A colunista, advogada de direito administrativo e regulação de infraestrutura, não esconde a defesa de certos interesses. Dizer que a presunção "de que toda desestatização é nefasta impede o desenvolvimento da infraestrutura" me leva a perguntar onde a ilustre advogada tem vivido. O discurso hegemônico é justamente o inverso: privatizar e privatizar é a solução mágica! Em raros momentos, como o recente que revelou a incompetência e ganância da Enel, a crítica à privatização ganha alguma voz.

Concessão ou privatização não é palavrão. O Bem estar Social atingido pela Europa Ocidental tem como base uma Democracia Consolidada (e parlamentarista). São interventores na economia em momentos pontuais. A França privatizou a Renault na década de90eis que não mais carecia do Estado do pós guerra. Mas tem coisas que são "imprivatizáveis" serviços públicos básicos, Energia (incluíndo petróleo) e bancos (que no Brasil tem alto papel de fomentação da economia).

Vai tomar o título de go vernador -latinha- do Mario Covas (latinha consulta e internações no hospital do servidor público, latinha livros didáticos, latinha agua, latinha delegacia, etc....).

A conta de luz subiu muito após a privatização das empresas de energia. Isso prejudica os salários dos consumidores.

A privatização da água e do esgoto aumentará nossos custos. Teremos que pagar pela compra da empresa e pelo lucro do dono, além dos serviços. Talvez eu precise reabrir o poço que meu pai fechou.