Marcos Augusto Gonçalves > O pardo Dino e a invisibilização da mestiçagem Voltar
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É o que Antonio Risério defende. Mas ele não pode dizer aqui. Os jornalistas da Folha tentaram cancelar cara.
Me identifiquei muito com este texto. Sou filho de pai branco descendente de italianos e mãe mulata afro-indÃgena. Minha pele, cabelo e aparência lembram um Ãndio. E sempre sofri com essa questão identitária. Os brancos não te aceitam por razões óbvias. Os pretos não te aceitam por não ser "preto" o suficiente. Daà o mestiço fica num limbo social, polÃtico e histórico. Eu não sou branco, não sou preto, não sou Ãndio. Sou brasileiro da etnia brasileira na Civilização Brasileira.
Excelente abordagem. Em tempos que o identitarismo se impõe fortemente na discussão polÃtica, exigências de paridade e tais, o levantamento estatÃstico das proporcionalidades traz luz ao necessário debate sobre a formação racial brasileira.
Texto ótimo. Discussão necessária. A intelectualidade local esqueceu que o fator território importa. E território anda junto com História. Brasileiros são, territorialmente e historicamente, sul-americanos. E não só. Também somos latino-americanos. De todas as etnias, credos e misturas. E nada disso cabe na caixinha ideológico-ativista da intelectualidade brasileira que, patética, tenta encaixar a complexa realidade brasileira na dicotomia reducionista preto/branco importada dos EUA.
"Intelectuais e ativistas dos movimentos de ações afirmativas de enfrentamento ao racismo produziram argumentos históricos e sociológicos para considerar que os pardos, categoria de não brancos, são, afinal, afrodescendentes. Com os pretos, formariam o grupo de negros. Nessa decisão, consagrada pelo Estatuto da Igualdade Racial, há também um tanto de polÃtica". Há anos estava atrás de uma explicação; essa é sensacional. Valeu Augusto!
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Com essa importacao pelo movimento negro, da ideia racista americana que uma gota de sangue negro já torna a pessoa negra, vai contra a ideia de tornarmos uma grande nacao mestica. Eh muita bu rri ce
O pardo e tanto afrodescendente como eurodescendente, e se ele fizer um exame genetico que custa 300 reais que da Ãfrica ele só deve ter no maximo 20% e ele deve ter 60% de europeu branco. O movimento identitario negro acabou se prejudicando com a importacao das ideias americanas.
Eu sou um mulato inzoneiro!
Que salada, hein Augusto!
Misturou tanto que embolou tudo!!!
Texto com um vernizinho cultural de um porta voz pra dizer o seguinte: o ll indicou um quase preto
É isso mesmo, Florentino. Vai que "cola".
Ótimo texto, apontando diretamente as contradições de discurso, polÃtica e visão histórica.
Ha Ha Ha! He He He! Muita cultura util ou inutil! Por favor, os mais conhecidos jornalistas e leitores, aproveitem e declarem-se: pardo, preto ou branco?
E o pardo fhc? E o pardo sao luis inacio?
Enquanto isso 50% vota no Bozo. E os ricos brancos cada dia mia ricos e os pobres pretos e pardos cada dia maia pobres.
Pardo o texto. Algo tão complexo que deveria ser escrito com mais estudo
Sim uma complexidade única .« No final das contas, perde-se, sem trocadilho, a nuance, a complexidade, a singularidade de uma experiência histórica que deveria ser levada em conta na busca de arranjos e propostas para o entendimento e a superação do racismo no Brasil. ».
Viva o Povo Brasileiro, o Senador Flávio, as cotas raciais, nas Universidades e no Serviço Público. Com a sanção do Presidente Lula, teremos, o feriado Nacional de 20 de novembro, a Lei 10.639 e o letramento racial. Viva a luta antirracista.
A intromissão dos movimentos de esquerda nos conceitos de mestiçagem impondo um padrão de todo mundo é negro, que nem é brasileiro, é cópia dos americanos, só atrapalha a nossa luta por uma vida melhor. Tudo o que fazem é jogar cortina de fumaça nas lutas reais por conquistas econômicas.
A cor da pele é quase uma bandeira que se veste. O problema do racismo é mesmo o de um tipo humano, branco, se declarar superior aos demais, os que não são brancos ou tão-brancos. A questão mesmo é de poder, e das aparências. É um desumano paradoxo, desumano de tão superficial. Não tem a ver com princÃpios, tem a ver com o poder de grupos que querem manter seu status. A solução (?) de Darcy, a de derretermos as cores no mesmo chocolate demora, e sempre vai gerar diferenças. Viva Dino.
... creio que é fala de Darcy Ribeiro sobre o 'destino' da população brasileira é a morenização, portanto, mestiçagem.
Um povo miscigenado é um povo geneticamente mais forte e culturalmente mais amplo.
Eu sou branca, meus netos são mestiços. Tem indÃgenas nos meus antepassados. Assim, não posso achar que meus netos são pretos. São mestiços de brancos, indÃgenas e pretos. Bem como boa parte dos brasileiros.
O racismo, a violência do preconceito, as tentativas de suavizar o impacto social da negritude num mundo dominado por elites brancas precisam ser estudados com afinco e contestado s com protestos veementes para que a falta de sensibilidade e humanidade não se espalhe como o nazismo. Ainda temos resquÃcios de civilidade.
Esse assunto precisa mesmo ser discutido. A maioria é mestiça, de várias origens e não vejo razão para essas várias contribuições à genética e à cultura sejam reduzidas a um rótulo/cor. O Brasil é mestiço, e deveria celebrar isso, já que é exatamente isso que nos torna especiais. Embora seja europeia de todos os lados, as gerações seguintes são bem misturadas. E viva a mistura.
Maria, concordo totalmente com você. Nós somos um povo de muitas cores que vão do branco leitoso até o preto ébano. Não somos uma nação bicolor. Acho que essa miscigenação é benéfica ao nosso paÃs, Viva a mistura mesmo.
Enviei há pouco um comentário dizendo que o pardo somente é considerado quando convém a certas pautas identitárias, haja vista a grande rejeição no preenchimento de cotas para negros e sua consequente judicialização. A Folha teve o desplante de pedir moderação num comentário desse tipo, lavrado em linguagem veemente, mas escorreita e respeitosa. (J.Silva)
Meus bisavós paternos eram alsacianos (franceses) de um lado e bávaros(alemães) de outro . Por parte de mãe já somos catarinas há quatro gerações , mas antes disso tenho antepassados suiços, prussianos e yugoslavos l Haja confusão . Acho que não tenho ascendência xoklen , caigang ou guarani .
Tanta ascendência ilustre e acabar gerarando um bozolino.
Tanta
estou em dúvida se na próxima visita do ibge eu me auto declaro xoklen ou caigang . talvez guarani . Meu trisavô veio da Yugoslávia - talvez eu me declaro cigano .
peh-teh-bah não tem jeito - uma vez cego, sempre cego .
Próximoooo
Se declare um golpista. Pronto . Resolvido
Quanta picuinha!
Excelente artigo pois toca nesse nó górdio da sociedade brasileira: os mestiços. Parece que os pardos somente são considerados afrodescendentes quando convém às pautas identitárias. Haja vista a enorme rejeição dos pardos no preenchimento de vagas nas cotas de negros, que significa pretos e pardos. Parece que segue a máxima: o pardo é preto demais para ser branco mas claro demais para ser preto. É uma grande injustiça com os pardos que a maioria faz que não vê. (J.Silva)
O articulista livrou a cara do Lula; arranjou um pardo para o STF.
O que mostra o Lu la muito inte gente, dado que ele nao queria se ater a paradigmas de esquerda
MAG, não entendi o que Marx tem a ver com a questão... Nenhuma linha das teorias do velho tem a ver com raça... Bola fora do seu texto....andou lendo Riserio, né...rsrs
Olá, Max! Eu não comentei nada sobre Risério porque não tenho conhecimento suficiente para falar sobre esse autor. Vou procurar saber mais, obrigada! De todo modo, não me oponho ao movimento identitário, mas concordo sobre a necessidade de discutirmos com mais profundidade a questão da mestiçagem e de nos esforçarmos para criar soluções adequadas à realidade brasileira.
Helena, o Marcelo errou duas vezes; na primeira que você apontou e na segunda quando tenta desfazer do escritor Riserio.
Eu acho que ele está fazendo uma analogia. Houve um momento em que alguns estudiosos tentaram estabelecer um perÃodo que se assemelhasse ao feudalismo na história do Brasil, isso porque, segundo certa leitura da obra do Marx, as sociedades evoluiriam do feudalismo para o capitaliamo, depois para o socialismo e, ao final, para o comunismo. Em relação à questão étnico racial, o autor diz que estamos fazendo o mesmo tipo de "importação", trazendo um modelo interpretativo externo a nossa realidade.
Então entendi. O Flávio Dino faz parte da cota negra do governo.
Pode ser que algum dos avós ou bisavós do ministro sejam negros, e isso seja sabido pela famÃlia. Nesse caso teria sentido a sua autodeclaração racial. Mas à s vezes as aparências enganam. Meu pai também era maranhense e com uma cor de pele semelhante à do Dino. Mas quando fiz recentemente um teste genético, não foi identificada nenhuma ancestralidade africana, ao contrário do que eu supunha.
Não adianta vcs ficarem vendendo uma boa imagem dele, ele declarou ontem que mudará sua Roupa no supremo, vestirá a Pele de Cordeiro, segundo ele. A Velhinha de Taubaté acredita e a manada também.
No Brasil somos todos mestiços.
Nem todos, uma boa parte com certeza. Sua afirmação é uma narrativa tão comum hoje com lule.3
A folha publicou matéria essa semana que prova que o brasileiro é muito mais indÃgena do que aparenta. Durante séculos vieram apenas homens brancos aqui. Muito antes da escravidão africana o Brasil era uma nação de caboclos que falava um misto de português e tupi e somente no séc.19vieram as grandes migrações europeias, turcas, japonesas. O DNA materno (mitocondrial) da maioria dos brasileiros é indÃgena e preta e DNA paterno é de grande maioria europeu.
Matéria de antes de ontem com o tÃtulo "Africanos e indÃgenas predominam nas linhagens maternas de DNA no Brasil" onde se vê que a linhagem paterna tem mais de80%de brancos e tanto nessa matéria como noutra de setembro de2020notamos da linhagem mitocondrial (materna) que cerca33tem origem indÃgena e37africana.
Nesse caso do STF, a mobilização maior veio do feminismo. Pedia-se uma mulher, e depois foi incluÃda a cor da pele, para não parecer muito exclusivismo do movimento feminista. Então, o fato de o escolhido ser um homem cis, e já muito bem sucedido socialmente, foi suficiente para acusar o governo, e o presidente pessoalmente, como indiferentes à s pauta identitárias.
Desculpe, mas dizer que Lula não indica um negro por julgar, segundo você, que errou com Joaquim Barbosa, é um argumento para lá de medÃocre. O STF tem uma importância Ãmpar para a manutenção da estabilidade democrática, então um bom nome pode ser muito pouco... Aliás, a incapacidade demonstrada em auto conter-se mostra que seus integrantes, no conjunto, não são bons o suficiente. Aqui, a pautas identitárias deveriam dar uma aliviada na pressão.
O Brasil tem literalmente centenas de milhares de mulheres juristas aptas. Mas Lula é gato escaldado. Indicou o 1ºpreto ao STF que condenou a muitos aliados e também a petistas no mensalão e Lula se sentiu traÃdo por Joaquim Barbosa ter feito o certo (tem declarações). Após houve condenações por outros esquemas e mesmo que anos depois o STF volte atrás e anule as decisões Lula quer mais um ministro pra chamar de seu.
Excelente questão! Eu sempre me afirmo mestiça. Mas é isso: a mestiçagem está invisibilizada na equação reducionista que define quem não é branco como preto. E as particularidades que escapam à equação que faz com que cada mestiço tenha suas idiossincrasias submetidas às heranças afrodescendentes? O que fazer com as outras heranças e pertencimentos (às vezes mais palpáveis do que a herança afro), não valorizadas e sequer consideradas neste arranjo? Precisamos falar sobre mestiçagem.
Migração em massa para reformas trabalhistas, polÃticas e principalmente étnicas, um branco não conseguirá viver sem uma proteção especial, 24 horas por dia, para o trabalho, negócios e relacionamentos.
O que eles querem? bater o martelo na sua cabeça, não se esqueça !
O paÃs é criminoso e precisa de um tribunal internacional
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