Alvaro Machado Dias > A inteligência artificial geral sai do armário Voltar
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É um salto no escuro e o bom senso recomenda prudência no andar dessa carruagem, mas é muito pouco provável que haja tal prudência. A comparação com a bomba H é ruim. Ela não foi usada porque os controles, dificuldades de produção, incentivos e etc. são completamente diferentes e mais restritivos. Diferente da corrida do ouro atual. Fora que a IA avança insidiosamente, não com um Bang! É torcer pro salto no escuro não dar ruim
Paradoxalmente, a irracionalidade humana talvez seja nossa salvação. O artigo cita indiretamente, via os autores, a “Teoria do Jogos”. Em boa parte, é uma teoria que se provou insuficiente. Assim como o chamado “homo economicus” querido do economistas. A maior parte das previsões flopam grotescamente porque assumem um ser humano perfeitamente racional que simplesmente não existe. É um fetiche iluminista.
Mais uma arma de destruição em massa com potencial catastrófico de extinção continuada e progressiva do mundo do trabalho e dos trabalhadores. Vale lembrar Hannah Arendt: "Não consigo imaginar nada mais horrÃvel do que um mundo de trabalhadores sem trabalho".
Sim, essa ameaça é inegável e eu não compro a ideia de que os novos empregos irão equilibrar essa balança. Em paralelo, não deixa de ser verdade que o trabalho robótico eleva a riqueza global e tem potencial de nos livrar de tarefas chatas e repetitivas. No final, a grande questão é distributiva e não técnico-cientÃfica, como em saltos produtivos passados. Abraços.
A Folha deveria escolher melhor seus colunistas. Sugiro fortemente o autor pesquisar em periódicos da área e não apenas e sites de divulgação sobre IA. Dizer que "pode chegar nesta década" é o mesmo que dizer que posso ganhar na mega sena. Claro que posso, mas qual a probabilidade. Pergunta para o caro colunista: consegue indicar um sistema de IA que sabe resolver inferência abdutiva?
Deixou muitÃssimo claro até para quem não está por dentro! Acho fascinante observar como essa "marcha das IAs" está ditando um ritmo totalmente novo para a evolução das tecnologias. Desde a popularização do ChatGPT, parece que temos acelerado cada vez mais nesse assunto. Ver como alguns conceitos que definem o pensamento já tinham sido amplamente estudados mesmo antes das IAs, e ver como aplicá-los aos modelos potencializa tanto sua evolução, é realmente incrÃvel.
Muito obrigado, Pedro! É uma honra.
A capacidade dos LLM's de aplicar lógica é realmente impressionante, mesmo sendo limitada. Será interessante ver como as pessoas irão interagir com as próximas versões desses softwares.
Obrigado, Anderson! Espero que a gente consiga fazer bom uso. Abraços.
ChatGPT será um caso para ser estudado extensivamente pelas escolas de marketing no futuro.
Um ano de OpenAI foi como dez da própria internet. O Brasil precisa se mexer.
Artigo tão alucinado quanto os softwares que o autor abraça, indicando o óbvio: o tal “futurismo” é uma religião.
Eu que agradeço, Dionatha. Agora, não te culpo por achar tudo isso muito louco e te dou razão por apontar o fato de que futurismo tende a ser uma forma de religião. Em geral, é isso mesmo. Se você tiver interesse, nesta quarta-feira estarei no Ciência sem Fim (YouTube), fazendo o unpacking dessas tecnologias que descrevi no artigo. Serão duas horas explicando de maneira simples e direta como deverão funcionar as IAs que estão sendo fabricadas neste momento. Abraços e obrigado novamente.
Obrigado pela resposta e insights, Ãlvaro. Você é de fato um pesquisador sério e rigoroso. Minha desconfiança com narrativas como as da EA e dos singularistas segue, mas bacana ver que sua filosofia vai além disso.
Novamente, pode contar comigo para qualquer esclarecimento. Entendo o sentimento de que isso tudo pode parecer alucinado, sem sentido, mas espero ajudar a mostrar que não é. Abraços.
Com base nisso, alguns lÃderes no campo, como o Dario Amodei estão falando que a AGI (tecnologia capaz de replicar qualquer processo cognitivo humano) pode ser atingida ainda nesta década. Eu não acredito nisso, como disse no texto, mas não deixa de ser sintomático da época em que estamos vivendo o fato de que essa discussão saiu do armário e ganhou o mainstream. Infográficos visam explicar como funcionam as peças a serem integradas.
Olá, tudo bem? Obrigado pelo comentário. Se você quiser que eu explique algum aspecto do raciocÃnio, é só dar avisar que eu o farei. De qualquer maneira, aqui vai a sua estrutura geral: diz-se no meio que a próxima geração dos LLMs irá incorporar dois princÃpios das IAs de jogos: aprendizado por reforçamento em situações abertas (Q-learning) e otimização de busca (A-search). Esta combinação tende a produzir resultados maiores do que a soma das partes.
Artigo excelente, muito bem explicado. Muito bom que alguém traduza essas questões.
É digital, o que significa uma redução infinita, sem dúvidas necessária para o controle, mas é a assinatura do limite. Os sistemas especialistas explodirão, mas os generalistas não.
Ah, sim, concordo contigo. Em suma, mesmo que um dia surja a AGI ela não será igual a inteligência humana, dada a natureza analógica de parte relevante do processamento cerebral (entre outros aspectos). Ótimo domingo. Abraço!
Ãlvaro muito obrigado pela resposta. A questão é que o somatório digital nunca resulta em uma informação analógica, seja lá o número de dÃgitos que se intercale. Pode-se atingir sistemas complexos de elaboração sofisticada, mas ainda assim diferente de uma resposta humana. IA não tem memória afetiva, não tem liberação hormonal, não tem corpo e jamais vai entrar no jogo Wittgensteininano, sempre responderá em consonância com uma árvore de decisões.
Ótimo ponto, sem dúvida. Agora, veja, o que se espera para a próxima geração dos LLMs (GPTs, Gemini, etc.) é que combinem algoritmos. Por exemplo, a autoatenção calcula a relação entre as palavras, como já é feito hoje em dia, enquanto RL avalia se a entrega de determinada frase está alinhada ao objetivo mais amplo e, sendo necessário, o A Star encontra caminhos alternativos para o RL. Cada peça é especialista como você está dizendo, mas o output é, como se diz, general purpose.
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