Ruy Castro > Dia errado para ir embora Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Uma das melhores coisas que fiz nesta vida foi assistir, ao vivo e bem de perto, a um show da maravilhosa Leny Andrade. Fosse americana, seria uma diva mundialmente festejada.
Coincidências à parte, sempre um artigo brilhante.
vc deixou escapar uma recente - Gal Costa e Rolando Boldrin, os dois se foram em 9 de novembro do ano passado.
...e Gal engoliu Boldrin.
"Hoje é um bom dia para morrer", grito de guerra de Cavalo Louco, lendário guerreiro da tribo Sioux, ao entrar em batalha contra a 7ª Cavalaria do General Custer.
Mas o raro aconteceu no caso da Dóris e da Leny: empataram! Uma não anulou a outra e juntas tornaram a data ainda mais memorável.
... um fã (mui loco) para Sr. Ruy Costa:... Eu quero morrer Junto com o senhor!!!... Na mesma hora, minuto e segundo!!!...
Ruy, quanto quer nessa sua agenda de papa-defunto? Manda uma oferta. Dá aà um desconto, por que nela faltam Carlos Guardei e o brasileiro Oscar de Lá Rua.
Também poderiamos escolher dia certo para nascer de famosos, só não sei se um evaporaria o outro. Vinte de maio é o dia de nascimento de dois ilustres. O primeiro John Stuart Mill , considerado o maior filósofo de lÃngua inglesa do séc. 19com o seu Utilitarismo e sua defesa dos direitos das mulheres. O segundo Honoré de Balzac, escritor francês autor de A Mulher de Trinta Anos, sua admiração pelas mulheres mais velhas cunhou a expressão "balzaquiana", cujo sentido parece variar conforme a época.
Prezado Luiz, talvez não haja dados para mostrar que Bazac seja um gerontófilo; o que afirmei foi que Mill tem um hedonismo total, baseado na aprazibilidade das experiências. Balzac um hedonismo semelhante. O utilitarismo ideal de G.E.Moore, além do prazer adota a estética. Na ciência moderna os dados não têm o controle que tinham antes, uma outra teoria pode explicar mais problemas conceituais que dados empÃricos. Há diversas alternativas ao hedonismo.
A expressão "balzaquiana" vem de um de seus livros, "A Mulher de Trinta Anos". Não há dados que digam que Balzac tenha sido um gerontófilo.
... Sukys, o senhor é o cara!!...
Parece haver coisas em comum entre Mill e Balzac. O primeiro propõe uma teoria ética normativa baseada numa perspectiva hedonista, isto é no prazer. O segundo uma paixão pela mulher balzaquiana, este lança uma teoria sobre aquilo que torna a vida de um homem boa ou valiosa para si próprio: o prazer vindo de uma mulher balzaquiana; eis o hedonismo comum.
Sei lá se é azar ou sorte essa história de parear a morte com gente mais famosa, Ruy. Será que quero que saibam da minha? Que diferença faz? É parte do "legado" do sujeito? Ou ambos pegam o mesmo trem pro além e estarão vinculados pela eternidade? E se forem desafetos? Muito complexo. Quando morreu meu amigo mais amado, eu tava dormindo - ele resolveu acordar morto. Outro, quase tão querido, morreu quando eu tava na roça, olhando São Thomé das Letras ao longe. Foi tudo uma irreparável Herda.
E a morte do Robert Kennedy: morava em São Paulo, e estava andando pela Rua Direita quando ouvi o jornaleiro gritar:extra, extra, mataram Robert Kennedy. E várias pessoas comprando o jornal. Não comprei: andava sem dinheiro, não pegava condução e morava no Brás, na Rua Santa Rosa.Queria tanto conhecer Washington,nem precisa pagar nada:iria de primeira classe e ficaria num hotel de dez estrelas: eu valho por cinco;só queria o visto.E já passei da idade em querer morar no paÃs dozotro.
John.Estava chegando em casa, na rua 7, 220, Vila América Cornélio Procópio, quando o defunto pai, então vivo, um menininho de 45anos, ouvindo o rádio triste. E eu perguntei: o que houve? Ele: o Kennedy morreu. Eu: bem feito! Ele: não fale isso ,senão vão te prender como comunista. Tinha dez anos e pouco.Nesse dia fiquei sabendo que a capital era Washington, fiquei revoltada: como a Capital tinha o nome do filho da dona Filomena? Desde então sonho em conhecer!Mas, por causa do visto...
Pois é Ruy, gente que nunca morreu agora está morrendo, as vezes no mesmo dia...
Hahahahah, minha cara, num güentei, me perdoe incomodá-la, mas essa foi sensacional! Que coisa, não? E mesmo sem prática, morreram muito bem. Definitivamente. Hahahahah!
Nunca é cedo pra morrer, mas cedo ou noite, todos vão embora, até sem querer
Mesmo quem ganha o concurso de morto mais célebre é esquecido rapidamente. Acho que dois dias é muito tempo para ocupar qualquer mente nos dias de hoje. E o segundo lugar deve aguardar aqueles programas de retrospectiva do ano.
River Phoenix era o irmão mais velho de Joachin Phoenix.
E quem são?
Lembranças interessantes. Não quero morrer no mesmo dia do Ruy. Serei evaporado.
Aà não tem jeito. Por enquanto.
Eu não quero morrer em dia nenhum.
Seus textos são geniais! Parabéns colunista! Segui-lo é um privilégio!
Um texto maravilhoso, evoca memórias do que há de original na cultura brasileira: esse humor quase ácido que privilegia a vida e o tempo. Amei o comentário de Rubem Braga e o fato de ambos, intelectuais reconhecidos, comerem jaboticaba juntos, numa cobertura com pomar (?).
Pois é,Iza, o Rio de Janeiro tem dessas coisas... E em Ipanema...
Largar as jabuticabas e correr pra redação? Nem…
Nem morta...
No dia da morte de Kennedy eu não havia nascido ainda !
A folha hoje não quer que eu publique meus preciosos textos. Caraca! Mandando editar. Editei tanto, que só deixarei a parte final. Que ainda vai para moderação. Mas, verá fatos que nem do Céu, ou do Hades, acompanharei.
Não viu fatos históricos coisas na terra:primeiro de abril de sessenta e quatro . Ouvi no rádio que Goulart havia caÃdo .
No dia em Buddy Holly morreu Don McLean estava entregando jornal. Foi pra casa pegou o violão e escreveu " American Pie" que viria a ser a canção que sintetizava o fim do sonho americano : "The day the music die". Apesar de comprida pra caramba fez um baita sucesso. Quando lhe perguntaram o que significava aquela canção ele respondeu : "significa que não precisarei mais trabalhar pelo resto da vida".
Certa vez me perguntaram o que eu estava fazendo no dia da morte do Ayrton Senna. Foi fácil de lembrar porque foi muito marcante : eu estava num jogo e nosso time estava perdendo por três a zero. Eu entrei faltando dez minutos pra acabar, e acreditem, tomamos mais dois gols e terminou cinco a zero pros caras. Moral da história : às vezes é tão bom ser anônimo!
Observação sobre data da morte do Michael Jackson: ocorreu em 25 de junho e não julho.
Muito bom!
Ruy sempre aos domingos. Muito bom.
O final da coluna é uma pérola, dá leveza a tudo. Mestre é assim. Parabéns
Ruy Castro sempre pronto para nos surpreender. Parabéns.
As vezes entediado e sem coragem de abrir o jornal pra ler mas abro. tem sempre o Ruy para dar ânimo. No ginásio os livros de escola adotado por minha professora sempre trabalhava com crônicas de Rubem Braga, Rubens Fonseca, Carlos Drumont de Andrade e muito mais. Com o advento das buscas nas mÃdias já li e reli muitas coisas deles.
Famosa coleção: Para gostar de ler. Gosto até hoje!
Gostei do gol contra, achei ambÃguo kkkkk
Bons e leves conhecimentos históricos, para passar esse domingo com a segunda covid pessoal.
Espero que, ao contrário daquele outro, tenha sido vacinado! Cuide-se bem e boa semana procê.
Fique firme, companheiro.
Força na peruca que já já tudo passa.
Qd se vai na zona se todas as garotas forem maravilhosas o cara tem dificuldade de escolher uma
Ou quando todas forem horrÃveis, idem.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ruy Castro > Dia errado para ir embora Voltar
Comente este texto