Tati Bernardi > Livros e dinheiro: dá para amar os dois? Voltar
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disse tudo. esta praga existe mais no ramo literário. mas já vi amigas, amigos da musica ralarem por micharia em vários bares e eu que convidado pra ser cronista de um jornal da região q vivo , perguntei qto me pagariam, vieram com o papo da exposição do meu nome no jornal, perguntei se eles tbm não ganhavam nada já q como editores , jornalistas, o nome deles eram expostos tbm na midia.
Ela está surpresa que arte/ literatura é elitista e não dá dinheiro? Não é possÃvel. Tá frustrada porque o mundo não funciona da maneira que ela queria. Livro nunca deu dinheiro, ainda mais no Brasil. Os escritores sempre tiverem duas profissões.
Salvo o sr. Paulo Coelho.
Tati sempre brilhante! Essa é uma questão recorrente e cultural, entranhada em nossas vÃsceras. Artistas sempre foram vistos como sonhadores e, de acordo com a frase mais famosa da história: "sonhar não custa nada". Escritores, por muito tempo, se mantiveram em posições quase sagradas, de seres iluminados. Talvez por isso pensem que nos alimentamos de luz e não pagamos contas.
Essa é Tati Bernardes!
A culpa não é deles, é dos vaidosos que, diferentemente de ti, aceitam;. "O conselheiro come", não foi o que disse a esposa do próprio?
Caramba! Eu amei.
Colocada numa situação parecida a grande atriz Cacilda Becker saiu-se com essa: “não espere que eu dê a única coisa que tenho pra vender”.
É comum esses tipos de gente achando que ''Arte'' supre as necessidades materiai$. Existem abastados de pai e mãe que aprontam constrangimento quando o Artista fala de dinheiro, e expõem seu desencanto : ''Oh, não sabia que você era capitalista''... Como se alguém pudesse viver sem pagar as contas e manter um mÃnimo de dignidade; uma forma de cinismo perante a necessidade alheia. Pense melhor sobre proposta nas periferias, pois o esquema terá aspectos filantrópicos, mas há ONGs profissionai$...
Te amo, Tati! Você é demais!
Intelectual de esquerda também gosta grana.
Bom, mas causa pela qual a esquerda luta ( originalmente, pelo menos) não é mais dinheiro para quem trabalha?
Intelectual, de esquerda ou de direita, tem que pagar as contas.
Amei o texto. Perdi muito tempo dando consultoria de graça como se fosse rico. É isso aÃ! Trabalho é trabalho em qualquer ocupação.
Dá sim. Só colocar uma nota de 100 como marcador de página. Aà a pessoa pode amar os dois. Tem gente que faz uso de vários marcadores. Uma nota de 100 pra cada um. É assim.
Queria saber se esse caso é real.
Ficção
É, experimenta pedir uma consultoria sobre um investimento para ver se alguém te dá de graça. O Millôr, num evento, ouviu de um general o pedido para que contasse uma piada, já que era humorista. Disse que tudo bem, depois que o militar desse uma salva de 21 tiros, já que era general
Não é porque é cultura, filosofia, teatro ou o que quer que seja, que não está submetido às leis econômicas. Senão seria filantropia, ou voluntariado. O que o move o mundo é o dinheiro, embora ele não faça o trabalho sozinho. Se pra dar uma palestra recebo 500, vou dar o meu melhor. Se recebo 5.000, vou dar o triplo do meu melhor. E se hoje consegui receber 5.000, vou buscar quem possa me pagar 10.000. Isso vale pra médico, advogado, escritor, artista, palestrante e todo resto.
dizendo assim, eu pagaria pela de 500.
Dignidade de texto Tati Bernardi! Hipocrisia de costumes elitistas disfarçados de bem comum. Na licenciatura presencio isto sempre. Um horror!
São contradições que existem no mundo cultural e artÃstico, espacialmente no que tange à valorização do trabalho criativo. A discrepância entre a aparente valorização da cultura e literatura por um público que, ao mesmo tempo, não considera apropriado remunerar adequadamente pelos serviços de quem as cria é algo que merece mesmo crÃtica contundente. É uma realidade comum na indústria criativa: a expectativa de que profissionais contribuam com seu trabalho e tempo sem compensação.
Respondendo a pergunta: lógico que dá. Eu amo livros e dinheiro. O problema é que tenho muitos livros e nenhum dinheiro, porque gastei para comprar os livros...O amor pelos livros é correspondido, o amor pelo dinheiro é platônico
Escreve bem, vê - se pelo estilo!
Ótimo
Esplêndida !
Tem jeito, não... pedidos de trabalho de graça opilam o fÃgado: para desopilar, lembro de três crônicas de João Ubaldo que citam a mulher de Ruy Barbosa. Sempre que Ruy era "convidado" a trabalhar de graça, a mulher dele soltava a frase: "O conselheiro come"... e conquistava alguma remuneração para o marido. ;o)
Adorei!
a Blubell fez uma musiquinha fofa, a nata sou eu, sobre o tema. ouçam na seu stream preferido. apesar das plataformas pagarem muitÃssimo pouco pros artistas, pelo menos eles não tem que pegar onibão prá ir cantar na tua casa...
Também. Apenas diria o seguinte: a natureza humana é uma só; o humano socializado apresenta grande diversidade.
Saiu no lugar errado rsrs.
se fazem isso com uma escritora imagine com uma artista....certa vez fui convidada para fazer uma fala que promoveria um festival de fotografia aqui de São Paulo. a cidade que tal festival acontece fica há algumas horas da capital, onde moro, além de não me oferecerem cachê, e terem ficado ofendidÃssimos quando questionei, me disseram que saem ônibus da rodoviária de hora em hora e que seria bem fácil de chegar. pro azar deles não sou otária pra promover o evento dos outros de graça.
Seguir o exemplo seria perfeito: “Não peçam para fazer de graça a única coisa que sei fazer para ganhar meu pão”, disse certa vez Fernanda Montenegro. Mas concordo, as vezes a repulsa e o vô-mi-to são inevitáveis.
É absolutamente normal ter inveja dos mais ricos.
E os mais ricos adoram atribuir à ganância alheia tÃtulos pejorativos. Para eles, a única ganância boa é a deles mesmos!
Também é absolutamente normal atribuir inveja a quem critica herdeiros como invejosos, na tentativa de calar achando que ter a alcunha de invejoso é maior do que ser avarento.
Oi, Tati. Vi que em alguns comentários as pessoas te criticaram porque acharam exagerada. Sou professora, hoje de universidade pública e no passado fui de universidade privada. Existe uma crença profundamente arraigada no meio acadêmico de que participar de um evento, que exige preparação, leitura e muitas vezes, compra de livros com o nosso próprio dinheiro, não é trabalho a ser remunerado. Quando é uma instituição pública, vou de boa. Se não é, acho um acinte.
Tati! Genial! Acho que os playboy estão articulando comentários negativos ao seu texto aqui. Estão dando muito na cara que estão te desabonando de forma premeditada. Os playboys do bem pedindo e redigindo esses comentários contra você. São eles que estão aqui falando.
E o livro cada vez mais caro. Deu pra gente ouvir o tec tec do teclado, tamanha indignação. Está certÃssima.
Tava indo tão bem, esbanjando talento na escrita. Mas aà chegou o último parágrafo, a penúltima linha. São mil horas por ano de leitura de quê, letra de funk proibidão?
Xará, agora eu queria saber que viagem mental é essa de chamar de arrogância uma crÃtica contra o uso de palavrão em jornal.
Esse tipo de arrogância dá mais força ao texto da colunista. Chega a dar pena de quem usa isso para atacar ela.
Maria, já da sua parte careceu de discernimento para saber a diferença entre insultar e narrar um fato evidente.
Menina, que feio. Se era para insultar a Tati, carece de talento.
Começa o texto com: Acabo de sair de uma reunião com intelectuais brancos da elite paulistana e percebi que eles sentiram certo nojo de mim porque, vendida e suja, ousei falar em dinheiro. E depois de ler não entendi o que a escritora foi fazer lá. Pagaram? Nesse caso pode reclamar de ser escrava de obrigações que a fazem trabalhar por dinheiro. Não pagaram? Então foi porque quis. Não sei como eles a veem mas sei como a colunista os vê. Inverter a direção da rejeição não é muito honesto.
Escreve roteiros de ficção.
Se tem algo que parece sempre igualar quaisquer dois lados em qualquer disputa, é que ambos querem se passar por vÃtimas, por injustiçados.
Eu entendo você.
Eu gosto de livros e de dinheiro.
Tati, livros e qualquer tipo de cultura (exceto megashows) são considerados caros pela maioria dos brasileiros que têm poder aquisitivo para pagar. Vejo isso diariamente na minha livraria. As pessoas almoçam no restaurante ao lado, pagam em média cem reais numa refeição e acham caro o livro de setenta. Fazer o que?
O pior é você pagar e ainda ouvir/ler bullshit!
Pagar o jornal você quer dizer, não? Mas tem também um público que gosta de ser agredido, e que é capaz de pagar para isso. A natureza humana apresenta grande diversidade.
Tati: Estudo há muitos anos a questão agrária na América Latina. Um dia me chamaram para dar aula de graça pro MST. Recusei tão gentil convite. Minha diferencia está no preço. Para o MST faria preço de monge franciscano. Para o agronegócio cobraria preço altÃssimo. Quem quiser que eu fale tem que pagar por isso.
No fundo, a colunista, que aprecio, crÃtica a quem inv eja, mas tem receio de reconhecer. Nas suas próximas mil horas de leitura, sugiro O Vermelho e o Negro, do imortal Stendhal. Este pelo menos reconhecia a superioridade da nobreza francesa, em detalhes não captados pela ra lé, que o gerou. Sim, minha pleb eia irmã, há um preço em ser nobre, pois, como sabemos, noblesse oblige.
Bem, os nobres "enrolam" aos outros tendo meios para fazer pagamentos em troca de trabalho? Ou estamos falando realmente da "nobreza" que nada mais é que um tÃtulo adquirido por posses e filiação e que ela critica na coluna? Não há mérito algum nessa nobreza.
Ser nobre e ter dinheiro são coisas distintas. Uma pessoa nobre jamais deixaria de pagar.
Jessé de Souza mostra semelhanças entre a elite brasileira e a indiana. Talvez por isso estejam comprando tão fácil a reencarnação.
A Tati não esconde a inveja da turma de herdeiros que não precisam se preocupar com os boletos. E nem o fato de precisar e gostar de dinheiro. Caro Henrique, seus comentários sobre a nobreza francesa são bem risÃveis e, desculpe, pretensiosos. E Proust esgotou o assunto ainda melhor. A elite brasileira é inculta, e oculta a cobiça e o desprezo pelo povo que a sustenta sob um verniz pouco espesso de maneiras condescendentes.
Tati, precursora da crônica visceralmente sincera...!
Bonaserata minha flor do campo. Só pra lembrar, tu é o orgulho de muuuuuita gente que ainda lê e assina o Tablóide chamado Folha. É seres como tu que nos enchem de orgulho, vida longa minha querida.
Pois cobre o valor ou não vá. Acho interessante o menosprezo à tal elite branca como se fossem seres completamente inúteis e sem potencial algum. Talvez através de suas palestras muitos dele poderiam se sensibilizem e começar a pensar diferente ... ou talvez até já pensem, basta baixar um pouco a guarda e observar mais calmamente!
De certa forma são inúteis e sem potencial.
Não há de ser uma hora de fala de Tati que comoverá estes corações. No fundo tem uma visão indiana de quem pertença a uma casta intocável. E a classe média esforça-se por imitá-los. Daà quando um bando de playboys da Barra espancou uma doméstica e o pai de um deles disse:"Vão ficar com gente que eu nem conheço!"
Não sei se você se dá conta de que seu comentário foi um tiquim ridÃculo.
E eles, os tais endinheirados esnobes, ainda conseguem um advogado "grátis". Consciência de classe q chama?
Ah, então ela deveria aceitar a exploração como uma oportunidade de ensinar aos exploradores que eles não deviam explorar. Entendi.
Achei ótimo. Parece que não entendem que formação de escritor é leitura e informação, e que isso, além de tempo, custa caro.
Chutou o balde. Adorei!
A verdade é que as pessoas aqui no Brasil, por ser um povo que desvaloriza a cultura em todas as suas formas, acham que as pessoas da indústria cultural, sejam atores, músicos, pintores ou qualquer outra coisa, precisam trabalhar de graça fazendo arte por amor, e não para pagar boletos e subir na vida.
Não é bem o "povo" brasileiro q desvaloriza a Cultura.
Tati concordo com você, aqui em Porto Alegre tem um instituto que não vou dizer o nome, que serve para tentar dar um verniz cultural aos banqueiros que ferram o povo. No caso não coloco meus pés lá, nem pagando.
Não teria sido mais sensato dizer aos elitistas: não vou sem pagamento. Achei desnecessária essa raiva destilada.
Desnecessária por que? E o direito ao ressentimento?
Mas ela nao foi, o q ela descreveu foi a reuniao para tentar contratá-la - ou melhor, cooptá-la, já que nao tinha pagamento para as tais palestras.
O senhor certamente não trabalha na indústria cultural.
Tem toda razão. Esses soberbos esnobes merecem tal tratamento.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Exerceu o direit ao ressentimento.
Pessoal só quer amenidades e gracejos, Tati. "Destilar raiva" diz o outro! São até engraçados.
Tati, vc fez merchand gratuito para 2 grifes.
Mas, afinal, a senhora aceitou dar uma palestra gratuitamente para milionários que não pagam suas contas mas impressionam com seus caros esportivos de luxo? A sra. sabe que a sociedade adora ricos, sem nem sequer perguntar de onde vem sua riqueza. Há muitos criminosos, traficantes que moram em condomÃnio de luxo. A gente só descobre quando a PolÃcia Federal algema e leva o play boy. Mas, logo alguém solta. Perdeu Mané
Não leu; se leu, não entendeu.
FalaÃ, Gino! No texto a Tati diz que não sai de sua casa para dar palestra a play boys de graça. Acho que você não depreendeu que ela não visitou essa galera sem que fosse devidamente remunerada. Dê uma relida. É, isso sim, grátis.
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