Opinião > O que é um genocídio? Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Alguém ainda duvida de que Israel está sendo criminoso? Sim? Então vc é criminoso também; simples assim.
Que orgulho! Ler um texto como esse do professor Safatle me inspira. Com muita elegância, estilo e generosidade o professor repudia o assentimento de intelectuais no genocÃdio do povo palestino. Esses intelectuais deveriam por coerência adotar outro posicionamento. Mas... Tem algo que precisamos saber para tal posicionamento insensÃvel? Ou é o simples espÃrito colonialista?
Exatamente, caro Airton, textos como esse devem ser copiados e divulgados, como estou a proceder
Seria expressao de ideacao genocida o lema ' Palestina do rio ao mar" ?
É uma reação a mais de 50 anos de falta de liberdade, de nacionalidade, de respeito, você sabe muito bem. Os palestinos não têm armas suficientes para atacar como o governo israelense vem fazendo, é um fato. Não tem o que se duvidar. E usar a expressão para igualar a eles o que está ocorrendo é provocação sem sentido, sem estofo.
A vida palestina factual é a realidade duma ocupação militar opressora. Seja qual for o caminho para sair de Ramallah há postos de controle sequenciais, soldados e assentamentos israelenses.Quando o Acordo de Oslo foi assinado em 1993 havia pouco mais de 110 mil colonos judeus na Cisjordânia incluindo Jerusalém Oriental. Hoje há mais de 770 mil em assentamentos ilegais sob o direito internacional. Agora a escalada territorial será sobre toda a Cisjordânia. "Amanhã será pior", diria Sêneca.
" Safatlear". Na verdade é um verbo de segunda conjugação ( rsrsrs).
Errata: desculpa, gente. A comunicação truncou. Acho que efeito do sistema tecnológico aqui da FSP ou de minha própria memória (rsrsrs). O certo é que eu procurava, eu queria, um verbo de segunda conjugação (no sentido de " esconder algo) Eles me parecem menos sofisticados. Porém reconheço que para " safatlear " precisa-se de muita sofisticação, muita capacidade de cavar túneis, criar falsas arqueologias, bem mais do que para o simples movimento de "'flanar" sobre uma superfÃcie ou tema.
Acabei de criar o verbo " saflatiar", tirar da análise polÃtica o que está no proscênio e levá-lo para o camarim. Fazer uso de um negacionismo esclarecido para justificar, sem sociologia comparativa, sem teoria polÃtica e sem filosofia, o papel do terrorismo e do fanatismo religioso no desenho do "acontecimento" sociológico, claro que de ambas as partes, pois Israel também tem seus fanáticos. Nesse momento tão doloroso, é preciso honestidade intelectual de quem deseja não só pelejar, mas, ajudar
Noves fora, nada; meu caro. O texto do Safatle é claro e cristalino e vai direto na questão fundamental, questão existencial dos nossos tempos: assumir a responsabilidade intelectual acerca da segregação e consequente extermÃnio. O que o Safatle fez foi acender um refletor e direcioná-lo para melhor iluminar a ob-cena. Que falta ele faz nesse jornal.
Permita-me o autor subscrever, na Ãntegra, o presente texto?
Safatle, uma das leituras obrigatórias que saÃram mas que deveriam estar presentes neste Jornal.
Excelente e lúcido texto. Disse tudo.
Sobre essa tentativa de redefinir o significado de genocÃdio, lembro da Alice falando para o ovo sentado no muro: “A questão é”, retruca Alice, “se você pode fazer as palavras terem significados tão diferentes”.
Bom rver o Saflate na Folha e constatar que não mudou nada. Continua limitado e escrevendo mal como forma de afetar profundidade e pra esconder a ruindade das ideias
Comentário ridÃculo! Quem escreve bem é você, né? Que tal argumentar, você consegue?
Como é bom deparar com um excelente texto de Vladimir Safatle na Folha! Ao dar o seu parecer, sobre um conflito atual, ele resgata os fatos que o antecederam. Como sempre acontece através dos tempos, os colonos, para se livrarem da mão pesada do seu colonizador, para conquistarem direitos, terras, dignidade e liberdade, não lhes resta outra saÃda que não seja pegar em armas.
Filosofar é preciso. Pegar em armas também é preciso, principalmente quando os terroristas invadem, queimam, violam e cometem outras atrocidades contra civis desarmados e totalmente indefesos. O general está certo, esses terroristas agiram como animais e quem os defende relativiza algo impossÃvel de se relativizar apenas por questões ideológicas.
E são 2.500.000 terroristas, ou o senhor apenas enxerga os "diferentes" como animais?
Quem relativiza por questões ideológicas é quem defende o massacre do povo palestino. Extremistas de direita e sua adoração por generais!
Professor, obrigado por sua reflexão, acho indefensável as ações violentas de Israel. Mas um detalhe é importante aqui, o Hamas, desde sua fundação promove a retórica do extermÃnio da população judaica na palestina e da destruição e aniquilação do estado israelense. Suas ações são nesse sentido. Temos campanhas mundiais de apagamento, e justificativa de sua violência . Eles oprimem sua população e a usam como escudos e aniquilam suas diferenças. Não se tratam de genocidas também?
E para impedir o Hamas é justo matar a população toda de Gaza?
Excelente reflexão. O Ramas é consequência de uma catástrofe opressora. Até tu Haberrmas???
"Gaza é o maior campo de concentração que já existiu". Norman Finkelstein, ju deu que teve parentes próximos executados pelos na z istas.
Excelente reflexão. À margem, no entanto, de considerar se o intento é genocidário ou não, diria que qualquer punição coletiva indiscriminada é condenável em si, ocorra ela no gueto de Varsóvia, num campo de concentração na zista ou em Gaza, como acontece agora.
Grande Vladimir Safatle. Como faz bem ler um texto seu. É o que questiona, recapitula a história, vai à causa. Ao que conduziu a essa trágica e desumana consequência. Há muito tempo que a intenção é a de dizimar o povo palestino, tomar de vez suas terras. Fato que não causa horror, já que foram levados à categoria de “animais humanos”.
Na filosofia atual, cada filósofo nega a visão de mundo dos que o precederam. Eles não se entendem sobre as questões mais elementares. O jesuÃta Augustin Barruel demonstra, de forma brilhante, porque não devemos confiar na filosofia: "Nós colocamos sob os olhos do leitor as próprias expressões deles. E o que o leitor viu? Homens que dizem dominar o universo se fazem entre eles a confissão explÃcita e repetida de que eles não souberam formar uma única opinião firme sobre nenhuma dessas questões.
(continuação) Voltaire, ele que era consultado por prÃncipes e burgueses, consulta ele mesmo D'Alembert para saber se ele deve acreditar na sua alma e em Deus. Todos acabam por confessar que eles são reduzidos a colocar em cada caso o *non liquet *[não está claro, no Direito Romano]; eles não sabem. Mas o que sabem, então, esses filósofos, esses mestres tão estranhos que não podem sequer resolver entre eles essas questões elementares da filosofia?"
Olha ele! Serio?
Texto claro e escrito com absoluto domÃnio dos instrumentos teóricos de análise socio-politica. Texto que absolutamente não seria escrito por alguém incapaz de produzir minimamente um comentário argumentativo que valesse a pena ser lido. Passo!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Opinião > O que é um genocídio? Voltar
Comente este texto