Reinaldo José Lopes > (R)evoluções científicas e o que elas não são Voltar
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Dizer que as teorias cientÃficas são provisórias (portanto, não existe verdade definitiva), que o conhecimento cientÃfico nunca é exato porque é aproximativo, é um mau uso da princÃpio da falseabilidade que Popper utilizou como critério de demarcação cientÃfica. Por exemplo: nunca vai aparecer uma teoria cientÃfica que diga que a Terra não é esférica e que é o Sol que gira em torno dela.
O empirismo cientÃfico é realmente muito popular (a história de sua hegemonia é uma lacuna) Q saber cumulativo foi utilizado por Copernico? O heliocentrismo é anterior à observação comprobatória. Ptolomeu é matemática subordinada à experiência, Copernico, matematiza o mundo. Movimento retrógrado dos astros é experiência, movimento orbital assÃncrono só com experimento cientÃfico. Ciência ordinária é cumulativa, revolução cientÃfica funda princÃpios epistemológicos.
Concordo com cada ponto. Mesmo porque, muito provavelmente foram os aliens que criaram e controlam tudo por aqui!
Excelentes reflexões...
Seriedade ao re-ver as ondas cientÃficas. O fazer cientÃfico pode ser belo, mas requer honestidade intelectual. As involuções estão ai.
Perfeito. E muitas vezes grande parte das mudanças está na matemática. Os fenômenos continuam os mesmos. Um exemplo é o conceito de que gravidade não é uma força, mas resultado da curvatura do espaço-tempo. A própria teoria gravitacional de Newton, com um 'banho de loja' de geometria diferencial, pode ser interpretada desse modo. Os planetas continuam se movendo como sempre se moveram, mas agora percorrendo geodésicas no espaço-tempo de 4 dimensões.
Adorei o "banho de loja de geometria diferencial"... Grande verdade!
Eu tenho uma abordagem para essa diferenciação. Revoluções CientÃficas são consequências de Revoluções Filosóficas e provocam Revoluções Tecnológicas que por sua vez provocam Revoluções Industriais, tudo de forma sistêmica. Figuras como Einstein e Freud só foram possÃveis porque existiu Hume. Teorias exotéricas surgem de rebeldia e isteria, e nunca dá em nada, só em militância outsider.
Acho que acontece o inverso. Por exemplo, a invenção do telescópico permitiu de imediato a observação das luas de Júpiter, e mais tarde da paralaxe estelar, virando o jogo para a teoria heliocêntrica. E se os corpos celestes estavam agora 'soltos' (em vez de fixos em esferas) então havia um movimento natural livre, o que pode ter levado à noção de inércia. Essa noção não terá influenciado as ideias filosóficas e polÃticas sobre a liberdade, levando pela primeira vez ao fim da escravidão?
Talvez você queira dizer esotéricas. Concordo com histeria e revolta, mas o homem tem necessidade de mistério, então dá pra dizer que aquelas são sintoma de uma crise da falta de mistério. Sem entender-se nisso, ao menos admitir, estaremos sempre à mercê das ondas ditas cientÃficas, mas que estão ao serviço de outras necessidades humanas.
Digo, histeria
Em geral, no inÃcio vem a teoria e depois a prática.
Perfeito, obrigado. Poderia igualmente defender o uso de máscaras, já que os fenômenos de uma pandemia são bem compreendidos para quem tem nÃvel médio de educação. Também defender a qualidade do ensino que incentiva a crÃtica, pois se está aqui falando em capacidade de criticar com qualidade.
Vamos abrir a mente, mas com cuidado. Tem muito li xo no ar. Não se pode escrever l i X o. O sensor da folha barra.
Se pude enxergar mais longe foi porque me apoiei em ombros de gigantes (Isaac Newton, 1675)
"Com cada vez mais", também não ficou bonito. Kkkkkk!
É incrÃvel como o saber é essencialmente cumulativo. Seiscentos anos antes de Cristo o sempre - mas não tanto - Sócrates foi considerado o único sábio de então pelos deuses que assistiam a pitonisa do templo, tão só por ter reconhecido que nada sabia. Tenhamos humildade para reconhecer isso como verdadeiro nos dias que correm e no futuro previsÃvel.
Legal lembrar os antigos gregos. Eles foram os primeiros a propor partÃculas elementares numa teoria para a matéria. Hoje as pessoas ainda se batem nessa mesma questão. No fundo, aguentar a dúvida, e as incertezas, é o mais difÃcil para a maioria, e este é o terreno fértil para as explicações fáceis.
Há muito mais coisas inexplicáveis do que explicáveis no limitadissimo espaço tempo em que vivemos e só achamos que conhecemos aquilo que conseguimos medir e replicar, ou que tem uma certa lógica em relação ao que já sabemos de outros pensadores. A isso chamamos de 'ciência' e tudo o que não obedece a esses princÃpios de 'pseudo ciência'. Já passou da hora de substituir esse obsoleto termo por outro quando elaboramos ideias voltadas para tentar explicar o ainda 'inexplicável'
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