Joanna Moura > Ser pai e o privilégio do trabalho visível Voltar
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Amei e me emocionei com a frase "Desculpa, eu não sabia que era tão difÃcil". Costumeiramente é o papel da mulher esse em que estamos - essa mudança levará tempo. Cabe a nós, mulheres, educarmos nossos maridos porque eles vem cheios de machismos e vÃcios da casa da mãe, aquela mulher que ainda está no ciclo de que isso e aquilo é coisa de mulher e se acomoda com isso.
Por essas e outras que a mulherada está sob um despertar para a sensata escolha de não serem mães. O.mundo atual não dialoga com a maternidade.
Então o mundo atual acabará em breve, já que não teremos reprodução humana.
Aqui em casa o "trabalho invisÃvel" sempre foi dividido. Quando meu filho era bebê, quem ficava andando de um lado pro outro com ele no meu peito, cabeça no ombro, chorando de cólica de madrugada, era eu. Um privilégio, na verdade. Aqui a gente divide as tarefas. Estes textos me incomodam, porque parece que essa mulherada é um bando de trouxa e vÃtimas de maridos malvados. O marido chega em casa e faz o que, vai assistir futebol, a mina fica lavando louça? Imponha respeito filha....
Correto. O meu trabalho sempre foi no mÃnimo a metade.
Assim vc mata a Mariliz de inveja kkk parabéns por saber escolher seu companheiro. É uma dádiva rara hoje em dia, que quero ensinar a minhas filhas.
Vê o nascimento dos meus dois filhos, quando estou em casa não passo um minuto sem eles, é lógico, eu trabalho e consigo manter minha famÃlia, graças a Deus, se uma mulher quer ter uma carreira é nmelhor não ter filhos mesmo, por que tem muita coisa que se terceirizar, mas isso não é uma delas, e outra coisa, não sei como uma pessoa com um filho recém nascido consegue trabalhar e esquecer totalmente da sua prole, a articuladora parece que volta a ser solteira quando não está em casa.
Eu, hein...aqui em casa nunca foi invisÃvel. DifÃcil? Com certeza. Mas, invisÃvel? Vamos ter um pouco de bom senso.
Que mundo estranho este das articulistas da Folha. É algo tenebroso, sombrio, melancólico, neuró tico, em busca do próprio rabo, que jamais será mordido. A felicidade almejada é não ficar cansado, ter tempo para Netflix, para alguma glória indefinida, um sucesso abstrato, que se atribui sempre a outrem, seja homem, ou marciano, ou outras mulheres mesmo. Que gente não realizada, escreverão até o final da vida, numa versão chata do trabalho de SÃsifo, que aliás era um homem.
O que foi isso? Um ronronado?
Duuuhr
Parabéns, assim como o artigo da Mariliz, o seu artigo está excelente. Vcs abordaram um tema importantÃssimo. Sou pai, e vejo minha esposa todo dia correndo para fazer o melhor por nossa filha. Às vezes me envergonho por não fazer mais, por não ajudá-la mais. O mÃnimo que posso fazer é reconhecer o papel heróico que a maioria das mães desempenham e procurar cada vez mais entender o que a mãe da minha filha precisa e ser útil no cuidado com nossa neném.
Se esforça, Nélcio! ;)
Se eu tivesse outra chance de renascer, jamais teria filhos. É renúncia o tempo todo para criá-los.
Se eu tivesse outra chance de renascer, jamais trabalharia. Nós renunciamos uma enormidade de coisas para ficar trabalhando atrás de uma mesa. É melancólico. Agir igual o personagem de ''Bartleby, o escrivão'': Prefiro não.
Eu também não. Sobraria tempo para ficar coçando.
Hoje é mais complicado do que antes, eu acredito. Conheço uma Irene que tem o seu sobrenome.
Também tenho o privilégio de ser casada com um pai que põe a mão na massa. E ele também concluiu que trabalhar em escritório é fichinha em comparação com cuidar das crianças! E ambos lamentamos por nossas mães, que desempenharam sozinhas esse trabalho invisÃvel...
Este é um dos diversos motivos porque escolhi não ter filho. Me dá desespero ler os depoimentos de mães. Se dependesse de mim, o Homo sapiens se extinguiria rapidinho.
Tenho 3 filhos(as). Todos acima dos 30. Por enquanto, nenhum deles se sente capaz de exercer a função de criar um filho. À ver.
Pois é, Sol ange, tenho 3 filhos, de 30, 33 e 35 e nenhum se sente à vontade para enfrentar a ma(pa)ternidade. Hoje é muito pi or do que na minha época.
Se separarmos a mãe da maternidade (essa instituição que se ergue para receber uma criança e depois deve ser desmontada) talvez o desejo de filho possa ser menos penoso. Mas acredito que a solução está cada vez mais próxima. O útero artificial já é uma realidade e logo logo as mulheres estarão livres dos estorvos da gestação. Não haverá mais "maternidade". Haverá mãe?
Realmente totalmente fora da realidade. A questão não é o parto, mas sim o "depois". E a invisibilidade não é só nos trabalhos maternos, mas também os da casa.
Que comentário sem noção. O assunto tá longe da biologia...
O trabalho maior vem depois do parto. Quando o bebê está na barriga, não dá trabalho nenhum. Só um pouco de incômodo e falta de mobilidade.
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