimora o senso comum. Na sociedade declarar-se ateu leva a perda de negócios e à segregação. Bright não quer dizer mais inteligente mas a pessoa que se orienta pela ciência como Dennet.
Prezado senhor Julio, eu nunca fiz parte do movimento bright. Dizer que eu sou o último bright é uma ofensa barata e desnecessária. Podemos discutir com respeito e educação.
Parte 2. Hitchens, falecido bright, se voltou também contra as nações islâmicas. Atualmente todos viraram new atheists, o termo da vez. O único bright que restou foi o Vito. Dennet é bem legal. Um bom homem. Critico muito ele (em resenhas no Amazon), mas ele é muito bom.
[Escreve aqui Julio, o marido da Nádia, que divide a conta da assinatura da FSP] Vou ter que escrever em duas partes. O termo bright foi uma fase passageira da eterna tentativa dos ateus materialistas extremistas militantes de tentarem se renomear devido às suas devastadoras e desastradas incursões nas searas social e politica. Harris é um bright, e defendeu bombardeios nucleares preventidos contra nações islâmicas. Dawkins é um bright e defendeu o racismo contra negros.
Gosto de ler seus comentários nos diversos artigos desta Folha, Vito. São sempre muito pertinentes. Grata!
Adorei este parágrafo final. Me deu vontade de conhecer o biografado.
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