Faltou à reportagem - o que seria importante para determinar quem eram os interessados na desocupação - a origem do nome da vila: a expressão inglesa dos carregadores dos tacos de golfe dos jogadores do country clube de Porto Alegre, que, por certo, não viam com bons olhos a vizinhança.

Como a manchete distorce a realidade. Diz "quilombo" será demolido. Quase que não existiu escravidão no RS, muitos menos quilombo. O quilombo de hoje é uma construção recente. O oportunismo de transformar uma favela em "quilombo" foi entendido pelo juiz.

Quem acha que os ricos iriam querer a todo momento se depararem com a pobreza? Para isso tem lá o poder público para juda-los, afinal de conta rico também é gente! Lugar digno para morar, senhor juíz, com R$ 18O mil? Deve achar que lugar digno é o mais longe possível dos bairros nobres. O pior é o poder público compactuando com isso. Que sirva de lição aos pobres de direita.

O processo de gentrificação de áreas então desvalorizadas, com a expulsão dos moradores antigos e de renda mais baixa, passa pela cumplicidade dos poderes públicos com o grande capital imobiliário e o preconceito das elites com os pobres. Certamente, rolou abaixo-assinado dos condomínios em volta e apoio de vereadores dos partidos conservadores para que os riquinhos não precisassem enxergar uma favela ao abrir suas janelas.

E por acaso alguém tinha alguma dúvida de que o judiciário decidiria assim?

E a norma do bom jornalismo de se ouvir o outro lado?

Atitudes como essa da justiça gaúcha demonstra a veracidade das denúncias realizadas pelas esquerdas do poder econômico sobre o judiciário e os preconceitos em relação aos favelados, negros e índios. As esquerdas têm seus erros, mas são elas quem defendem as ações para melhorar a vida dos desvalidos, o que a direita não faz, com raras exceções.

Agora a moda é favelinha virar quilombo para dar um migué nos órgãos públicos.

O que a tal vereadora fez por essa população, que vive em situação precária no local, nos últimos 10 anos do processo ou mesmo antes dele? Chegar agora e levantar o bastião de defensora dos fracos e oprimidos é muito fácil.

No Brasil é terminantemente proibido misturar ricos com pobres

Nesta triste história o que efetivamente pesou foi o lobby imobiliário!

E de repente a favela é um Quilombo.

E quem esperava decisão distinta desse estado ariano?

O que mais me deixa indignada é a falta de humanidade e desrespeito com a história dos povos que ajudaram a formar o Brasil. Tudo por $ não é mesmo?

O que esperava , deu o de sempre.

Ainda temos juízes em Berlim. Parabéns ao juiz pela coragem da sentença.

Na primeira metade do século passado havia uma favela onde atualmente é Ipanema. A favela foi demolida, construíram prédios caros e tudo que remete à favela foi devidamente apagado. O país não mudou nada depois da abolição. Mais do mesmo. Nojo dessa gente.

Vindo do sul bozofrênico, nada me surpreende. Pra quem abraçou o traste que mede quilombolas em arrobas, essa covardia é muito coerente.

Por isso que sempre falo que temos nossas mazelas rasssistas que impõe o esssterminio e expulsão territorial bem ao estilo de Ga-za. Sendo pior do que foi a África do Sul.

Uma vergonha para os gaúchos. Indenização para as famílias deixarem toda uma história para trás, uma comunidade sendo expulsa. É preciso resistir!

A diversidade social e racial brasileira dói nos olhos dessa gente de bem. Os que erradicam serão erradicados? Compreendem as consequências de sua intolerância?

morei tantos anos em porto alegre e nunca soube disso

Pelo visto, pobre gaúcho será escondido ao deslocar das ricas vizinhanças! Triste humanidade!!!