Antonio Prata > Histórias de ninar (adultos) Voltar
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De todas as desgraças provocadas pela humanidade na Terra o que sobrou foi só a arte. O coração é uma forma de se referir à alma, o espÃrito, a essência do ser humano. O intelecto é a poderosa ferramenta que permite ao homem avançar no mundo material, mas sempre deverá seguir as leis da natureza. De fato a humanidade está emburrecendo, a alma pouco fala, as intuições nobres se extinguem. As telas absorvem as atenções gerais, e não sobra tempo para o ser humano evoluir. A arte se mecaniza.
Sugiro Marcos Bonassi como colunista.
Hahahah, agradeço a apreciação, Graça, mas creio que não sou educado o suficiente para a tarefa...
O colunista quis dizer, resumidamente, que o wokismo pós moderno é lacra dor e anti-arte. Nenhuma das obras imortais de Hemingway era democrática ou moralista, mas todas terminavam com aquele punch inconfundÃvel, inesperado e inesquecÃvel.
Genial. Disse tudo que penso, de leve.
A obra Lolita de Vladimir Nabokov merece ser citado como exemplo de como a arte superou qualquer escândalo provocado na época do lançamento.
É isso aÃ, Prata! Muito bom.
Voltamos a ser puritanos, vitorianos, como no século XIX. Se, lá atrás eles cobriam as vergonhas de estátuas e pinturas clássicas, em geral acrescentando uma folhinha, nós agora nos escondemos num perfil moralmente irretocável de rede social, num avatar idealizado e politicamente correto.
Realmente essa pueril abordagem unificada da arte não passa de uma triste fabulação ocidental. Enquanto isso só nos resta torcer para que um levante em nossa arte ocorra o mais breve possÃvel. Basta com esse deserto cultural.
Acho difÃcil, artistas politicamente incorretos não ganham likes e portanto não aparecem.
Boa, Antonio, e corajosa.
Perfeito. Os ressentidos estão transformando a arte em receitinha ideológica de salvação. Nenhum poema derrubou ditaduras, ora bolas.
Dê nome aos bois. Por que não nos conta em quais autores / obras você pensava quando escreveu esse texto? Essa crÃtica genérica me parece exagerada e sem sentido, ainda que eu entenda que há livros atuais que cabem na sua descrição. Mas, sempre houve.
Eita, carÃssimo, Pratex sed Lex: cê combinou com o Rap, seu colega Tuga de folha, de abordar o tema? Óia, sô, lendo-te, não pudo deixar de me remeter à mesma barbaridade que no artigo dele, com cacófato e tudo, mencionei: que história foi essa de censura à exposição candanga que botava Bozo e dois outros em seu lugar de destino? A origem, sabida,é a fossa antisséptica; o/a artista, simplesmente seguiu a trilha de bozólitos, os cocozinhos fósseis, e fez a crÃtica à bagaça.O incômodo tá proibido?
Como Pondé eu odeio palestras motivacionais. Tenho horror a livros de autoajuda.
O pseudofilósofo?!
Eu também. Uma das pouquÃssimas coisas que compartilho com pondé.
Graças a Zeus, meu caro Vanderlei, não carecemos de ser o Pondé pra ter tal saudável ojeriza. Se você dependesse de livros de autoajuda pra arrumar vosso joelho estropiado, ficavas em má situação, hein, compadre? Viva sua Amada e os curativos amorosos!
Excelente artigo. A “arte engajada” deixa de ser arte e vira peça de marketing polÃtico. Mas tome cuidado, Antônio: a turma da lacração logo comparecerá aqui para dizer que você é da direita, assim como a bancada da bala te chama de “comunista”. Eles têm alergia a textos que desafiam suas certezas.
Antônio, não estaria você se referindo não à arte, mas à indústria cultural, essa deformação que sempre buscou agradar o público? A arte anda por aÃ, à espreita.
Hahahahah, clara Chiara, não somente à espreita, como também dando botes. O pobrema é que tem sido, não poucas vezes, vÃtima daquilo/daqueles que crÃtica. Pra lembrar de polêmica velha, vêm-me à pútrida mente o causo do Lobato: artista absolutamente crÃtico a um sem-número de coisas, empresário avançadÃssimo e rebelde, foi feito de Judas e removido de bibliotecas - ou cruelmente amansado em seus textos - ao invés de ter sua arte discutida e contextualizada, servindo pra *educar* o espÃrito...
Creio que não é isso, ele quer dizer que TODA arte hoje está contaminada pelo ressentimento das minorias, que a usam em causa própria. Mas a arte é outra coisa, pois não instala verdades.
Confundem arte com publicidade. D.H. Lawrence não escreveu livros tão escandalosos assim. Foi vÃtima do moralismo burguês. Hoje, seria cancelado ou coisa que o valha.
'Women in love', obra-prima! O que são aqueles diálogos existencialistas?!
Perfeito!
A verdadeira arte nasce no coração, visa o bem geral, mas o intelecto se infiltrou e a arte se tornou mercenária, ideológica, pornográfica, violenta. Assim o coração foi ficando cada vez mais ausente e a aspereza tomou conta da vida. O planeta está desfigurado, a miséria espraiou pelo mundo, a guerra é a palavra final, sem arte, com bombas e mortes, produto intelectivo sem espÃrito.
É isso, Marcus.
Benedicto, prezado, complemento o colega Fabrizio, abaixo: o coração não é somente delicado, também transborda peçonhas e rancores. Não botemos na conta do intelecto toda esta fieira de asperezas... E, na direção do que afirma o colega, ele também pode ser fino, delicado, arguto e cortante, méritos essenciais à Arte.
Toda arte acompanhada de intelecto torna-se uma obra de arte. Não demonize o intelecto. Aliás, falta intelectualidade em nossa sociedade.
Concordo plenamente. É muito roteirista escrevendo qualquer coisa. Não podemos nos esquecer de quão jovem é a escrita brasileira, assim como a leitura. Vamo que vamo!
Uma pergunta: como nasceria a arte num mundo justo? Infelizmente o clamor pela justiça, vem da existência da injustiça...
Disse tudo, ou ao menos, muito. Pena os (B)ócios já chegando sôfregos, aplicando suas rasas clivagens left/right ou pior: o mesmo, mas personificada na fulanização que já deu. Acho que a arte vai mudando prá tentar ficar palatável ao público de ocasião. Claro, sempre foram e serão lançadas pérolas aos suÃnos mas, no geral, cada público assiste ao que merece, analogamente aos governos que (n)os exploram. Obrigado pela ração de pérolas de hoje. Não deixe de lançá-las, a despeito dos grunhidos.
Antônio, siga o conselho do velho Mário: "Volte para a crônica!"
Tem toda razão. A única ressalva é que faltou coragem e cedeu, pagando pedágio o pedágio identitário que critica
Fiquei confuso , será de fato o Antonio Prata o autor desta crônica ou terá ela sido escrita por inteligência( ou burrice) artificial? Estará o colunista passando por transformações ideológicas graças à s altÃssimas temperaturas ou só devaneios dos jovens senhores em fase negacionista? O tempo dirá mas minha preocupação fica registrada desde já.
Eu não. O sentido foi muito claro. Discurso de moral da história vale até os cinco anos de idade.
Também estou confuso. E atônito.
Brilhante.
2023 terminando e este foi o melhor texto do ano, para mim. Meu presente de Natal antecipado. Obrigada, Antonio.
Um artigo necessário.
Aplausos,aplausos,aplausos entusiasmados e de pé!
Ta melhorandoÂ….
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