Blogs Cozinha Bruta > Cozinhar é perigoso, comer pode ser mortal Voltar
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Também presenciei no verão do sul da França, o chefe selecionando os mules pelo olfato no fundo do restaurante. Penso que se tem alguns em putrefação, todo o lote deve ser descartado.
Meu único piriri em mais de dez anos foi um presente de um steak tartare comido no verão, num Bistrô de Paris. Deveria ter desconfiado daquele bafo quentÃssimo que vinha da cozinha e do vinho branco morno.
Foi na gelada Copenhagen que um restaurante Best provocou intoxicação em dezenas de comensais. Ironia do destino?
No momento em meu indicador direito está faltando um bife porque tentei cortar um bife. Ok, faz parte. A opção era matar um boi de uma tonelada na porrada, um tigre à pedradas, um tubarão à dentadas. É, acho mais seguro cozinhar.
Por isso tento fazer tudo em casa, inclusive linguiças de pernil, moà o pernil na minha kitchnaid, temperei com temperos que gosto, comprei a tripa, e pronto. Tenho mais 3 kgs de linguiça totalmente confiáveis e deliciosas.
Quando me mudei pra Campinas a muitos anos atrás, passei a frequentar um restaurante de comida japonesa, simples, perto de casa. Um dia, perguntei pro cozinheiro que também era dono, se ele tinha atum para fazer algo, e ele disse que não, mas me avisaria quando tivesse. Quando esse dia chegou, eu comi um monte, mas conforme minha pouca inteligência me avisava que o gosto estava estranho, eu tacava mais shoyo. Hospital, soro, três dias.
Eu, com 22 anos, maturidade de um pouco menos e ferramentas emocionais idem, resolvi matar um risole de rodoviária em uma cidadezinha de MG. Era verão. Uma mordida, duas mordidas, e logo vi que o presunto não estava em seu melhor momento. Na hora, saquei que aquilo teria repercussões em mim. Batatal. Na mesma noite, passei mal demais e fui para o hospital no dia seguinte, soro na veia quase a tarde toda.
Geralmente, eu comia só pastel em rodoviária, um clássico para mim. E com a pimenta da época do meu avô.
Nas rodoviárias.e postos da vida, vá de queijo quente.
Eu que o diga, certa vez fui convidada a jantar em casa de um casal da Dinamarca. Serviram um prato, vegetal, cacto, aqueles conhecidos aqui como “figos da Ãndia” Tive uma reação imediata, sai correndo para o banheiro onde expeli o alimento e já me senti melhor, creio que foi um caso de alergia aguda. I
Sem maionese fora de casa.
"Ser adultos, entre outras coisas, significa escolher os riscos que topamos correr." No fecho de uma crônica, uma lição de vida. Marcos, você é um cronista!
Cronista top.
Essa matéria me fez lembrar daquela piada: a pessoa chega no boteco de beira de estrada no meio do nada e pede ao balconista: "me dê esse kibe, por favor", o balconista abana o "kibe" e fala "não temos kibe, só coxinha" e junto sai um enxame de moscas.
Do Livro dos Riscos de L. Laudan, nos EUA, o risco que um adulto tenha alergia alimentar, é três por cento. A proporção de frutos do mar não inspecionados por doenças, mais do que dois terços; só um quarto é inspecionado visualmente, a olho nú. O risco que o envenenamento alimentar será fatal, um em mil. As duas maiores fontes de envenenamento por salmonela, comer alimentos que contenham ovos e lidar com tartarugas de estimação. Há mais riscos em frutos do mar do que na carne.
Neste calor escaldante, poderiam fazer um concurso pra descobrir o tipo mais corajoso : quem come ostras à noite em algum bar meio suspeito, maionese de legumes num restaurante às duas da tarde, ou quem encara um pastel de feira lá pela uma e meia, frito naquele óleo que tá borbulhando desde cedo, kkk. E vale a pena ver o filme argentino El Patrón (Netflix). Jamais queira saber como são feitas as linguiças, kkk.
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