Muniz Sodre > Educação em apuros Voltar
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Professor Muniz Sodré, parabéns! Mais um belÃssimo texto pra refletir e compartilhar!
" Outra questão (sobre EAD) é a evasão técnica: alunos se ausentam, deixando seus avatares nas telas.". Considerações do artigo são boas, mas sobre esta frase, não é porque alguém está presente em uma aula que está prestando atenção.
É possÃvel que num universo de 100 alunos presentes, alguns, de fato, não prestem atenção à aula, mas a ausência dos 100 alunos... Bem, o resultado será certamente uma catástrofe.
Sim, mas se não está presente realmente não está prestando atenção.
Os paÃses desenvolvidos gastam 3 vezes mais que o Brasil por estudante na educação básica. Mas são 3 vezes mais ricos...PaÃses semelhantes como México ou Argentina gastam o mesmo que nós. Quanto à EAD, acho que ela é mais adaptada a cursos teóricos, seja de exatas ou humanas, que à formação de trabalhadores. Não há como saber misturar massa, alisar parede, colocar piso, pintar, soldar, maçaricar, plantar, impermeabilizar, desentupir ou passar fio sem praticar bastante.
Sêo Muniz, a confusão entre instrução e educação não é, nem nova, nem casual: é instrumento de manutenção de lucros, de "domesticação educativa" e de continuidade na segregação social. Desde meados dos anos 9O trabalhei com ensino a distância, até por volta de 2O14; vazei e fui fazer outras coisas menos predatórias, porque já não dava mais pé. Esperança, as boas expectativas, são essenciais à manutenção da motivação, e as perdi.
O Brasil nunca teve uma PolÃtica de Estado para a educação. Se desenvolve por espasmos e atende aos novos interesses polÃticos e econômicos dos lobistas de ocasião. A cada câmbio de governo aparece um especialista para dirigir o seguimento social mais importante da vida do cidadão.
O prof muniz, muito sabio e douto certamente, as vezes fala pra dentro da caixinha
Erick e Maria Teresa, obrigado pelos esclarecimentos. Agora entendi .
Aldous Huxley tratou do assunto como ficção e hoje a coisa está aà pra quem quiser ver.
Corpos raciais como experimento de automaçao do posit educacional. Q diabo é isso?
O colunista contrapõe o modelo de educação positivista, que Paulo Freire denomina Bancária, a um outro, que propõe o desenvolvimento do pensamento criativo. A EAD se encaixa no primeiro. Como é barato, atrai as pessoas de baixa renda, na sua maioria negra.
Na medida em que os EAD atendem estudantes mais pobres e/ou que trabalham e entre esses há grande contingente de jovens negros, logo, esses são os que serão "educados" para a produtividade, já que , segundo o autor, é a pedagogia que mais se adequa ao EAD
A falência é múltipla. Com o mercado aquecido e o gado em linha, educação intelectual não faz falta. Se o finado ensino é presencial ou à distância, é só uma questão de ranking.
EaD pode ser útil como formação complementar. Não pode ser substituto ao ensino mais fundamental. Será apenas mais uma forma de sugar o pouco dinheiro das pessoas para uma ilusão de que se está aprendendo. Precisamos impedir que a educação caia nas mão dos parasitas da sociedade. Não da pra exigir que as pessoas trabalhem cada vez mais cedo e mais horas por dia para ter um pouco de dinheiro para ser obrigado a recorrer ao EaD porque é barato e não tem tempo pra estudar.
De fato, o EAD jamais gestará pessoas como são as paridas pelo ensino presencial. Diariamente vejo e incentivo a zeladora do edifÃcio do meu escritório, que estuda pedagogia pelo celular; ela já passou da metade do curso; vejo o sacrifÃcio dela para enxergar as letras minúsculas. Sem o EAD e o valor reduzido das mensalidades ela continuaria sem poder estudar. É grande a desvantagem do EAD, em comparação com aulas presenciais, mas para a realidade brasileira é o menor dos males.
Claro que o colunista tinha tempo para ficar dentro de uma sala de aula sendo doutrinado... Elite acha que entende o povo.
O quê?
Bem...
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