Alvaro Machado Dias > A guerra Israel-Hamas aumenta ou diminui as chances da solução de dois Estados? Voltar
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A invasão não acabou, e vai continuar porque a anexação das terras palestinas é um ideário. O Hamas não foi aniquilado e vai permanecer porque é a único grupo armado na resistência. Não vejo chance de sustentação de vitórias e rendições, a luta armada desvelou a realidade ao mundo. A crueldade vai continuar, ameaçando o quotidiano de j ud eu s e isl âm I cos em todo lugar, até que fatos novos nos levem aos dois estados.
Para além de visões de um lado ou de outro, o texto se afasta do perigoso caminho de ser maniqueista e trata a questão com a seriedade que o tema merece: com dados, pesquisas e opiniões verdadeiras de partes importantes desta guerra que, infelizmente, está entre nós.
Só especulação “especializada” que nada esclarece sobre o futuro, a não ser por um reconhecimento envergonhado de que o que prevalecerá mais uma vez é a não resolução pela força para “proteger Israel”. Dá menor valor a sensibilidade pública e demostra que as elites no poder continuam a ignorar o povo e sua vontade e postando alto nos mecanismos de controle de massa. Vai dar certo? Não! Os planos do sionismo e simplesmente quer a cumplicidade com o genocÃdio dos governos e da humanidade.
Prezado Antônio, tudo bem? Obrigado pelo seu comentário. O objetivo do artigo foi trazer um panorama sobre o impacto da guerra nas chances da solução de dois Estados. De acordo com os especialistas/professores estrangeiros e brasileiros consultados, a guerra torna a perspectiva de um Estado palestino ainda mais remota.
Não aumenta nem diminui, coloca a nu a inviabilidade da ideia original baseada em expulsar gente de casa. Após a primeira guerra erraram muito com reparações e tomadas de território, na segunda se buscou o contrário pra levar paz e prosperidade. Menos aà no oriente médio, onde a retirada a força de territórios, gerou o que está até hoje.
Olá Hercilio, obrigado pela reflexão. A percepção dos especialistas é que ela diminui, mas seu ponto de vista é válido e merece respeito.
De que adianta propor uma solução de 2 estados quando os dois lados majoritariamente não aceita?
Oi Manoel, entendo. De qualquer maneira, vale ter em vista que as pesquisas mostram que há substancial apoio à solução de dois Estados entre israelenses e palestinos, em contraste com o que almejam Hamas e Netanyahu.
O conflito é um entrave que, por si só, diminui a chance de criação de dois Estados. Tudo dependerá de como será a ação das organizações internacionais, caso haja interesse que se tenha os dois paÃses. E também saber até que ponto os envolvidos no conflito estarão dispostos a cederem para que haja acordo. Sem isso ficará difÃcil selar a paz.
Excelente ponto! Eu apenas acrescentaria que mudanças de poder em Israel e Gaza podem ter grande impacto nessa equação.
Esse professor Avi Shalim (Oxford) é realista: a solução dos dois Estados é completamente irreal. Achei curioso ninguém mencionar algum tipo de punição aos envolvidos em crimes de guerra, nem algum tipo de reparação aos palestinos por parte da potência de ocupação. Tive saudades da época da graduação em história na UnB, realmente é uma IES com tradição e excelência na área de relações internacionais.
Olá Paloma, muito obrigado pelo comentário. De fato, a UNB é referência nacional. Foi uma grande oportunidade poder contar com algumas reflexões vindas de lá. Avi Shalim também é sensacional. Sobre a falta de comentários sobre a ausência de punição aos crimes de guerra, a questão é que a pesquisa não abriu espaço para isso. Infelizmente, tÃnhamos pouco tempo e muitos assuntos. Abraços.
Dois estados é perfeitamente possÃvel se este for o desejo da ONU e dos EUA, como parece ser. Em Israel já existem muitas forças democráticas capazes de se tornarem maioria e levar o paÃs para isto. Já na palestina há grande interesse da população, para poderem levar sua vida e suas carreiras a outro patamar extirpando grupos terroristas do cenário, mas ainda faltam liderançase força para seguir esta linha .
Olá Carlos, tudo bem? Muito obrigado pela reflexão compartilhada. O entendimento hegemônico entre os especialistas com quem debati o assunto é que, no todo, você está certo; porém, é preciso que haja um clima favorável em Israel e entre os palestinos. A guerra justamente joga contra essa tendência.
A fonte de todo problema está nos EUA que protege sraeI, garantindo que tudo que pratque saia de graça. Um paÃs normal fez algo, os EUA punem com sanções economicas. Um que aniqile 40 pessoas no escritório da ONU (de ontem para hoje), nem se fala.
Olá Josue, muito obrigado pelo seu comentário.
Não existe guerra entre Israel e o Hamas. A guerra é de Israel contra os palestinos. E também não é uma guerra, é um genocÃdio. Essa é a verdade, não é censura da FSP?
Um povo que acha que tem direito bÃblico sobre terras alheias nunca vai querer 2 estados, Ytzak Rabin era uma exceção ,teve essa pretensão e sabemos o que aconteceu com ele.
Ariel Sharon também pago caro.
Israel nunca pensou numa solução de 2 estados pois pensa que como povo escolhido por Deus tem direito bÃblico sobre a Palestina. O único primeiro-ministro que achou possÃvel a solução de 2 estados ( Ytzak Rabin) foi assassinado pelos israelenses
Olá Wilson, obrigado por compartilhar sua visão. Pessoalmente, acredito que a história nos apresente com algumas outras situações em que essa solução foi buscada (i.e., 11/1947). Mas, independentemente disso, eu agradeço pela sua participação no debate, a qual o enriquece. Um abraço e ótima semana.
Eu imagino os negociadores e analistas polÃticos de hoje escrevendo longos textos defendendo em quarenta e um que a solução da guerra era a Alemanha desocupar todos os territórios ocupados e a urss parar de financiar golpes armados nos outros paÃses.
Este artigo junto com o anterior do articulista são seguramente as melhores coisas no tema. Muito bom saber o que pensam os professores.
Pela condenação enfática ao massacre alestino e ao combate a extrema direita ,nenhum comentário meu com opiniões e publicado
Você cita o nome da terra santa dos editores da FSP. Nem entender a religião ele entende. Não é o nome da terra santa que é proibido falar.
A pergunta não corresponde à realidade e assim, no meu entender, deveria ser formulada: O massacre dos palestinos diminui as chances da solução de dois Estados?
O difÃcil é achar o caminho do meio quando militarmente não há como comparar as partes. Seria o mesmo que afirmar que 1 kg. tem o mesmo peso de 1 g, a não ser que a balança esteja desregulada.
Olá Mateus, tudo bem? Obrigado pelo seu comentário. Um princÃpio fundamental em pesquisa é que as proposições avaliadas pelos respondentes devem ser as mais neutras possÃveis. É isso que garante que haja abertura para que todos se sitam confortáveis em responder. Da mesma forma como você entende que esta seria a pergunta certa, há muita gente que entende que o correto seria perguntar se os ataques de 07 de outubro invabilizam esta solução. O caminho do meio é indagar se a guerra o faz.
Não se justifica a moderação. Meu comentário faz referência a fatos, inclusive com registros históricos. Como sempre, o aviso de moderação é impertinente. O "critério" do algoritmo desestimula o debate que o jornal pretende proporcionar com o concurso dos leitores.
Este jornal censura mais os comentários do que na ditadura. Tem rabo preso com os poderosos.
O articulista está certo quando diz que Netanyahu e Hamas são dois extremados que se realimentam reciprocamente. Netanyahu - que tem problemas com a polÃcia e a justiça - não seria primeiro-ministro, sem o apoio dos extremistas de Israel; que, por sua vez, dão força ao Hamas. Yitzhak Rabin, soldado e estadista, compreendeu que o contencioso Israel/Palestina não comporta solução militar. Foi abatido em novembro de 1995, pela bala de um jovem extremista judeu.
Olá João, fico feliz em saber que você acha isso. De qualquer maneira, gostaria de lembrar que o artigo foi elaborado em cima das dezenas de interações com lideranças intelectuais dedicadas ao conflito que tive. Ou seja, este é o entendimento dominante no campo das relações internacionais neste momento - não a opinião do Ãlvaro simplesmente.
Moderação não é censura, folha.
Escrevi um comentário sem nenhuma palavra agressiva, com uma rápida sÃntese de minha opinião. Por que moderação? Quais palavras que escrevi são tão bombásticas que precisam de moderação? Fica a pergunta.
Grite viva Israel viva o genocÃdio palestino viva a faria lima e será publicado
Acho engraçado quererem culpar Israel pelo fracasso da solução de dois estados. Israel sempre assinou os acordos. Quem matou a solução de dois estados foi a autoridade Palestina, que nunca aceitou assinar nenhum acordo com Israel. Quando Gaza e Cisjordânia estiveram sob controle respectivamente de Egito e Jordania, por que eles não criaram o estado Palestino? Porque usavam os Palestinos como massa de manobra para acabar com o estado de Israel. O resultado está aÃ, para todos verem.
Alguns dos intelectuais com quem você conversou deixam muito claras e explÃcitas suas posições em relação a quem eles acham que teria matado a solução de dois Estados. A isso me refiro em meu comentário.
Oisrael é forte apache dos EUA pa ra controlar o oriente medio e o petroleo nas mãos da exons e shels
Olá Alexandre, tudo bem? Entendo o seu ponto. Agora, note que o artigo não faz qualquer revisão histórica do tipo. O que a maioria dos analistas entrevistados diz é que tanto o Hamas quanto Netanyahu não estão verdadeiramente interessados na solução de dois Estados. Como esta é uma questão fundamental no domÃnio da modelagem de cenários futuros, achei que seria construtivo compartilhar os resultados da pesquisa com os leitores. Obrigado.
Prejudiciais a um lado.
Concordo que a solução de dois Estados ficou mais difÃcil. Gaza precisa ser monitorada mais de perto por Israel, não dá para largar de mão como foi feito, que os caras ficam fazendo foguetes e cavando túneis.
Olá José, tudo bem? Muito obrigado pelo seu comentário. De fato, a ampla maioria dos analistas entrevistados concorda que a solução de dois Estados se tornou mais difÃcil. Entre as razões apontadas estão a segurança de Israel (o senso de insegurança que reduz o apoio à paz pela criação do Estado palestino), na linha do que você está dizendo, mas também outros fatores. Ótima semana.
Os caras ficam cavando túneis porque estão cercados e selados, por terra, mar e ar. Israel monitora mesmo, muito. As causas dessa tremenda falha não derivam de ter largado de mão, são bem mais complexas e envolvem uma incompetência, ufanismo e arrogância monumentais do atual gov de coalizão de Israel.
Inviável.
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