Ruy Castro > Nenhum deles, "MPB" Voltar
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Antes de ver os comentários, pensei a mesma coisa que os dois primeiros (os dois últimos, na verdade): "uma aula". Muitos devem ter a mesma avaliação. Mas, como várias das classificações pareceram obvias, também vieram à mente vários "ah, eu sabia...". Então, mais do que surpreender e ensinar, Ruy Castro nos faz perceber que já temos boa noção da diversidade de ritmos e gêneros agrupados no simplificador selo "MPB".
Muito esclarecedor! Uma aula! Esse assunto merece um livro. Imagino uma conversa entre Ruy Castro, Tom Jobim e Ary Barroso sobre o tema.
Caramba! Só posso agradecer pela aula. Mesmo longe de ser um especialista, das músicas que conheço concordei com as classificações. Chamar tudo de MPB é como guardar a roupa no armário apenas entulhando uma sobre a outra. Pura preguiça.
InteressantÃssimo. Podia haver mais crônicas abordando o tema.
Sensacional, Ruy! Obrigada!
Artigo para salvar o domingo.
MPB seria "música brasileira de boa qualidade musical e letrÃstica", não necessariamente uma ritmo musical. Os ritmos não teriam importância nesse universo artificial, seriam mais uma caracterÃstica da obra.
Em questão de música, Ruy Castro entende de tudo e mais alguma coisa. É um mestre.
Sensacional Ruy Castro, antes desses dois artigos seus eu ficava muito confuso com o que as rádios e outros veÃculos de comunicação definiam tudo como MPB. Agora aliviou.
Perfeito!!! IndefectÃvel!
...e, invejosos, rotularam as melodias que se identificavam com a esquerda como MPB, algo inspirada no partido da oposição MDB. Não que houvesse uma direita musical, mas para eles, quem não for canhoto é fascista Neste rol, foi bem lembrado pelo Ruy o nosso Quincy Jones, o Erlon Chaves que arranjou e orquestrou inúmeros sucessos de Wilson Simonal. Este sim, executado no paredon da MPB.
Viajou nessa de ligar MDB a MPB. Isso nunca houve! Agora, que o Erlon Chaves era pró ditadura, nenhuma dúvida. Além de grosseiro.
Desde os anos 60 havia uma politização das diversas vertentes da música brasileira. A década anterior foi marcada pela revelação de grandes instrumentistas, interpretes, compositores, arranjadores e gêneros que expandiram o espectro musical brasileiro. Essa pujança foi percebida pelo show business americano que logo nos roubou muitos daqueles talentos que por lá fizeram carreira e foram até influenciar o jazz. Os que por aqui ficaram foram acometidos de intensa dor de cotovelo.
Ótimo texto para relembrar como era maravilhosa a música brasileira. Hoje tem tanta coisa que nem deveria ser classificada como música. Mas entendo que tudo que foi descrito se enquadra como MPB, independentemente do ritmo. Mas, pergunto ao Rui, quais músicas seriam especificamente MPB?
Há uma diferença entre música popular brasileira e MPB. Ou não, como diria Caetano.
Música popular brasileira: qualquer música feita no Brasil que não seja erudita. MPB: música de gênero indefinido com acompanhamento de piano, baixo, bateria e violão econômico.
Discordo. A sigla mpb nunca significou ritmo, assim como jazz também não. EquÃvoco do escriba.
Os discos instrumentais que o cantor Farnésio Dutra e Silva (o moderador não está permitindo que eu escreve o nome artÃstico dele, que é sinônimo do órgão sexual masculino na lÃngua inglesa) gravou ao longo da vida seriam o quê se não jazz?
MPB foi o nome dado à ruptura com a bossa nova ortodoxa, operada por Nara Leão, no intuito de abraçar o samba e o baião tradicionais (junto à s inovações da bossa). Ao mesmo tempo, sim, uma operação de mercado que abria as portas e os ouvidos da classe média para compositores como Cartola e Nelson Cavaquinho. Uma operação polÃtico-musical referendada pela indústria. Quanto à riqueza rÃtmica, pode-se entender a sigla como súmula. Não se deve mesmo entendê-la como negação dessa riqueza.
Ruy, viajei sem nenhuma droga alucinógena ter contribuÃdo para tal. As músicas citadas no texto, ouço -as à exaustão até hoje , exceto as do ie ie ie ops, jovem guarda, não por não gostar delas ,apenas não são minha praia. Desculpe amigo ,mas MPB raiz tem várias vertentes , todas citadas brilhantemente , por isso muita hora nesta calma, e não coloquemos no mesmo balaio, Ãguas de março com mamãe passou açúcar em mim , Roda Viva com eu sou terrÃvel , afinal óleo e água não se misturam.
E o Sertanejo Universitário como se classifica?
Li xô!
O que é isso?
Meu caro, vc se esqueceu que a sem sura da folha está implacável? Isto impede que sua pergunta seja respondida.
Parte boa do estilo, simples assim....
Muito bom.
Essencial distinção entre os riquÃssimos gêneros musicais brasileiros rotulados de modo simplista como MPB. Muito importante desconstruir esta pasteurização.
Valeu pra lembrar o quanto de bom foi e é a música brasileira, principalmente nos anos 60.
Saravá.
Muito bom!
"É Proibido Proibir", o que é? Se enquadra em canção de protesto, conforme o último texto publicado sobre o assunto MPB?
Qualquer coisa, como diria o próprio Caetano... rs
No final, nada é MPB e tudo é MPB.
Não é necessário saber a correta classificação para apreciar uma música, mas creio que não foi disto que tratou o artigo do Ruy. Me parece que o objetivo foi a perda de cultura - e logo num dos campos em que o Brasil é mais rico, a música! Sempre de soube, ou pelo menos se tinha uma boa idéia, do gênero musical de uma música e isto era o reconhecimento de uma parte da nossa cultura. Esse nivelamento geral transforma tais gêneros em coisa velha, ultrapassada, a ser esquecida. Isto é péssimo!
Com todo o respeito pelo excelente texto do Ruy, mas penso que classificações são sempre reducionistas, incluindo o rótulo MPB . Basta ouvir o maravilhoso disco do Xande de Pilares cantando Caetano, com produção musical primorosa do Pretinho da Serrinha, pra ver que outros olhares são sempre possÃveis.
Caro Ruy excelente texto sobre a nossa riqueza rÃtmica, só mencionastes músicas tops,inclusive da JG.
Grande aula de alfabetização musical! Mas todas essas grandes músicas brasileiras precisam da correta classificação para serem apreciadas?
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