Gustavo Alonso > 'Casa-Grande e Senzala' e os mestiços da música sertaneja Voltar
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Perfeito! Precisamos fazer uma releitura de Casa grande e senzala, o Brasil é um paÃs mestiço, a polÃtica identitária racial importa dos Estados Unidos da América, financiada pela fundação Ford nos anos 70 não tem nada haver com a realidade brasileira. Somos um pais de mestiços, somos um Brasil plural e diverso.
Sou metaleiro, e convivo com a acusação que o metal é racista. Vão ver as bandas de HC e underground brazucas (que são a maioria) e só temos mestiços no palco. Não conheco o sertanejo, mas acho que a recÃproca vale. Acho que o problema está no tema: Até existe rock, rap racistas. Mas não é comum uma música sertaneja com crÃtica social.
Como Podemos ver, a polarizaçao atingiu em cheio todas as esferas do relacionamento humano, ja chegamos no ponto que nao basta contar quantas gotas de sangue temos desta ou daquela etinia, teremos tambem que passar pelo tribunal dos rotulos das redes sociais para literalmente receber o selo de "puro".
Não ser associado á estúpida música sertaneja é motivo de orgulho para os negros. O samba, o jazz, a MPB, o reagge, etc., são ritmos muito mais vivos e belos do que a monótona e boçal música sertaneja. Gilberto Freyre escreveu que a cultura negra era muito superior à Ãndia. Vai ver, é por isso.
Para um cidadão negro ou cidadão de um dos Povos Originários do Brasil, que conhece a história dos respectivos genocÃdios cometidos pelos brancos descendentes de europeus, sentar na mesa da Casa Grande é muito doloroso, pois em cada garfo está imanente o sofrimento da escravidão. Desconhecer a memória da dor, como faz o Gustavo, não é digno de um historiador.
Mimimi pra tirar vantagem. Os europeus nos deram o alfabeto, a matemática, a geometria, o automóvel, o trator, os fertilizantes, o trem, o avião, as fábricas, o saneamento básico, etc, etc, etc. Isso sem falar no sangue, pois o Brasil é um paÃs de mestiços. Não sejamos ingratos!
Porém é inegável que o sertanejo moderno é cheio de brancos oriundos do agro, que se apropriaram do caipirismo original do sertanejo e adotaram cores fascistóides.
Perfeito! O sertanejo tem raÃzes caipiras, em gente que claramente descende de mestiços indÃgenas+brancos+pretos. Dizer que não há negros no sertanejo é um erro duplo, uma por incidentalmente “branquear” os negros mestiços, e outra por querer enfiar goela abaixo de negros pretos um estilo musical que não tem nada com suas raÃzes africanas, com zero respeito por sua cultura, que se tenta resgatar a duras penas após dois séculos de escravização.
Bela coluna! Trazendo para os "inteligentinhos" da bolha metropolitana um pouco do Brasil real, profundo, distante, redneck e cada vez mais rico e poderoso com suas bancadas ruralistas...
Belo artigo mas eu acrescentaria que as Irmãs Barbosas também têm uma clara ancestralidade indÃgena.
E que Milionário tinha cabelos crespos(ancestralidade africana) e José Rico pele mais pigmentada e olhos puxados(herança indÃgena).
O articulista faz uma força para negar que o sertanejo é branco, sexista, aporófobo e reaça
Errado! Você que é cheio de preconceitos em relação a um universo complexo que desconhece: o da música "sertaneja" atual e da própria cultura dos interiores do Brasil.
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