Reinaldo José Lopes > Problema do agro é achar que suas soluções são imutáveis quando as regras do jogo mudaram Voltar
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Esse agro foi muito paparic4do, e agora s0fre de um complexo de superioridade... Não tem essa... Um precisa do outro... Se eles não produzirem, pode demorar, mas os urbanos se viram...
O excelente artigo permite compreender que talvez a principal praga a ser combatida no campo seria o pensamento colonial, extremamente deletério a todos. Era uma vez um paÃs que foi fundado por exploradores muito vis, onde os recursos ambientais e sociais eram todos "consumidos" até a exaustão.. Até quando??
Bela matéria. Concordo, nem tudo vem do agro portanto o agro não é pop coisa nenhuma, o pop ainda está para nascer.
O colunista se equilibra precariamente entre seus preconceitos e sua ignorância. O veganismo crescerá no mundo, mas a exigência raivosa por mais carne crescerá aos bilhões. Não descartemos a hipótese de que em 2050 o Brasil se veja pressionado militarmente a arrasar a floresta amazônica e criar mais boi. A choramingação de hoje parecerá então isso que é: luxo de ricos.
O que o agro mais deseja é a polÃtica do boi com soja.
Nossa plantação de arroz é a menor nas últimas décadas - Estamos passando o vexame de importar arroz do pequeno Uruguay e dos longÃnquos Ãndia e Vietnã .
Não consegue competir com a soja, então o arroz perde terras.O objetivo do agro e lucrar, não melhorar a segurança alimentar das pessoas, isso só mostra que pop tem de nada, mesmo querendo mostrar.
Há quarenta anos, a galera só agro só sabe fazer uma coisa - plantar comida para os suÃnos na China ? soja ! Plantar comida para o povo brasileiro - arroz, feijão, batatas - nem pensar !
Tautologia, precisa trabalhar no campo para querer dar definição sobre. Sol, chuva, calor, frio, seca, enchentes... de dentro da cidade, geladeira abastecida, boa poltrona, fica fácil ao intelectual (poltrão?) ditar regras.
O texto é tão bom que acerta até quando erra:"acho difÃcil negar que o atual modelo de produção agrÃcola em larga escala teve um papel importante na redução da segurança alimentar”. O sentido pretendido seria dizer que dá-se "aumento" e não "redução", como está escrito. Contudo, podemos sim, falar de redução de segurança alimentar de longo prazo pois quando a Amazônia desertificar acabou-se ciclo de chuvas para a agricultura. Lembrar tb que mst é produtor recordista de arroz usando outro modelo.
O agro precisa entender três coisas: 1- A sustentabilidade é fundamental, o meio ambiente deve ser preservado; 2- A democracia é inquestionável e Bolsonaro é um demônio; 3- Os povos indÃgenas devem ser respeitados e grilagem, matança e disputa de terras como nos tempos dos coronéis não são admissiveis!
Basicamente..
Seu comentário é perfeito e irretocável, mas não veremos avanços sociais enquanto as novelas brasileiras não pararem de mostrar os "coronéis" como personagens fortes, impulsivos, sempre obedecidos sem questionamento, cuja autoridade está acima de todo poder democrático. Não passam de ditadores de pequena estatura, mas enquanto nada for feito, suas imagens permanecerão no imaginário nacional como sÃmbolo - negativo - de força. E do agro.
Não é que o Agro seja Ogro. Sem dúvida o Agro não é tudo. Mas, o que talvez escape é que o engenho linguÃstico tem méritos de prestidigitador: o Agro é, na verdade... Pecu. Pecu, de pecuária, naturalmente. O desmatamento e grilagem conhecidos por todos, as safras recordes de soja, não são, nunca foram propriamente agricultura, pois só existem como escada para alimentação bovina. A atuação produção de grãos do planeta poderia alimentar 14 e não apenas 8 bilhões de pessoas vegetarianas.
É verdade, Felipe. Uma parte da humanidade sempre comeu... pouca... carne. O que ocorre é que o consumo só faz aumentar e isto não se sustenta. É, de fato, a receita do suicÃdio coletivo que vivvemos pois os gases da Pecu são mais deletérios do que toda a cadeia de transporte via combustÃveis fósseis. Falas sobre ser natural e isto apenas explicita o sistema de crenças em que fomos criados. Recomendo a leitura de Melanie Joy que desmonta a tese do "natural, normal e necessário" com brilhantismo.
Não são todos veganos, a maior parte da humanidade sempre comeu e comerá carne, é natural. Vou comer um belo de um churrasco na sua frente!
Há mt "choro e ranger de dentes", pouca reação desapaixonada à alternativas. Caminhamos à autoextinção pois somos equipados com sensibilidade e apego à prazer, cultura/tradição, e baixa capacidade de articulação/pensamento de médio ou longo prazo. PolÃticas públicas e subsÃdios para redução de carne e veganismo é O caminho. Mas, o choro e ranger de dentes grita por paladar arraigado, não sobrevivência. Esta é a resposta à s futuras gerações que perguntarão: por que eles não desarmaram a bomba?
Precisamos reindustrializar o Brasil. Não para diminuir a importância do agronegócio e sim por um tema de segurança institucional. Precisamos de equilÃbrio, não dá pra colocar todos os ovos em uma única cesta, sujeita aos caprichos da mãe natureza.
Substituir o modelo sem invencionice, planejado, ao longo do tempo, de substituir e reduzir a oferta de alimentos o resultado sócio polÃtico será desastroso. O Camboja acaba de ter uma experiência mal sucedida de eliminar os defensivos agrÃcolas, deu fome e caiu o governo, devemos aprender com eles e outros. Ficar pendurado em comodities já deu ruim várias vezes em nossa história.
Acho que ficou faltando falar sobre que modelo alternativo seria esse. Carne artificial? Hortas verticais? Acho que na medida em que processos e produtos desse tipo sejam economicamente viáveis, nosso agro irá se adaptar (ou perecer). Mas por enquanto, no Brasil e no mundo, estamos vivos graças ao Fritz Haber e ao seu processo sintético para produzir fertilizante nitrogenados. Nunca tantos deveram tanto a uma só pessoa.
Menos soja e mais comida de verdade, já e um ótimo caminho
Eu quero carne de ser vivente.
Carne de laboratório é sim, uma alternativa, Cardoso. Contudo, sua popularização carece de investimento e incentivo, subsÃdios para competir com a urgência que as mudanças climáticas impõem. Um caminho alternativo seria a redução programada dos altÃssimos subsÃdios do Agro e a criação e elevação constante de subsÃdios para promoção de veganismo ou reduçaõ de consumo de carne. A economia e os empregos transitando de um negócio para o outro. Especialmente, garantindo um planeta onde viver.
Sou engenheiro agrônomo, Esalq USP. Suas preocupacoes são minhas também. Sem cair nas teorias da conspiração e do bichogrilismo, temos problema mais imediato e maior. A economia brasileira está hoje pendurada no Agro, subsidiado e concentrador de renda, e este pendurado no cipó da Crise Climática. Leia-se mil e 77 a.C., o Ano em que as Civilizações Colapsaram, de Eric Cline, diretor de história e arqueóloga do Capitólio e professor de Yale.
Suprima hipoteticamente esse andaime da estrutura e você encontraria uma casa em escombros. O Agro não é tech somente na propaganda, investe continuamente em inovação e, para esclarecimento do fantasioso escriba, com 23 milhões de hectares, o Brasil está na liderança mundial no uso do controle biológico nas lavouras e já exporta tecnologias da área para outros paÃses.
Falou, falou... e caiu na mesma teia em que o colunista expôs.
Infelizmente, o setor rural padece mais de nossa herança colonial do que outras áreas. As atitudes polÃticas do setor demonstram a intenção de mirar o passado e não o futuro. Ambientalmente o contexto é mais que desastroso! Culpa tb das universidades que nunca se ocuparam desse tema suficientemente. O replantio massivo de árvores nativas em todas as estradas e propriedades rurais começa quando??
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