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  1. Pedro Luis S C Rodrigues

    É um salto no escuro e o bom senso recomenda prudência no andar dessa carruagem, mas é muito pouco provável que haja tal prudência. A comparação com a bomba H é ruim. Ela não foi usada porque os controles, dificuldades de produção, incentivos e etc. são completamente diferentes e mais restritivos. Diferente da corrida do ouro atual. Fora que a IA avança insidiosamente, não com um Bang! É torcer pro salto no escuro não dar ruim

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    1. Pedro Luis S C Rodrigues

      Paradoxalmente, a irracionalidade humana talvez seja nossa salvação. O artigo cita indiretamente, via os autores, a “Teoria do Jogos”. Em boa parte, é uma teoria que se provou insuficiente. Assim como o chamado “homo economicus” querido do economistas. A maior parte das previsões flopam grotescamente porque assumem um ser humano perfeitamente racional que simplesmente não existe. É um fetiche iluminista.

  2. Alberto A Neto

    Mais uma arma de destruição em massa com potencial catastrófico de extinção continuada e progressiva do mundo do trabalho e dos trabalhadores. Vale lembrar Hannah Arendt: "Não consigo imaginar nada mais horrível do que um mundo de trabalhadores sem trabalho".

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    1. Alvaro Machado Dias

      Sim, essa ameaça é inegável e eu não compro a ideia de que os novos empregos irão equilibrar essa balança. Em paralelo, não deixa de ser verdade que o trabalho robótico eleva a riqueza global e tem potencial de nos livrar de tarefas chatas e repetitivas. No final, a grande questão é distributiva e não técnico-científica, como em saltos produtivos passados. Abraços.

  3. ROBERTO CEZAR BIANCHINI

    A Folha deveria escolher melhor seus colunistas. Sugiro fortemente o autor pesquisar em periódicos da área e não apenas e sites de divulgação sobre IA. Dizer que "pode chegar nesta década" é o mesmo que dizer que posso ganhar na mega sena. Claro que posso, mas qual a probabilidade. Pergunta para o caro colunista: consegue indicar um sistema de IA que sabe resolver inferência abdutiva?

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  4. Pedro Fortini

    Deixou muitíssimo claro até para quem não está por dentro! Acho fascinante observar como essa "marcha das IAs" está ditando um ritmo totalmente novo para a evolução das tecnologias. Desde a popularização do ChatGPT, parece que temos acelerado cada vez mais nesse assunto. Ver como alguns conceitos que definem o pensamento já tinham sido amplamente estudados mesmo antes das IAs, e ver como aplicá-los aos modelos potencializa tanto sua evolução, é realmente incrível.

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    1. Alvaro Machado Dias

      Muito obrigado, Pedro! É uma honra.

  5. Anderson Ribeiro

    A capacidade dos LLM's de aplicar lógica é realmente impressionante, mesmo sendo limitada. Será interessante ver como as pessoas irão interagir com as próximas versões desses softwares.

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    1. Alvaro Machado Dias

      Obrigado, Anderson! Espero que a gente consiga fazer bom uso. Abraços.

  6. Fernando Alves

    ChatGPT será um caso para ser estudado extensivamente pelas escolas de marketing no futuro.

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  7. Julio de Almeida

    Um ano de OpenAI foi como dez da própria internet. O Brasil precisa se mexer.

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  8. Dionatha Moreira

    Artigo tão alucinado quanto os softwares que o autor abraça, indicando o óbvio: o tal “futurismo” é uma religião.

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    1. Alvaro Machado Dias

      Eu que agradeço, Dionatha. Agora, não te culpo por achar tudo isso muito louco e te dou razão por apontar o fato de que futurismo tende a ser uma forma de religião. Em geral, é isso mesmo. Se você tiver interesse, nesta quarta-feira estarei no Ciência sem Fim (YouTube), fazendo o unpacking dessas tecnologias que descrevi no artigo. Serão duas horas explicando de maneira simples e direta como deverão funcionar as IAs que estão sendo fabricadas neste momento. Abraços e obrigado novamente.

    2. Dionatha Moreira

      Obrigado pela resposta e insights, Álvaro. Você é de fato um pesquisador sério e rigoroso. Minha desconfiança com narrativas como as da EA e dos singularistas segue, mas bacana ver que sua filosofia vai além disso.

    3. Alvaro Machado Dias

      Novamente, pode contar comigo para qualquer esclarecimento. Entendo o sentimento de que isso tudo pode parecer alucinado, sem sentido, mas espero ajudar a mostrar que não é. Abraços.

    4. Alvaro Machado Dias

      Com base nisso, alguns líderes no campo, como o Dario Amodei estão falando que a AGI (tecnologia capaz de replicar qualquer processo cognitivo humano) pode ser atingida ainda nesta década. Eu não acredito nisso, como disse no texto, mas não deixa de ser sintomático da época em que estamos vivendo o fato de que essa discussão saiu do armário e ganhou o mainstream. Infográficos visam explicar como funcionam as peças a serem integradas.

    5. Alvaro Machado Dias

      Olá, tudo bem? Obrigado pelo comentário. Se você quiser que eu explique algum aspecto do raciocínio, é só dar avisar que eu o farei. De qualquer maneira, aqui vai a sua estrutura geral: diz-se no meio que a próxima geração dos LLMs irá incorporar dois princípios das IAs de jogos: aprendizado por reforçamento em situações abertas (Q-learning) e otimização de busca (A-search). Esta combinação tende a produzir resultados maiores do que a soma das partes.

  9. Silas Martins

    Artigo excelente, muito bem explicado. Muito bom que alguém traduza essas questões.

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  10. Marcelo Magalhães

    É digital, o que significa uma redução infinita, sem dúvidas necessária para o controle, mas é a assinatura do limite. Os sistemas especialistas explodirão, mas os generalistas não.

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    1. Alvaro Machado Dias

      Ah, sim, concordo contigo. Em suma, mesmo que um dia surja a AGI ela não será igual a inteligência humana, dada a natureza analógica de parte relevante do processamento cerebral (entre outros aspectos). Ótimo domingo. Abraço!

    2. Marcelo Magalhães

      Álvaro muito obrigado pela resposta. A questão é que o somatório digital nunca resulta em uma informação analógica, seja lá o número de dígitos que se intercale. Pode-se atingir sistemas complexos de elaboração sofisticada, mas ainda assim diferente de uma resposta humana. IA não tem memória afetiva, não tem liberação hormonal, não tem corpo e jamais vai entrar no jogo Wittgensteininano, sempre responderá em consonância com uma árvore de decisões.

    3. Alvaro Machado Dias

      Ótimo ponto, sem dúvida. Agora, veja, o que se espera para a próxima geração dos LLMs (GPTs, Gemini, etc.) é que combinem algoritmos. Por exemplo, a autoatenção calcula a relação entre as palavras, como já é feito hoje em dia, enquanto RL avalia se a entrega de determinada frase está alinhada ao objetivo mais amplo e, sendo necessário, o A Star encontra caminhos alternativos para o RL. Cada peça é especialista como você está dizendo, mas o output é, como se diz, general purpose.