Wilson Gomes > Excomungados, banidos e proibidos: a nova era da intolerância Voltar
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O paÃs foi construÃdo por uma elite lusófona (europeia, católica, branca e escravista) e assim se perpetuou até que ideias iluministas como independência, sufrágio universal e liberalismo econômico trouxe a abolição. Mérito de quem? Dos brancos e da elite branca. De fato houve resistência a escravidão e temos uma dÃvida histórica com os pretos, pardos e indÃgenas mas dizer que a história foi diferente é puro revisionismo e é isso que se passa na EBA censurando o quadro alegando racismo.
Texto corajoso, parabéns! É um desafio discordar da "democrática" esquerda identitária. Sempre se está sob o risco de ser chamado de todo tipo de "-ismo" por esta afável ala que assim classifica todos de quem discordam.
E nesse vai e vem a universidade perde importância! Viram guetos ideilogicos para iniciados e produz quimeras!
Seria cômico se não fosse trágico... cada vez mais as bolhas são mais cegas e mais radicais.
O governo federal anterior legitimou o comportamento irracional, violento e sem necessidade de provar nada: vale o que está na rede social. Esse comportamento se alimenta do Ódio. Não tem volta e cada dia mais se alastra por todo canto até matar o doente. Neste cenário, analisar qualquer informação de forma racional fica impossÃvel.
Existe remédio, só não sei direito qual. Muita calma, sabedoria e trato. Uma Coiso é certa, é muito caos, ódio e morte disseminado nessas mÃdias que idiotizou a milhões. Levará muitos anos, talvez décadas para diluir tanta pé sonha e ignorância.
O respeito a manifestação e as opiniões é um crescimento do mundo liberal e do ser humano. Quebrar pré conceitos, evoluir todo dia e aprender a tolerância. Só não dá para tolerar os intolerantes. Aqueles que pregam ditaduras ou contra a liberdade de expressão. Isso é o que o Bolsonarismo trás para o Brasil
Tudo o que é humanoepassÃvel de questionamento, que discorda da narrativa oficial e por vezes odiosa, que question paradigmas estúpidos, que reage contra racismo, etarismo,machismo,.homofóbica, intolerância religiosa e que tais ( infeliz caldo cultural e ed senso comum do brasileiro medio), vira intolerância de esquerda raivosa Folha, onde cronistasbrikham. Essa foi infeliz
O Coisismo é intolerante, sem dúvida. Mas desde antes do Coiso crescer e chegar ao poder os pseudoIntelectuais petistas faziam patrulhamento ideológico de qualquer um que fizesse alguma critica ao petismo. São muito parecidos.
Essa é uma luta odiosa, cheia de ódios, movida por gente irrevogavelmente ressentida. Mas a Universidade não se insurge contra esses múltiplos movimentos dogmáticos, pois de nada vale a sua insurgência... a questão é mesmo de consciência individual, de termos professoras e professores capazes de se posicionar, pessoalmente, contra o coletivo dogmático. Acredito que é absolutamente meritório ser banido por esses babacas. Essa luta inglória é a realidade pungente de algumas grandes universidades.
Sensacional! Infelizmente criamos um novo grupo social, os ofendidos profissionais. Intolerância nem sequer começa a definir esses terraplanistas. Fossem somente eles, seriam relegados como mera piada inconveniente. O problema está no estado estabelecer as mesmas práticas, aderindo ao fascismo ativista.
Boa.
A educação se dá pelo conflito de ideias. Eliminar as diferenças é exterminar o censo crÃtico. Minha solidariedade aos professores do Brasil.
José: Censo aponta que faltou senso hahah
O senso crÃtico deve ser estimulado, mas o censo crÃtico deve ser mesmo exterminado.
A educação, a saúde, o saneamento básico , a segurança a soberania do paÃs não deveriam ser tratados com critérios de partidos ou ideológicos . Livros são fontes de conhecimentos, e claro , quem tem muita literatura ruim , mas cabe a cada um fazer seus questionamentos e tirar suas conclusões com debates onde reine o direito de cada um expor seu ponto de vista . Banir livros é censura e ato de vandalismo e ante cultural e não aceitar que as pessoas façam suas escolhas .
Se os ativistas gostam a coisa é assim, se não gostam, a coisa é assim. Podem elogiar quanto quiserem nossas Escolas e Universidades, o aparelhamento é atraso sim, na China uma criança de 5 anos sabe de cor uns 4 mil verbetes, aqui aos 12 não sabem nem assinar o nome, somos insignificantes sim, nunca vai haver um Premio Nobel por aqui, nossa riqueza intelectual é pobre, até o Perú tem um Premio Nobel, tivemos a oportunidade de sermos alguém para o Mundo, mas vcs preferiram o atraso.
Na minha opinião, esse é o preço a pagar pela presença nas universidades de correntes de opinião disfarçadas de ciências. O fato desse grupo mencionado pelo colunista usar a palavra 'epistemicida' é um sintoma disso. Há um desespero para que opiniões recebam a aura de ciência, e o medo de serem desalojadas desse status.
Bom artigo!
Radicais, ignorantes, estúpidos e medÃocres, tanto faz credo, crença, dogma, ponto de vista, lugar de fala, desejo de reparação ou vingança, podem ser de direita, de centro, de esquerda, de cima ou de baixo, são o que são, terroristas, revanchistas, só sabem aparecer desmerecendo os outros. Se não fossem radicais, sempre haveria o diálogo, o aprendizado, a mudança, o encontro, a paz. Mas não, o ódio cego é grande demais.
As lutas identitárias têm raÃzes legÃtimas em suas origens, de resistência e defesa de grupos historicamente subjugados. Mas, infelizmente, acomodaram-se em uma posição de intolerância e autoritarismo, tal como os grupos opressores de sempre. Lidar com o diferente dá trabalho, exige reflexão contÃnua e boa vontade.
O autor fala apenas e somente do extremismo e suas consequências nos âmbitos morais esquerda e direita. Ambas são autoritárias ao defender o que consideram o bem e o mal. No Brasil,
“ decisão de que uma fé, doutrina ou obra é falsa não é critério legÃtimo para desrespeitar quem a sustenta, proibir a sua existência ou atuar de forma autoritária ou violenta contra ela.” Neste caso deverÃamos ser tolerantes com os nazistas, nazismo e os golpes de extrema direita, antidemocráticos?
Não, da mesma forma que não devemos ser transigentes com nenhum grupo ou ideologia radical. Por isso mesmo não devemos ceder a narcisistas histéricos que pretendem moldar o mundo segundo suas convicções distorcidas. Não a toa a semelhança com maoÃstas, leninistas, nazistas et caterva.
Leia Novamente por favor.
Obrigado pela excelente colocação. Defender comunidades perseguidas e estigmatizadas é diferente de defender eugenia.
É apenas uma questão de Bioética.
Ótimo artigo, Wilson! A esquerda identitária tem a mesma matriz moral, a intolerância e negacionismo (cientÃtifico) da extrema direita (como a bolsonarista). Nas universidade pululam exemplos. Na FSP há vários articulistas (sic), pseudojornalistas e pensadores(sic) da mesma lavra.
Nenhuma surpresa: o panfletismo, ou identitarismo, sempre foi um totalitarismo implÃcito, não institucional até então mas orgânico via cancelamento e outros métodos de esvaziamento do outro que não concorda comigo. Vejam só: os alunos/militantes/massa de manobra querem ensinar os professores! Ou seja: não importa a Educação em si, mas a massificação da ideologia que servem: a da destruição.
Me lembro quando começou a surgir nos ambientes acadêmicos um discurso descontrutivista que clamava por um relativismo cultural extremo. Se tudo era relativo, se qualquer ideia não teria valor para além dos limites da cultura na qual se desenvolveu, qual seria o sentido da ciência? Daà para as guerras culturais, onde a racionalidade já não serve para nada, foi só uma questão de tempo...
A censura do jornal, ou antiinteligência artificial que anima seu bot, é de uma incompetência total.
concordo.
Total
A questão é importante, mas está sendo colocada de modo equivocado, parcial. Acaba-se gerando o que poderÃamos chamar de intolerância da intolerância, e esse diálogo de surdos é ridÃculo, além de inútil. Sobre uma manifestação qualquer, irascÃvel ou não, precisamos avaliar sua representatividade. O abaixo Assinado está em Charge.org e no momento que o visito tem 543 assinaturas... o que para uma plataforma aberta é um número insignificante.
Que trabalhos cientÃficos? Que a abolição foi uma dádiva do establishment branquinho do império? Oras, a questão aqui não é de ciência, não precisa de ciência para dizer que o quadro é uma idealização fajuta. A questão é se essa idealização se mantém a ponto de ser exibida onde está.
Representatividade? Contra trabalhos cientÃficos? Ciência por votação, é isso? Desculpa esfarrapada para podres poderes.
Vindo de um programa de pós-graduação em artes (!!) este é mais um retrato de como uma certa esquerda identitária pode se comportar como a direita reacionária, impondo seus pesos e medidas travestidos de discurso acadêmico.
Votar o que outros podem ou não fazer dentro da lei, Alberto? Instrumentalização de votações, só reforça o que o colunista colocou.
Impôs será? O abaixo assinado em plataforma aberta na internet tinha menos de 600 assinaturas quando olhei agora pouco. Isso não impõe nada a ninguém.
Ora, agora que vcs veem isso? O Aparelhamento nazi-petista no ensino existe há décadas e é motivo sim do nosso atraso, tanto que nunca tivemos um Premio Nobel ou alguma "celebridade" com pertences leiloados no famoso Leilão de Londres. Esse aparelhamento nos mostra a nossa insignificância perante o Mundo.
Há muito tempo eu não tanta besteira em tão poucos linhas!
Qualquer um que usa argumento sobre competência cientÃfica baseada no prêmio Nobel deveria ler o livro "Losing the Nobel Prize" para ver como o prêmio é uma panelinha e cheia de politicagem. Se não tem paciência para ler um livro, o autor fez uma palestra de 20 minutos no TED explicando os pontos principais.
Dá trabalho desconstruir, né, Dilmar?! Vamo que vamo!
A prova dos nove da inutilidade do mecanismo de censura da Folha é que deixa passar um comentário injurioso como o do sr Bernabé... mas que eu também não barraria, porque demonstra a fraqueza (contem eufemismo) desses posicionamentos.
Ainda essa conversa de prêmio Nobel? Para "provar" que nossa academia não seria relevante? Você nem faz ideia do que seria nosso paÃs sem a produção de nossas universidades públicas. Muita gente de destaque, incluindo conservadores, saÃram delas. Acredite, não são antros de doutrinação esquerdista bolivariana gayzista feminista identitária atéia satanista maconhista do Foro de São Paulo com aval do George Soros que habitam os seus delÃrios!
O autor toca em ponto muito importante. O extremismo, tanto da direita como da esquerda devem ser expostos e criticados, sem medo. Liberdade vale a um dos lados, somente quando convêm à seus interesses e posições. A hipocrisia vigora em ambos os lados.
Ótima colocação Humberto.
Gozado, costumo ver bem mais hipocrisia ao centro.
A polÃtica identitária é reacionária na sua essência.
Sim, e só há uma essencialmente reacionária e opressora: essa secular normatizada. As demais PolÃticas Identitárias são constituÃdas de movimentos plurais e diversos e legÃtimos. Não é bicho-papão, não. Qual o receio?
Que falta faz o velho historiador para uma nova versão de "A Era dos Extremos"...
Blá, blá, blá e mimi de reacionário é falar em "pauta identitária" para preservar privilégios de sempre. Não é e nunca será "identitária" uma questão que afeta 54% da população, como é o caso dos pretos, nem será a questão das mulheres, mais da metade da mesma população. Imagens escravocratas têm que ir para museus que demonstrem a barbárie. Em centros de estudo, cultura e nas ruas, têm quer banidas !
Mais censura...
Não sei de onde veio essa ideia de que a palavra identitária seja desabonadora. Pode ser que eu esteja errado, mas para mim faz pouco sentido esse limite de 50%, a palavra designa uma pauta que se define por uma caracterÃstica dos indivÃduos que ela defende, e são legÃtimas até prova em contrário.
Não é nada disso que ele está defendendo. Você realmente leu o texto que crÃtica?
Bem, seu Wilson, que o bagúio tá lôko, parece não haver dúvida razoável. Na academia, todavia, tudo pode ser rebatido com argumentos, né não? Coisa que não ocorre ao rés-do-chão. Onde, aliás, os argumentos são substituÃdos, frequentemente, por tabefes. Não creio que a academia possa ficar gemendo, ao menos não ainda - já argumentar, denunciar e expor idéias (não vou julgar quais merecem o acento agudo, estendo-o a todas), é obrigação: é lugar não somente de convivência pacÃfica, mas de fricção.
Complementando caro Benassi, por minha conta e risco, claro. Argumentar que o outro é intolerante pode ser, as veis, e paradoxalmente, sinal de intolerância.
Extrema direita e esquerda identitária competindo pela desumanização, sectarismo, violência e morte em vida. Os casos se multiplicam Brasil afora. Enquanto isso, pautas essenciais como saúde, educação, inclusão, envelhecimento, paridade de gênero, autonomia cientÃfico-tecnológica, energia limpa, transparência do orçamento público, etc etc etc se perdem no caldo de quem excomunga mais.
Extrema direita x esquerda identitária, disputando o troféu da intolerância, da arrogância e da estupidez.
Uma "esquerda" que quer apenas se inserir de forma privilegiada no sistema se assemelha á uma velha direita corporativa, racialista e anti liberal, esse nova direita identitária também está presente em outros paÃses. A tradição da esquerda a filia ás propostas universalistas e de classe, isso pelo menos desde a segunda metade do século XIX.
não há duvida de que vivemos uma nova era de intolerância advinda dessa linha Coisista que apareceu nos últimos anos. grande parte dela religiosa de falsos cristão. Jesus pregou uma revolução Ãntima do ser sem entrar na polÃtica "A Cesar o que é de Cesar" há tempos teve suas ideias deturpadas, mas Cristo era um inclusivista. Andou com meretrizes, polÃticos corruptos e bande idos comuns e nunca apontou o dedo pra ninguém, exceto para clérigos que roubavam e visavam poder.
Acredite, o mito não era a causa, era apenas um sintoma de uma moléstia que há muito vem sendo incubada e agora aflorou de vez.
Ao autor, é possÃvel ser tolerante com seus algozes ilegÃtimos? Você seria?
Existem algozes legÃtimos?
Algoz, que algoz? A princesa Isabel aboliu a escravidão, não a instituiu. Claro que um quadro que celebra o fato como pura dádiva da regente é equivocado. Mas foi um ato da regente, e até corajoso. Ela precisou negociar a lei com o parlamento e aparentemente contra a orientação do pai, que estava afastado por motivo de saúde. E com isso ajudou a derrubar o próprio império que representava. As festas de rua no Rio duraram uma semana (se não me falha a memória rsrsrs). Então menas... muito menas.
A questão não é essa, caro Alexandre. O problema é deixar o "ódio dos algozes" distorcer a visão e as ideias, enxergar inimigos onde não existem, confundir tudo e só piorar os graves problemas da sociedade.
Algozes ilegÃtimos???? Meu Deus!
Tenho sido, há 60 anos.
A luta pela afirmação de valores e identidades de variados segmentos deve ser respeitada, porém,quando essas bandeiras servem de escudo á inserção privilegiada no capitalismo perdem seu eixo, no espetro polÃtico se alinham a direita, ao não buscarem supressão sistêmica precisam aderir ao conservadorismo, daà a Trindade:corporativismo, irracionalismo e intolerância.
Espectro ***
Esse artigo deve ser lido como um desesperado alerta para um perÃodo de terror iminente. A intolerância denunciada pelo articulista é produto do ódio que está sendo fermentado contra os diferentes, e instrumento polÃtico usado por facções extremistas que querem mudar a história. Resistir é preciso. Defender a democracia e o Estado de Direito é obrigação dos democratas.
Isso não é uma entativa de gerar pânico da sua parte?
Não é iminente. Já está acontecendo e foi tentado só que a cúpula do exército se negou e o STF prendeu alguns. dá para pega-los e será pegos, mas há que ficarmos alertas.
Tolerância sempre. Mas é preciso educar as convicções que são nefastas à sociedade. Há convicções que carregam ódio, prejudicam a saúde da vida na Terra, e não contribuem para o avanço.
O problema são as conviccMes negacionistas, à direita e à esquerda, conforme as paixMes. Prejudicam a todos, inclusive a si.
Transformaram até o enem em uma prova identitária.. não querem saber se o aluno sabe matemática ou português, mas saber se ele é de esquerda, direita, hétero ou homo, etc
Doutrinado
Bravo. Perfeito. Epistemologicamente violento é uma expressão que vou mastigar por muita horas para extrair algum sentido. Transfeminismo cisgenerista é outra coisa também que vai demorar acho para eu ouvir novamente.
Nas humanidades, produção de conhecimento se confunde com polÃtica, de tal forma que os intelectuais devem embasar e legitimar movimentos sociais. Assim, refutar racionalmente um conceito é entendido como "deslegitimar todo um movimento e sua luta histórica". É um ataque intolerável e ultrajante a pessoas e suas biografias. Aà f@d_u tudo!
Excelente argumentação! Parabéns! Intolerância nunca teve ideologia, somente Dogmas e, às vezes, Catecismos.
Todo censor é um idiota. Quem censura não sabe argumentar. A censura é crime de constrangimento e abuso de autoridade. Simplesmente inaceitável. A Folha censura comentários, mesmo sem palavrões e insultos. É ridÃculo. Argumento se refuta, não se censura. Afastem de nós esse cálice.
Como sempre, sublime
Ótima coluna.
O último parágrafo é revelador. As universidades estenderam "tapete vermelho" aos intolerantes. As perguntas são: não sabiam que seriam também vÃtimas? Não sabiam que tudo se resume a espaços de poder? DifÃcil acreditar em tamanha inocência
Não dá pra saber exatamente a que revelação se refere esse comentário, mas a esquerda identitária (que é sujeito da frase referida) não é igual a intolerantes. O prof Wil Gomes não diz que movimentos da esquerda identitária são intolerantes, mas sim critica a intolerância delas. Note que existe uma sutil diferença aÃ.
Vc esta soando como sendo da turma dos intolerantes.
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