Excelente comentário!

A equação "vitória de Millei+ vitória de Bolsonaro=vitória da Democracia" é conta que não parece fechar com os números e constatações da realidade.

A vitória de Milei, como a de Bolsonaro em seus dias de glória, é a vitória da democracia. Ao que tudo indica, quando o eleitorado desacredita na "velha política" vota naquilo que parece "nova política". Fora com os velhos corruptos, que venham os que ainda não se corromperam - e prometem combater a corrupção. Totalmente aceitável, se os ciclos de corrupção não se renovarem, como se renovam, com suas caras de pau, tão conhecidas. Polarização, sim, mas "democracia de resultados", sempre...

O neoliberalismo dos anos noventa salvou o futuro de muitos países. Sem o neoliberalismo, esses países estariam muito mais atrasados. Pense num Brasil com aquela velha telefonia...

Ou seja, ou seguimos as ordens dadas pela esquerda, ou somos uma ameaça à democracia. A propósito, o Brasil é uma república, não uma democracia.

Angustiante é o efeito colateral. Conheço duas pessoas que eram normais até a vinda dessa onda de polaridade. Ficaram doentes de tanto repetir os ataques insanos à democracia, gastaram o que não tinham para ir a passeatas no país afora. A família teve que intervir depois que compraram, mesmo sem poder, pneus novos para queimar em atos de adoração!

Ou seja, um centro fraco não é nada bom para a democracia.

Nos 2 casos parece haver um equilíbrio dinâmico como as oscilações de um pêndulo. Mas na América Latina, a amplitude de oscilação é maior, representando a distância ideológica entre os polos opostos.