Lygia Maria > Ministério da Ignorância Voltar
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A onomatopeia para o latido de um cão em português é au e em inglês é bark. Fica aà a questão: isso tem a ver com a raça do cachorro ou com o ouvido do dono?
Me pergunto até onde pode ir a destemperança Psiquica humana?
Como dizia o Robin, santa ignorância.
Já o vocábulo "denegrir" e expressões como "sair de um buraco negro", "samba do crioulo doido", dependendo do contexto e da relação social, em que sejam falados, podem carregar algum indÃcio de racismo, embora a maioria das pessoas não usem, deliberadamente, estes vocábulos e expressões em contexto social de racismo. Este é um debate em aberto.
As palavras e as coisas não possuem nenhuma relação de identidade ou de causa e efeito. Na verdade, a linguagem é totalmente arbitrária, é uma criação cultural humana, e só existe dentro de um contexto e de uma relação social. Se eu ando distraÃdo, sofro uma topada e digo "ai", esse "ai" tem um significado totalmente diferente em português e inglês. Realmente, não se tem conhecimento que os vocábulos "esclarecer" e "escurecer" tenham sido utilizados em um contexto racista.
Perfeito
Pensei que raça humana fosse única,a diferença estaria na etnia, a origem;afro,asiática ou euro ou outra povos originários, mas o Febeapa irá até 2500 sem sombra de dúvida.
Vou lembrar algumas expressões, umas muito horrÃveis, outras menos, da década em que nasci (de 1960): preto de alma branca; neguinho, quando não c. na entrada, c. na saÃda; moleque (e, por causa dos "calos", pé-de-moleque - até hoje); ovelha negra; lista negra; mercado negro; setembro negro; situação preta; beiço ("lábio", só de brancos). É óbvio que a desigualdade não se resolve só com mudanças na linguagem. Mas a forma como as pessoas se veem é afetada por ela.
Faltou um nada para a "ministra" solicitar a proibição do uso de lapiseira com grafite preto e a retirada do lápis de cor preta de conjunto de lápis de cor. Aliás, qual a utilidade desse ministério, sendo ela a ministra?
As citações a Bolsonaro e Dilma são bastante pertinentes ao assunto tratado. Mas Lula, outro prolÃfico proferidor de bobagens, também poderia ser citado. Contudo, as bobagens hilárias proferidas pelos identitários costumam superar as bobagens desses três.
Sou totalmente favorável à luta por igualdade e anti-discriminação. O que não pode é transformar-se em neurose, que parece estar acontecendo com muitos agentes do setor. Resvala no ridÃculo.
Linda lembrança do Sergio Porto, fico imaginando como ele analisaria esse besteirol de hoje, fomos invadidos com frases de negros que não se conformam de serem negros e praticam sim o racismo reverso, de gêneros sexuais que insistem em um vocabulário neutro para se igualarem aos normais e de multidão de "especialistas" em Pandemias, Guerras, etc., etc., o Stanislaw deve estar de bruços no Túmulo.
Hermes, seria chamado "Samba do Afrodescendente Desprovido de RaciocÃnio Lógico."
E eu fico imaginando como ficaria o "Samba do Crioulo Doido" de sua autoria...
A ministra faz parte do grupo da militância festiva. Muitas crÃticas, mas gosta mesmo é de uma boa bocada...
Há coisas, como o citado ela colunista, que beira o ridÃculo. Daqui a pouco vão querer abolir o uso de certas cores. Haja paciência!!.
A Ly, como chamamos nossa conterrânea aqui em casa, está certa! É muito mi mi mi, daqui à pouco vão querer abolir a palavra claro, por ser racista! A questão é econômica e social! Pobreza é que gera desigualdade!
Mas quem quer resolver o problema? De verdade, quem quer? Isso dá trabalho!!! Melhor ficar só nas palavras mesmo... Assim ela, a ministra, e seu séquito, permanecem "em evidência", para garantir futuras indicações com altos salários, e dizem "trabalhar para a igualdade racial". Trabalhar, pra eles é isso. Só isso.
Se a articulista conseguiu o que queria (mais uma vez atacar alguém ligado à esquerda e ser aplaudida por isso), a ministra também conseguiu desviar o foco de ações questionáveis à frente do ministério. Aquele episódio de utilizar avião da FAB para ver jogo de futebol com sua "comitiva" ainda não foi devidamente explicado e cobrado pelas autoridades. Esse papinho de expressões racistas é pura cortina de fumaça e tocação de bumbo para convertidos.
Pior que no final do mês é depositado um polpudo salário para uma pessoa desqualificada a esse ponto de nos fazer passar vergonha. A culpa nem é dela e sim de quem a colocou de ministra. Mas também esperar o que de um chefe tão desqualificado.
O que você diria da damares?
A julgar pela ausência de fleuma na maioria dos comentários, a articulista atingiu seu principal objetivo que é ser lida e provocar debate. Salutar.
Tá bom, caro Ivo, vou desenhar: uma breve e anódina citação ao inelegÃvel é necessária para despistar os incautos do real intento, que ficou bem evidente no restante do artigo. Faça um compilado dos artigos dela e verá que a tática é bem recorrente...
Nem sabia que Bolsonaro era de esquerda...
Quase lá, amigo. O objetivo e a estratégia dela são sempre atacar pessoas ligadas à assim chamada esquerda, a partir de qualquer acontecimento ou declaração, por mais insignificantes que sejam. Ainda outro dia ela veio com um papo de sexo para escrever mais do mesmo. Beirou o ridÃculo.
Excelente e necessária!
De acordo. Uma bobagem pretender atribuir conteúdos racistas a palavras. Acho que a ministra tem razão quanto ao verbo "denegrir", que parece ter mesmo uma origem no preconceito racial. Mas é um equÃvoco banir expressões como "buraco negro" e "esclarecer" como se fossem nefastas. Nada têm a ver com os problemas sociais. Luz é luz para todo mundo e buracos negros pertencem ao universo material. Uma ótica mais pragmática em relação à s desigualdades efetivas fará bem a todos nós.
Excelente!
Os movimentos anti-racistas deveriam se concentrar também em estudar a população branca brasileira. Por exemplo, na polÃtica de cotas fala-se muito sobre vagas para negros, mas deixam de focar nas vagas corruptas criadas para brancos incompetentes. Esta é uma face pouco explorada pelos movimentos.
desigualdades aqui e ali e muito bla bla bla virou moda mero entretenimento e ninguem faz m.... nenhuma.
Obrigada pelo artigo. É muito "mimimi".
Lula, troca de ministra. Que vergonha nacional!
Agora a coisa ficou preta!
Kkkkk
A abordagem da "ministra" é absurda. Tenho pensado neste assunto e outro, importante, onde se tenta obter igualdade em posições que requerem competência e sabedoria, tipo indicação para o STF. Se indicar uma pessoa para um cargo, baseando-se somente na cor da pele, porque não indicar também um oriental? Ou ainda, um canhoto (sou)? E os miopes, vão ficar de fora (sou também)? Até quando iremos alimentar o "Festival de Besteira que Assola o PaÃs"?
Cota de 10% para professoras não brancas nas escolas.
Se for mesmo para debatermos sobre terminologias sou a favor de trazer a baila o termo "raça". Para humanos Criada pelos europeus no séc. Xvi a fim de justificar o escravagismo indÃgena. Antropologicamente falando nao existem raças, apenas homo sapiens sapiens, apenas Raça Humana.
Albert Einstein e Stephen Hawking desolados.
Usar escurecer em vez de esclarecer è patético .Porém é necessário combater o racismo de outras formas.
Pois é. Algumas pessoas infelizmente não percebem que essas "minúcias" e esses "revisionismos" semântico não estão a contribuir muito para a luta contra o nosso racismo estrutural. Eles tiram o foco do que mais interessa, que é a desigualdade racial. E mais, criam um clima de combate desnecessário entre pessoas que estão do mesmo lado. Basta ler os comentários. Parabéns pela coragem.
Perfeita analise
Os preconceitos fazem parte da natureza humana, são de origem cultural e também quase ou talvez biológicos, mas suas manifestações públicas devem ser reprimidas, apesar, infelizmente, de aparentemente serem impossÃveis de eliminar
Essa aà não perde a mÃnima oportunidade...
"Em vez de respaldar um festival de besteiras sobre linguÃstica, o ministério deveria propor e cobrar ações pragmáticas" Logo em março houve um Pacote de Igualdade Racial. Ele provavelmente pode ser criticado, mas a jornalista não se baseia em dados e nem sabe que ele existe. Titulação de terra quilombola é uma ação pragmática? Um grupo de trabalho com ações para acesso e permanência de estudantes negros na graduação é uma ação pragmática?
Boa a matéria. Há décadas li várias máximas e algumas coisas de "Stanislaw Ponte Preta". Altamente recomendável. Destarte as falas da ministra são de extrema ignorância, beiram o niilismo clássico ou literatura dadaÃsta conservadora, difÃcil classificar. A invocação de Stanislaw pela colunista é muito oportuna.
Lygia, não tem outra tecla aà pra você apertar, não?
Essa meia verdade, não. A monotonia sem autenticidade incomoda mais.
Por que ? A da verdade incomoda ?
Só agora reparei no tÃtulo e subtÃtulo horrÃveis do artigo. Para ser coerente, a autora poderia ter escrito "o samba da crioula doida" como tÃtulo e achar normal.
Se ela quisesse falar da atuação do ministério, ela poderia pesquisar o que o ministério fez e partir daÃ. A mesma coisa que ela diz que o ministério deveria fazer, ela não fez: basear-se em dados.
Ah tá !
De que,exatamente, vc discordou, Fred? Vc acha que não há um festival de besteiras ou acha que existe sim mas ele contribui para diminuir as desigualdades? Eu, que não tenho sua perspicácia, não discordei de uma única vÃrgula.
Sensacional!! Paranoia e histeria patrocinada pelo estado desaguam na explÃcita manifestação de racismo da não saudosa assistente racista, como vimos. O estado se satisfaz com a manipulação e a burguesia, se contentado seu ego, não se importa com as consequências de suas crenças de luxo. Precisamos de mais textos corajosos, como esse, para contrapor a insanidade identitária, que de tão gorda, já não anda, e voltar à razão. Somente assim problemas poderão ser resolvidos.
Realmente ela disse duas coisas incorretas. Em vários meses. Que nome damos a tentar reduzir alguém a seus erros? Foram essas as únicas coisas que ela fez? Que nome damos a tentar ensinar a ministra seu trabalho em sua área da atuação e formação? Alguém sem nenhuma vivência ou formação relevante para isso?
“ a opinião pública foi, por cinco séculos, treinada para desdenhar e mesmo não tolerar manifestações de inconformidade, vistas como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolhera nenhuma forma de discriminação ou preconceito." Milton Santos
Inconformidade sem coerência nada mais é do que dificuldade cognitiva grave.
Seria uma enorme incongruência se na sociedade brasileira, tão cruel nas relações sócio-raciais, o racismo não se incorporasse na linguagem, a ponto de ficar invisÃvel para muitos, em especial para as pessoas brancas. E é sintomático ver uma mulher branca dando lição sobre isso a uma negra. Não que o debate envolva só as pessoas negras, mas requer disposição para ouvir e cuidado para opinar.
Vc poderia esclarecer melhor? Seus argumentos parecem uma nuvem negra. Vou colocar um livro no criado mudo pra não denegrir o seu pensamento.
A razão não tem cor, camarada, e idiotice também não. Dado o exemplo da ministra, perdida em um ministério essencialmente racista, a exemplo da demitida assessora, creio que a missivista ganhou a argumentação.
Num ponto eu concordo com a articulista: há um imenso trabalho a ser feito para a conquista da "igualdade racial". Para isso, o Ministério precisa de mais recursos e poder.
Perfeito! Contemplado com o texto que propõem colocar o debate em outro nÃvel e jogar um pouco de luz, na nova idade média que vivemos com o advento das redes sociais e suas bolhas que enchergam o mundo de forma binário.
Branca escrevendo sobre racismo só poderia dar nisso.
Embora possa, e deva, exceto para olhares racistas, escrever sobre o que bem entenda e alheio à sua etnia e/ou cor da pele, a autora não tratou de racismo, mas sim de estupidez.
Participar do debate ela pode, se ela entender qual é o debate. Os argumentos literais a desqualificam. Não é isso que se está duscutindo. Ela não entendeu por não ter as ferramentas necessárias, ou simplesmente não faz questão, por dalta de interesse.
Assim disse o racista.
Interessante seu comentário. Aparentemente é contra o racismo, mas considera que brancos não podem participar do debate. Excluir parte da sociedade da discussão é caminho para redução da desigualdade racial?
Não entendestes? Precisas de letramento.
Bem, Lygia, eu não sei em que contexto a ministra soltou essa; todavia, não deixarei de tomar cuidado. Eventualmente, quando uso as expressões "nego" e "negada", historicamente usadas de modo genérico (para brancos e pretos) aqui no interior caipira de São Paulo, ouço alguma objeção. Eu acho um saco, porque entra no mesmo balaio da miuçalha do "conflito semântico" do politicamente correto. Isso posto, evito quando percebo: não sou preto, não cresci debaixo do preconceito, e não serei eu a julgar
Excelentes considerações Benassi. Em que pese vários antepassados indÃgenas quem me olha diz branco caucasiano. Mas lembro com muita ternura da infância quando minhas tias me chamavam de Nego, com todo amor
Marcos, crescemos debaixo de vários preconceitos (racial, social etc), nem por isso somos definidos por eles. O estado e suas crias, por sua vez, vivem do conflito, pois precisam justificar sua existência. Como no conto de Malba Tahan, fossem honestos, coçariam as costas um do outro. Preferem propagar sarna.
Pois é, prezado Benassi. Também me divido entre o cuidado e a autocensura. Às vezes é um saco! Como você, não sou preto, mas minha companheira não é branca e já a vi sofrer preconceito. Temos um amigo baiano, mais baiano não há, que chama todos de neguinho ou neguinha. Até eu, branco como parede caiada, sou neguinho para ele. Acho lindo quando dito com o sotaque soteropolitano. Provavelmente eu acabaria no pelourinho virtual se fizesse o mesmo.
Mais uma grande contribuição da ministra para o Febeapá. Stanislaw Ponte Preta agradece.
Há abusos na crÃtica ao racismo, crÃtica justa, óbvio. Mas se qualquer coisa “negra” for racismo, onde vamos parar? Abolindo a palavra? Embaralhando o que “eu acho” ser racista e “tenho todo direito de achar e impor pq estou certo sempre” com o racismo óbvio, ofensivo, etc. Esses identitários, que se colocam acima dos outros, de forma análoga ao fascismo (sim) são uns chatos que colaboram contra a justa causa que mal defendem
Que ministra patética, sinceramente…
Conclusão: "escurecer" um pouco o que está demasiado "claro" para a colunista, talvez a faça enxergar melhor e mais longe!
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